Wednesday, October 9, 2024

Review: The First of the Listeners, Recitations

Posted by Redação Mondo Metal On October - 24 - 2016 Comments Off

 

 

Holy shit!

Holy shit!

 

Obscuro, sombrio e assustador! Assim podemos definir The First of the Listeners, álbum de estreia dos noruegueses do Recitations que foi lançado no último dia 15 e que apresenta um som entre o Black Metal e o Ambient.

 

Com doses cavalares de experimentalismo, principalmente em Godspeak Halilu Lija, faixa de aproximadamente oito minutos onde assume de vez sua porção Ambient, o Recitations mostra que não tem medo de se arriscar e se tornar apenas mais uma entre as dezenas de bandas do estilo. A faixa é o grande destaque do álbum em que predomina o mais puro Black Metal. O restante é ultra rápido, quase monocórdico, mas, sem dúvida nenhuma, muito pesado. E para não dizer que o álbum segue inteiro linear, a banda soube acertadamente imprimir algumas quebras de ritmo nas faixas rápidas que ficaram realmente boas, chegando até mesmo a flertar com o Doom Metal.

 

O grupo adota uma estratégia no mínimo inusitada quanto a seus integrantes e prefere manter-se no anonimato não divulgando o nome de nenhum deles. Diz apenas que é formado “por membros de bandas mais ou menos conhecidas do Underground do Black Metal e Death Metal” e que prefere “não participar do culto à personalidade e manter o foco sobre os aspectos musicais e ideológicos”. Quantos são? Quem são? Pelo menos por hora estas são perguntas sem resposta.

 

The First of the Listeners é um álbum que vale a pena e deve agradar aos fãs do estilo. O curto EP de apenas quatro faixas, tem quase meia hora de música entre a pancadaria extrema e uma assustadora calmaria!

 

 

Recitations
Álbum: The First of the Listeners
Gravadora: Avantgarde Music

1. The First of the Listeners
2. Tongueskull Sacrament
3. Godspeak Halilu Lija
4. To Voice the Unutterable

 

Confira a íntegra do álbum

Review: Prologue In Death & Chaos, Death Chaos

Posted by Redação Mondo Metal On October - 17 - 2016 Comments Off

 

 

Holy shit!

Holy shit!

 

Curitiba sempre teve uma cena muito boa da música pesada. De lá vem dois grandes nomes do metal nacional: Amen Corner e Doomsday Ceremony. A boa surpresa do dia ficou por conta do quarteto Death Chaos que lançou recentemente seu primeiro álbum, o EP Prologue in Death and Chaos.

 

São cinco faixas bem produzidas e bem trabalhadas que transitam entre o Thrash e o Death Metal com uma temática de violência e destruição nas letras.

 

O grande mérito do curto álbum do quarteto formado por Denir Deathdealer (vocal e baixo), Julio Bona (guitarra), David Oliver (guitarra) e Ueda (bateria) é saber mesclar momentos do mais puro headbanging com a dose certa de palhetadas e bumbos duplos e outros menos acelerados, mas não menos pesados.

 

 

O ponto alto do álbum é a quarta faixa, Erased Sky. Pesadíssima, a faixa começa quase em um Doom Metal que vai aos poucos acelerando e deixando o ouvinte com vocntade de abrir a roda de mosh no meio da sala. Com mais de 6 minutos, a faixa ainda se permite um verdadeiro interlúdio, uma calmaria necessária para mais pancadaria que vem na sequência. Há também que se fazer dois destaques: a introdução épica da faixa de abertura You Die I Smile (genial!) e You Are Not You, faixa que encerra o álbum. Thrash Metal com uma certa pegada de Black Metal (também muito boa).

 

Prologue In Death & Chaos foi produzido pelo baterista Ueda e pelo guitarrista Julio Bona, que também assina a arte do álbum.

 

Pesado e bem composto, Prologue In Death & Chaos é um grande cartão de visitas do Death Chaos! O caminho está aberto!

 

 

Death Chaos
Álbum: Prologue In Death & Chaos
01. You Die I Smile
02. Death Division
03. House of Madness
04. Erased Sky
05. You Are Not You

Review: Once and for all, Perc3ption

Posted by Redação Mondo Metal On October - 12 - 2016 Comments Off

 

assina_chris

 

Holy shit!

Holy shit!

 

Imagine a cena: você se senta confortavelmente diante de seu computador, abre uma cerveja bem gelada (no meu caso uma Mondo Metal Beer), coloca o fone e começa a ouvir os primeiros acordes de um novo álbum sobre o qual passará a escrever algumas linhas pouco depois. Se tiver sorte e o álbum for bom, o texto vai fluir e em pouco tempo uma nova resenha estará pronta para ser publicada. Se não for, lamentará, mas terá que dar seu veredito, por pior que seja. Com o novo álbum dos paulistas do Perc3ption valeu a primeira opção e o texto fluiu tranquilamente, para a alegria deste crítico e Once And For All apresentou uma banda coesa e madura que demonstra muita personalidade nas nove faixas do novo álbum.

 

Once And For All é o segundo álbum do quinteto de Itapetininga e trás um trabalho irrepreensível para os fãs do Prog Metal. Muito bem trabalhado musicalmente, o sucessor de Reason of Faith é um trabalho que mescla muito bem o peso dos riffs e pedais duplos com a melodia e momentos desacelerados.

 

O álbum é dividido em duas partes: a primeira com seis faixas é, digamos, a mais tranquila, com a banda se permitindo maiores experimentações acelerando e pondo o pé no freio na medida certa, dosando o peso e impondo trechos onde prevalesce a melodia mais simples. A segunda parte, chamada de The Apocalypse Melody, composta pelas três últimas faixas, é o “pulo do gato” do grupo, é aí que a banda dá um passo além. Welcome To The end, Extinction Level Event e Throught The Invisible Horizonts parecem ser uma grande e única faixa que se interligam com peso, velocidade e uma áura de trilha sonora. É brilhante!

 

 

Não posso encerrar a resenha sem falar sobre a belíssima produção do álbum, à cargo do guitarrista Glauco Barros que recebeu das mãos de ninguém menos que Edu Falashi a pré-produção das nove faixas. Som limpo, cristalino e muito bem definido, valorizando o bom trabalho instrumental da banda. Não tenho dúvida de que a “lapidada” dada pelos dois músicos foi fundamental e que sem ela o resultado final seria outro.

 

Once And For All é maduro e bem composto. Não há dúvida de que o Perc3ption está no caminho certo!

 

Confira o clipe da faixa Magnitude 666

 

 

Perc3ption
Once And For All
Gravadora: Shinigami Records

1. Persistence Makes the Difference
2. Oblivions Gate
3. Rise
4. Immortality
5. Braving the Beast
6. Magnitude 666
The Apocalypse Melody
7. Welcome to the End
8. Extinction Level Event
9. Through the Invisible Horizons

Review: 14 Sovereigh, Vpaahsalbrox

Posted by Redação Mondo Metal On September - 29 - 2016 Comments Off

 

 

Head banging!

Head banging!

 

Quando se fala em bandas de Heavy Metal vindas do Texas, nos Estados Unidos, de quem você vai se lembrar? Alguns vão dizer imediatamente: “Pantera, Damageplan”. Outros dirão: “HellYeah, Texas Hippie Coallition”. E há ainda os que vão se lembrar de algo mais extremo: “Absu”! Certo é que bandas do mais puro Black Metal, daquelas que não deixam dúvida nenhuma quanto ao som ou ao tema de suas letras, provavelmente serão as últimas alternativas quando se fala em metal texano.

 

Mas este é o caso! Tão incompreensível quanto sua logo (no caso, quase impronunciável) é o Vpaahsalbrox, quarteto que vem da cidade de Austin e que lança em outubro próximo seu primeiro álbum, 14 Sovereigh, um EP de três faixas que apesar da precária gravação é uma mostra de que o bom Black Metal realmente não tem fronteiras e vai muito além dos limites do velho mundo europeu.

 

 

Lançado oficialmente em 2005 como primeira demo tape da banda, 14 Sovereigh ganha uma re-edição em uma limitadíssima tiragem em vinil de 300 cópias, pelas mãos da gravadora Pale Horse Records. Além do lançamento no velho bolachão, 14 Sovereigh também será lançado virtualmente. Bom álbum, bem fiel às origens do Black Metal e, acima de tudo, um trabalho cru, direto e original, sem efeitos ou maiores “gracinhas” que invadiram o estilo na última década. Vale a audição, apesar da gravação…

 

Vpaahsalbrox
Álbum: 14 Sovereigh
Gravadora: Pale Horse Records

01. Swallow the Wound
02. The Flesh I Have Given You
03. Open the Mysteries of your Creation

 

 

Confira a faixa Swallow the Wound

 

Review: AlieNation, Blackning

Posted by Redação Mondo Metal On July - 14 - 2016 Comments Off

 

 

Hell "Fucking" Yeah"!

Hell “Fucking” Yeah”!

 

O segundo álbum Blackning, o recém-lançado AlieNation, chegou às prateleiras com uma missão para lá de ingrata: superar o excelente Order of Chaos, debut que recebeu do Mondo Metal a nota máxima e apresentou ao Brasil o competente Thrash Metal da banda formada por Cleber Orsioli, Francisco Stanich e Elvis Santos.

 

O novo trabalho mostra que a estrada e a bagagem adquirida desde Order of Chaos rendeu bons frutos. São 10 faixas bem variadas, com a banda elevando ao máximo a criatividade e a competência instrumental. O som segue na linha do álbum de estreia: rápido, pesado e técnico com um componente que fez toda a diferença: a qualidade de gravação e masterização (que já eram boas, mas subiram um degrau no novo álbum).

 

Talvez haja sim uma grande diferença entre os dois trabalhos da banda: a maturidade musical do álbum recém-lançado. AlieNation não é um amontoado interminável de músicas bate-estaca (tão comum hoje em dia, que, verdade seja dita, também seria bom, não há problema algum), mas sim um álbum pensado, variado, e, como dito, muito criativo. Isso se vê, por exemplo, na ótima Dyed in Blood, faixa que, na opinião deste humilde escriba, é o grande destaque do álbum. Bateria extremamente técnica, ótimo uso de bumbo duplo e riffs que realmente vão ficar martelando minha cabeça por muito tempo.

 

+ Leia mais
Review: Order Of Chaos, Blackning

 

 

Destaques? Além da já citada Dyed in Blood, a faixa Street Justice, que abre o track-list é espetacular. Pesada, consistente, feita para abrir “aquela” roda de mosh nos shows e sair quebrando tudo. Sem perceber você já estará batendo cabeça, acompanhando os riffs. Thru the Eyes, a seguinte, é um rolo compressor impiedoso. Rápida e visceral, a faixa não vai te deixar parado (se é que você conseguiu se conter com a anterior). E destaco ainda mais uma, fechando a sequência de abertura: Mechanical Minds, mais cadenciada (mas não menos pesada) com riffs e solos (que solos, por sinal) em perfeita harmonia em um clima que nos remete ao Thrash Metal dos anos 90.

 

Ah, claro, não poderia deixar de citar a bela capa do álbum, à cargo do designer Marcus Zema, da Black Plague Design e o formato digipack, que, sem dúvida nenhuma, valorizaram muito o álbum.

 

+ Leia mais
Blackning: divulgada a capa do novo álbum
Blackning pronto para entrar em estúdio

 

Blackning
AlieNation
Gravadora: Vingança Music/Voice Music

01. Street Justice
02. Thru the Eyes
03. Mechanical Minds
04. Dark Days
05. Weapons of Intolerance
06. Dyed in Blood
07. Devil’s Child
08. The Rotten Institution
09. Two-Faced Liar
10. Corporation

 

A missão era ingrata, mas o Blackning conseguiu! AlieNation é rápido, raivoso, melhor que o debut e, de quebra, consolida o Blackning como uma das grandes bandas do Heavy Metal nacional. Ao infinito… e além!

 

Assista ao teaser do novo álbum

Review: But Wait… There´s More!, D.R.I.

Posted by Redação Mondo Metal On July - 13 - 2016 Comments Off

 

 

Holy shit!

Holy shit!

 

Finalmente! Depois de um longo tempo sem lançar nada novo desde Full Speed Ahead (1995), o D.R.I. lançou material novo: saiu dia 10 de junho o EP “But Wait… There´s More!” com apenas 5 faixas, sendo as 3 primeiras inéditas e as 2 últimas regravações – pouco material depois de tantos anos, mas uma boa prévia do que pode ser lançado futuramente.

 

Em menos de 10 minutos, podemos ouvir que o D.R.I. não perdeu o pique, eles continuam mais Sujos, Podres e Imbecis do que nunca, com o mesmo senso de humor/ironia nas letras e aquele crossover empolgante no som. Um EP que vai agradar em cheio aos fãs. Atualmente a banda segue tocando pelo Canadá e depois fará algumas datas pelos EUA até o final do ano.

 

 

D.R.I.
But Wait… There´s More!

01. Against Me
02. Anonymity
03. As Seen On TV
04. Mad Man
05. Couch Slouch

 

Ouça o novo álbum na íntegra

Review: White Sand, Dune Hill

Posted by Redação Mondo Metal On June - 22 - 2016 Comments Off

 

 

Holy shit!

Holy shit!

 

A cena musical pernambucana é riquíssima. Independente do estilo escolhido sempre haverá um grande nome representativo da música local. É o caso do Dune Hill, quinteto de Recife que transita muito bem pelo Hard Rock e pelo Heavy Metal tradicional. O álbum mais recente da banda formada por Leonardo Trevas (voz), Otto Notaro (bateria), Pedro Maia (baixo), Andre Pontes e Felipe Calado (guitarras), é White Sand, seu segundo trabalho e sucessor do debut, Big Bang Revolution.

 

Tecnicamente perfeito, White Sand mostra uma banda muito entrosada. São onze faixas variando de uma levada mais pesada, mais puxada para o Heavy Metal tradicional, como é o caso da ótima Miracles, um dos destaques do disco, que tem influências de Iron Maiden (talvez até pela excelente voz de Leonardo Trevas) e momentos mais suaves, como Revolution 2. A banda reservou para o final as duas melhores faixas: Lamb of God e White Sand são a cereja do bolo. Pesadas, com grandes solos e riffs e uma bateria perfeita, com direito até a momentos de puro Thrash Metal (na primeira faixa).

 

White Sand é grande e os pernambucanos do Dune Hill escreveram seu nome no hall do Hard Rock nacional. Vale cada minuto de audição!

 

 

Dune Hill
Álbum: White Sand
01. White Sand (Part I)
02. Big Bang
03. Seize the Day
04. Miracles
05. Perfect Fire
06. seasons
07. Revolution 2
08. Soul Love
09. Heroes
10. Lamb of God
11. White Sand (Part II)

 

 

Ouça a faixa Lamb of God

Review: Return of The Evil, Torture Squad

Posted by Redação Mondo Metal On June - 20 - 2016 Comments Off

 

 

Holy shit!

Holy shit!

 

O Esquadrão de Tortura está de volta! E é chegada a hora de colocar para rodar o novo álbum do Torture Squad, o EP Return of The Evil. O quarteto paulista retorna renovado após o full-lenght Esquadrão de Tortura, de 2013, com a guitarra de Rene Simionato e a bela Mayara “Undead” Puertas segurando com muita personalidade os vocais do grupo.

 

Return of The Evil, o 11° trabalho da banda, é breve e sem meias palavras. Quatro faixas com uma mescla bastante competente entre o Thrash e o Death Metal. Realmente pesado e com um show da nova vocalista.

 

 

O pescoço ainda dói por tentar – estupidamente – acompanhar o espetacular riff final da faixa-título. Confesso: fiquei ouvindo em loop por mais de meia hora! Que riff! Que música! Outro destaque, este inusitado, pois não esperava ouvir algo parecido vindo do Torture Squad, é a impressionante instrumental Iron Squad. Diferente de tudo que você já ouviu da banda, Iron Squad é ousada e ganha peso e consistência à medida que os minutos vão passando (são quase 9!).

 

Além das quatro faixas, o EP trás como bônus o clipe da faixa-título, que você confere logo abaixo e o bem produzido documentário Behind The Evil (Recording Session Footage) mostrando os bastidores da gravação do EP com entrevistas e cenas curiosas como o novo guitarrista Rene Simionato ao piano tocando a introdução de Changes, icônica faixa de Ozzy e cia., do álbum Vol. 4, do Black Sabbath.

 

O Esquadrão de Tortura está de volta, renovado e voraz, marcando mais uma vez seu território na música pesada nacional.

 

 

Torture Squad
Return of The Evil
Gravadora: Shinigami Records
1. Return of Evil
2. Swallow Your Reality
3. Dreadful Lies
4. Iron Squad

 

Confira o clipe de Return of Evil

Review: Know Thyself, Aephanemer

Posted by Redação Mondo Metal On May - 30 - 2016 Comments Off

 

 

Holy shit!

Holy shit!

 

 

“Os melhores perfumes estão nos pequenos frascos”, assim diz o conhecido ditado do qual nos apropriamos neste momento para resumir e explicar o sentimento ao ouvir Know Thyself, primeiro álbum dos franceses do Aephanemer. Gravando pelo pequeno selo francês Primavel Records, o quarteto de Toulouse é a prova de que sempre vale apostar em selos menores e ser tão surpreendente quanto os lançamentos de grandes gravadoras mundiais.

 

Aephanemer é uma banda que transita entre o Death Metal melódico escandinavo de Dark Tranquility ou In Flames com toques de Prog Metal de Dream Theater e Opeth. Mas o surpreendente não é isso. Know Thyself é um álbum inteiro instrumental! Sim, isso mesmo, não há vocais em nenhuma das seis faixas do EP de estreia!

 

A ousadia de se fazer um álbum de Death Metal instrumental é obra de Martin Hamiche, guitarrista que começou a banda três anos atrás como one-man band até a entrada de Marion Bascoul (guitarra), Anthony Delmas (baixo) e Mickaël Bonnevialle (bateria) para completar o time e lançar o EP Know Thyself.

 

 

Know Thyself é surpreendente! Desde que comecei a ouvir não consegui parar! Se você gostar da proposta, aqui vai uma boa notícia: a banda já prepara um novo álbum, também pela Primavel Records. O lançamento deve acontecer ainda este ano.

 

Aephanemer
Know Thyself
Gravadora: Primavel Records

1. Resilience
2. Alive
3. Who You Really Are
4. Path of the Wolf
5. Inner Storm
6. Dreams

 

 

Ouça o EP

Dorsal Atlântica: a história da banda contada em DVD duplo

Posted by Redação Mondo Metal On May - 23 - 2016 Comments Off

 

 

Precursores. Corajosos. Polêmicos. Injustiçados. Visionários. Referência. São muitos os termos que podem ser usados para rotular a Dorsal Atlântica. Goste ou não da banda, não há como ficar indiferente a história desse trio carioca que entre outros feitos inspirou Max Cavalera a criar o Sepultura, lançou discos tidos como clássicos do metal nacional e que possui verdadeiros adoradores pelo país.

 

Depois de um hiato de 10 anos, em 2012 a Dorsal Atlântica vivia a pressão constante dos fãs e mídia especializada para voltar à ativa. A banda partiu então para um tipo de produção diferente do tradicional padrão bancado e ditado por gravadoras: através do crowdfunding (financiamento coletivo pelos fãs) a banda conseguiu fazer seu CD de retorno, Dorsal Atlântica 2012 (2012), com a formação clássica Carlos Lopes (vocais/guitarra), Cláudio Lopes (baixo) e Hardcore (bateria) (veja a campanha na época aqui).

 

Experiência bem-sucedida, era vez de uma nova tentativa de financiamento coletivo, dessa vez buscando contar em forma de filme a história da banda. Eis que surge depois de quase 4 anos de muito trabalho e diversas complicações durante o caminho, o documentário Guerrilha – A Trajetória da Dorsal Atlântica (nome similar ao antigo livro de 1999 Guerrilha! A história da Dorsal Atlântica).

 

O projeto do crowdfunding do documentário dependia de apenas R$ 9.999.00, meta batida com folga graças a contribuição de 152 apoiadores (todo o excedente arrecadado foi reinvestido no próprio documentário). Assim como no financiamento do cd, haviam pacotes que conforme o valor da contribuição, eram retribuídos com diversos prêmios (nome do apoiador nos créditos, pôster, DVD, convite para estreia, single da faixa O Retrato de Doria Gray, etc.), uma forma bem interessante de premiar aos maiores esforços.

 

Os responsáveis pela empreitada de compilar 30 anos dessa trajetória em vídeo foram Frederico Neto e Alexander Aguiar, dois cineastas e fãs da banda que além de diretores, fizeram papel de montadores, diretores de fotografia, tradutores e outras funções, tudo isso com alguns tropeços no caminho (o projeto chegou até mesmo a ser descartado a certa altura e ser refeito do zero).

 

 

Confesso que não fiquei sabendo desse crowdfunding na época, então só pude adquirir meu exemplar agora através do site da produtora. Gostei muito do material como um todo, os DVD´s são bem interessantes e o material gráfico é de ótima qualidade. Só fiquei com a impressão de que para uma pessoa que queira conhecer a DORSAL ATLÂNTICA do zero ou que conheça pouca coisa da banda, sua história, tão rica, ficou contada de forma um pouco corrida. De resto, um material digno dessa grande banda.

 

Conteúdo
DVD 1 Guerrilha – A Trajetória da Dorsal Atlântica
Documentário: o surgimento da banda, a “excomunhão” em Lambari/MG, mudanças no visual e das letras para o inglês, saída e entrada de membros, a polêmica em torno do disco Alea Jacta Est, o abaixo-assinado com 35.000 mil assinaturas para a banda tocar no Monsters Of Rock 1997, a suspensão das atividades da banda e os projetos paralelos de Carlos Lopes, o retorno da formação clássica para gravação do CD Dorsal Atlântica 2012, casos da cena metal brasileira dos anos 80 e 90 / Extras: a adolescência de Carlos Lopes no Colégio Acadêmico, recuperando a fita master do LP Antes do Fim, casos contados por fãs e a origem do nome do disco Dividir E Conquistar / Entrevistas: Carlos Lopes, Gastão Moreira, Eduardo Bonadia e João Gordo

 

DVD 2 MMXII
Documentário: filmagem do último dia de ensaio da banda durante as gravações do cd Dorsal Atlântica (2012) / Clipes: My Generation, Loyal Legion Of The Admirers, Take Time, Thy Kingdom Come, All The Woman I’ve Loved e Stallingrado / Shows: 14 músicas gravadas ao vivo em shows no Rio de Janeiro, Belo Horizonte e São Paulo entre 1985 e 1998

 

Livreto e pôster
Livreto com 42 páginas contendo textos dos envolvidos no documentário relatando os contratempos, suas histórias com a banda, a corrida contra o tempo, grana curta, etc. / Pôster grande frente e verso estilo cartaz de filme com a capa do documentário e o nome de cada um dos colaboradores

 

CD e adesivo
Músicas O Retrato de Dorian Gray (inédita), Guerrilha (regravação) e áudio com Carlos Lopes contando detalhes da trajetória da banda / Adesivo com a capa do documentário

 

O documentário contendo todo esse material pode ser adquirido no link da produtora abaixo por R$ 80,00 (frete já incluso)

Review: The First of the Listeners, Recitations

      Obscuro, sombrio e assustador! Assim podemos definir The First of the Listeners, álbum de estreia dos noruegueses […]

Review: Prologue In Death & Chaos, Death Chaos

      Curitiba sempre teve uma cena muito boa da música pesada. De lá vem dois grandes nomes do […]

Review: Once and for all, Perc3ption

      Imagine a cena: você se senta confortavelmente diante de seu computador, abre uma cerveja bem gelada (no meu […]

Review: 14 Sovereigh, Vpaahsalbrox

      Quando se fala em bandas de Heavy Metal vindas do Texas, nos Estados Unidos, de quem você […]