Tuesday, December 3, 2024

5 perguntas para Igor Arruda (Rastros de Ódio, Hocnis)

Posted by Redação Mondo Metal On August - 16 - 2016 Comments Off

 

 

Mais duas bandas mineiras que trilham o árduo caminho do underground estão com novos trabalhos à caminho: Rastros de Ódio e Hocnis. Em comum o guitarrista e baixista Igor Arruda, que “dá expediente” nas duas bandas e ainda consegue tempo para fotografia profissional, filmagens e a produção e apresentação do programa de entrevistas “E aí cara?” em parceria com Victor D´Santti e que conta com o apoio do Mondo Metal. E foi com ele, que mais parece o antigo personagem multi-homem, do desenho da Hanna-Barbera Trio Fantástico que o Mondo Metal foi conversar. Confira!

 

Mondo Metal: Você tá lançando um novo álbum com o Hocnis, o EP SS Ourang Medan. Fale um pouco sobre ele e conte como está sendo a divulgação.
Igor Arruda: Isso! é um EP que conta com 3 músicas, feitas no ano passado. Um som mais técnico que o habitual e as letras abordando temas como superação, sobre lealdade e uma novidade, uma faixa fantasma, na musica título do CD, que fala de um navio fantasma que foi encontrado na Indonésia em 1948. Foi gravado um improviso que mistura samba, jazz e metal, e que vale a pena ser escutada.

 

Mondo Metal: Além do Hocnis, você também está no Rastros de Ódio que está gravando neste momento, não é isso?
Igor Arruda: Exato! entrei na banda por acaso, quebrando galho para tocar baixo na abertura para o Olho Seco ano passado e apareceram shows legais como a abertura para o Exodus e eu acabei gostando da metodologia da banda, os planejamentos. É uma banda muito profissional e madura. Estamos em estúdio e eu vou gravar as guitarras (junto com o Cleuber) e os baixos e em breve tem coisa boa rolando, até porque a banda já está fechando datas pelo Brasil.

 

 

Mondo Metal: Não bastessem as duas bandas, você ainda comanda o Programa E aí cara? junto com o Victor D´Santti. O programa, que tem o apoio do Mondo Metal, tem feito bastante barulho no underground. Como surgiu a ideia de fazer o programa e qual foi a melhor entrevista feita?
Igor Arruda: O programa surgiu de uma ideia do Marcelo do programa Kapitan Underground de me chamar pra apresentar esse programa, e eu não curti a ideia por ser ao vivo e já tinha em mente uma coisa mais bem humorada. Eu e Victor tínhamos um projeto de uma rádio-novela que se chamaria “O cara” e aí veio a ideia de formamos um programa de entrevista e usamos o nome satirizando o jeito de falar do “Alex Camargo (Krisiun) com sua voz rouca. Sentamos com o Cesar Pessoa que nos deu uma enorme força para começar e aprendemos um pouco sobre como fazer isso, e temos apanhado muito desde então hehe. Não tem uma melhor, são muitas. E cada uma tem seu ponto positivo e negativo. Mas talvez a do Destruction tenha sido feita com melhor produção e a logística foi melhor planejada, ficamos mais confortáveis, mesmo sendo com um grande Ídolo. Me diverti muito com Agathocles e Eminence também.

 

Mondo Metal: Bandas, programa, fotografia (que a gente sabe que outra atividade sua), filmagens… Dá tempo realmente para conciliar tudo?
Igor Arruda: Dá sim, eu estudo educação física e trabalho como professor estagiário em 2 escolas, e no tempo livre eu me dedico as bandas e os demais projetos intercalados, tenho 2 tardes de folga durante a semana e isso ajuda muito e aos finais de semana a fotografia e o programa são feitos conforme dá. O programa é algo que toma mais tempo pois as edições são complicadas (por isso certo atraso nos programas) mas não é algo massante e gosto muito do que faço, Eu tenho um lema que levo a ferro e fogo e tem dado certo: “se você gosta, você faz!” ou “quem quer, faz!” Não existem desculpinhas, se gosta de algo, faça e planeje. Vejo muita gente reclamando por aí de banda, de trabalho, de namoro, de faculdade. Dá pra fazer muita coisa com um bom planejamento e tem que querer.

 

 

Mondo Metal: O cenário da música pesada mineira mudou muito nos últimos 25 anos. Belo Horizonte que já foi considerada a meca do Heavy Metal nacional está muito diferente hoje em dia. Como músico e produtor, o que você pode dizer sobre o cenário mineiro e por que chegamos a este ponto?
Igor Arruda: Sim, está diferente. Eu penso que são fatores que podem ate ser divididos por tópicos:
Casas de shows: poucos locais para uma produção digna e ao mesmo tempo barata, em se tratando de som autoral, pois existe muitos locais como pubs que não dão esse espaço e os que dão, são locais legais mas que, ou são pequenos demais, ou não dão suporte para trazer uma banda de outra cidade, por exemplo.

Bandas: Temos bandas muito boas, muitas bandas inclusive, mas ainda algumas com nariz em pé, e algumas com rixas bobas que atrapalham o seu próprio mercado, algumas muito profissionais e outra parte esquecendo de crescer e vivendo no passado.

Público: Grande parte pede, faz mutirão, assombra a internet falando e pedindo, e quando um produtor trás a banda ou organiza tal evento, o mesmo que fala não comparece, seja por dor de dente, pra ver jogo da Libertadores, porque a namorada não deixou, enfim, falta compromisso do fã, do headbanger de estar lá. tanto em shows grandes, quanto pequenos, pois tudo tem virado desculpa para não comparecer. Nos anos 80 a galera deixava de ralar, de fazer tudo só para pular do palco e se esborrachar no chão!

 

5 perguntas para Fernando Lima (Drowned)

Posted by Redação Mondo Metal On June - 29 - 2016 Comments Off

 

 

Após mais de duas décadas na estrada, a máquina de moer ossos do Drowned se prepara para o lançamento de mais um álbum. O quinteto mineiro entra em estúdio em breve para a gravação do sucessor de Belligerent – Part One: The Killing State of the Art, seu sétimo full-leght na carreira. Estrada, álbuns, público mineiro, Europa foram alguns dos assuntos que o vocalista Fernando Lima respondeu na entrevista ao Mondo Metal que você confere agora!

 

Mondo Metal: O Drowned está se preparando para gravar um novo álbum, não é isso? Fale para gente um pouco sobre este processo e o que esperar do novo Drowned. Vocês já tem uma previsão de lançamento?
Fernando Lima: Estamos trabalhando sem muita pressão desta vez. Deixamos as composições fluírem bem naturalmente e estamos ensaiando todas. Não estamos fazendo música atrás de música para gravar em seguida. O processo está bem parecido com a nossa forma de trabalho na época do “Bonegrinder”, em que fazíamos música nos ensaios e tocávamos muitas vezes até ficar no ponto. Os fãs podem esperar um álbum com arranjos bem variados e bem atualizado. Contém todas as nossas características porém com a cara atual, do tempo em que estamos vivendo. Será um álbum muito pesado, mais sólido e com melodias mais dramáticas em alguns momentos. Não tenho uma previsão exata de lançamento. Ainda estamos em fase de pré-produção e estudo de ideias para a arte, mas espero que saia no segundo semestre de 2016.

 

Mondo Metal: Quatro anos de intervalo entre dois álbuns de estúdio é muito?
Fernando Lima: Sim e não! Rs… Como lançamos praticamente 2 álbuns, o Belligerent parte 1 e 2, em um intervalo de tempo muito curto eu acho que foi até um bom tempo para as pessoas digerirem estes dois lançamentos seguidos. Acho que vai valer a pena pois faremos um álbum diferente dos Belligerents. Foi bom este tempo para pensar e “desintoxicar” a mente de ideias que vem se repetindo. Os álbuns anteriores são bons, mas não queremos fazer a mesma coisa. Queremos um novo álbum do Drowned que realmente seja “novo”!

 

Mondo Metal: Com mais de 20 anos de estrada, vocês já viram muitas mudanças no público mineiro. Minas Gerais ainda sabe apoiar suas bandas locais?
Fernando Lima: Acho que o público não só mineiro mas mundial mudou muito. Focando nos mineiros, acho que público se tornou mais exigente. As dificuldades financeiras estão obrigando as pessoas a serem muito seletivas para irem a shows ou comprarem material como camisetas e CDs. Os outros meios de ouvir música estão crescendo, como o Spotify e Deezer e as bandas brasileiras ainda não estão focando nestas mídias, isto nos inclui também. Não basta juntar com os amigos e fazer um show “zuado” com equipamento ruim e estrutura precária. Ninguém mais pagará para ver este tipo de apresentação aqui em Minas ou em outro lugar qualquer. Ainda assim acho que os fãs de metal de Minas apoiam as bandas locais na medida em que estiverem visíveis para eles. Talvez por culpa das próprias bandas as pessoas não estão encontrando mais as bandas para apoiar nesse mar de música que o metal se tornou. Não adianta querer fazer música para um fã que não existe mais ou que mudou seus hábitos de ouvir música… Os tempos são outros.

 

 

Mondo Metal: Já é hora de pensar novamente em uma turnê pela Europa?
Fernando Lima: Sim, claro. Com toda certeza pensamos em uma nova tour Europeia ou Americana para o novo álbum. Estamos nos preparando para fazer uma divulgação bem mais ampla neste novo trabalho. Ainda não temos nada concretizado além dos planos…

 

Mondo Metal: Como você faz um balanço da trajetória do Drowned até hoje? (dos álbuns, da estrada, do público)
Fernando Lima: Creio que fizemos bons álbuns. Alguns bem marcantes como o “Bonegrinder” e o “By the Grace of Evil”. Sempre procuramos não nos prender a rótulos na hora de criar e deixamos fluir naturalmente a criatividade e nossas influências heavy, thrash, death e progressivo entre outras… No geral são trabalhos bem vaiados e com boa aceitação por parte dos fãs. São álbuns que nos proporcionaram manter uma carreira ativa e reconhecida. Fizemos muitos shows para divulgar esses álbuns. Rodamos o Brasil. No início as coisas não eram fáceis, mas eram muito divertidas. Os shows eram sempre uma caixinha de surpresa… rs… Viajávamos para uma cidade e o show era incrível e no outro dia viajávamos para outro e o público era grande, mas o equipamento de som era horrível… Alguns shows a produção não queria pagar nem uma água para a banda! Mas fizemos tudo com muita determinação e pensávamos: “Estamos no início… Daqui uns anos melhora…” Realmente depois as condições melhoraram, mas a frequência de shows aqui caiu um pouco. Tivemos também a oportunidade de fazer uma tour Europeia, passando por cinco países: Alemanha, Áustria, Bélgica, Republica Checa e Suíça. Foi uma experiência inesquecível! As coisas na Europa funcionam um pouco melhor em relação a shows… rs… Fizemos muitos amigos na estrada e conhecemos muitos lugares e culturas diferentes. Com relação ao público, como eu disse, vi uma grande transformação ao longo desses anos. Quando começamos a tocar, ninguém queria saber de banda autoral e nós conseguíamos arrastar 900 pessoas para um show onde só nós eramos bandas tocando músicas próprias e as pessoas ficavam para nos ver e muitas vezes saíam depois da nossa apresentação e não ficavam para ver as bandas covers. Na época vendemos mais de 2.000 demos “Where Dark and Light Divide…” Hoje as coisas estão muito diferentes. Apesar de ter uma base de fãs ainda remanescente daquela época muitos novos fãs surgiram. São pessoas diferentes e que não têm preconceito musical. Gostam do Metal ao Rock. Alguns gostam até mesmo de outros estilos de música além de Metal. Muitos não encaram isto com bons olhos, mas para nós, isto não faz diferença. Todos são livres para ouvir o que quiser e não ouvir o que não quiser.

 

Confira o clipe da faixa Belligerent.

5 perguntas para Sérgio Ferreira (Hell´s Punch)

Posted by Redação Mondo Metal On June - 21 - 2016 Comments Off

 

 

Menos de um mês separa a banda mineira Hell´s Punch do lançamento do debut Burn it Down! Formado por músicos experientes com passagem por bandas como Overdose, Drowned, Sextrash, Pleiades, o quarteto coloca seu novo álbum simultaneamente nas prateleiras do Brasil e dos Estados Unidos. O Mondo Metal conversou com o vocalista Sérgio Ferreira que fez um raio x completo da banda e do novo álbum. Confira!

 

Mondo Metal – Do Overdose ao Hell´s Punch. Como fazer a transição de uma das maiores referências da história do Heavy Metal brasileiro no exterior para o novo projeto? Você ainda é cobrado por uma volta do Overdose?
Sérgio Ferreira – Cara, na verdade acho não teve uma transição ou foi algo muito lento porque o Overdose, digamos assim, paralisou suas atividades profissionais em 1996, ou seja há 20 anos atrás. De lá para cá, nunca parei de tocar mas não eram projetos profissionais como o Over. O Overdose me influencia muito, aprendi muito com todos eles em todos os sentidos. Sempre fui o fã numero 1 da banda, não acreditei quando o Claudio me ligou e quando ele me convidou para entrar para a banda eu perguntei: “Você sabe com quem está falando?” Ele disse: “Claro porra!! Fui no seu ensaio semana passada!!” (Risos). Eu tinha tudo do Overdose, ia em todos os shows…. até o Conscience, que é um disco que embora tenha vendido muito foi um disco mal recepcionado pelos fãs, eu amava!! Entrar para a banda foi um sonho mesmo…. sem exagero algum!! Somos todos cobrados por uma volta definitiva do Overdose, recebemos muita pressão dos fãs pelo mundo todo principalmente via FB. Eu sempre digo que o Overdose é uma instituição e por isso não teve fim. Uma bela mas também difícil história! Já fizemos alguns shows nesse período e é sempre foda, leva um ensaio para retomar a forma antiga, incrível o nível de entrosamento!! Quem sabe né…….

 

Mondo Metal – Como surgiu o Hell´s Punch? Conte um pouco da história da banda.
Sérgio Ferreira – Nós 4 somos de BH. Há uns 2 anos eu e meu irmão montamos o Hell’s mas era para tocar “for fun”, covers, basicamente. Aí nos convidaram para fazer um festival Cover do Big Four (sendo o Hell’s, o Slayer) e encaramos. Nasceu dai uma vontade e cobrança interna de compor. Nestes últimos 20 anos fui comprando muito equipamento, para guita e estúdio também e resolvi ver como era isso….fomos compondo e gravando por quase 2 anos…..processo de aprendizado técnico de gravação (“Learn by doing) foi bem difícil mas também divertido….. fui estudando sobre gravação, mixagem e masterização e gravamos o CD. Sempre tive em mente que queria lançar esse CD pela Cogumelo, então entrei em contato com o João Eduardo e ele gostou do projeto também e estamos juntos novamente depois de 20 anos sem trabalharmos juntos, desde os tempos do Overdose. O resultado final me surpreendeu em termos de qualidade e por ter sido feito “na gana! Passamos por algumas formações, meu irmão saiu da banda também e pouco antes do processo de gravação essa formação foi fechada e aqui estamos.

 

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Mondo Metal – Overdose, Sextrash, Drowned, Hammurabi, Pleiades… As experiências são muitas. O que isso trouxe de bom para a banda e como é o convívio de músicos com tanta experiência?
Sérgio Ferreira – Diria que maturidade musical e o entrosamento são mais fáceis. Mas acho que banda tem um lance de energia que é foda. Se tem, é massa e se não rola aí nem insista, não vai funcionar. Quantas vezes vemos bandas legais que se separaram e os projetos posteriores não funcionam tão bem… Temos muita convergência musical, uma energia muito legal entre nós, gostos musicais diversos, mas convergentes no lance do Hell’s, saca? Relacionamento nosso é bom demais, espero que os demais membros não me desmintam (risos) mas realmente é, é bem leve, de boa mesmo, tocamos porque amamos e o que amamos então… Não temos pressão de sucesso, de vender e nem nada disso, então a parada é natural e honesta. A vasta experiência de todos nós só agrega nos ensaios, composições, arranjos e ideais gerais da banda e em nada atrapalha no sentido de criar obstáculos fortes devido à grande bagagem.

 

Mondo Metal – O que o público pode esperar deste álbum de estreia?
Sérgio Ferreira – Cara, é um álbum pesado, rápido, sujo e mistura muita coisa do Thrash/Death dos anos 90 com algo novo do que achamos foda. É sujo o disco, não nos preocupamos com “detalhezinhos”. Queríamos um lance que soasse como garagem, natural e assim ficou. Tem até os defeitos da garagem, uma sujeira aqui e ali, que não limpamos. Não gosto de rótulo como limitador mas em termos de ideia geral nosso som passa pelo Thrash (tradicional e pitadas do novo), um pouco de Death com letras de conteúdo totalmente HxCx. Eu gosto muito de HxCx, talvez seja meu som mesmo… Gravamos também um cover do Overdose do primeiro disco (Século XX – “Filhos do Mundo”) e também um outro cover do Atack Epiléptico – “Ato Facultativo”, banda que é uma lenda do HC extremo daqui de BH que tem décadas de história. Ambas as músicas em português, legal isso! Então é isso: rápido, berrado, pesado e sujo. A arte do disco foi feita pelo Fernando da banda Drowned e fiquei muito impressionado. Nossa interação foi rápida e fácil. Ideias fluiram fácil. O tema da arte do CD é o retrato de um cenário caótico em chamas (o cenário é BH) como uma referência a um estado de caos, descontrole e atitudes nefastas da humanidade de hoje que por vezes acho que só começando tudo de novo, queimando tudo para esperar germinar novamente depois. Incrível o que a raça humana tem conseguido fazer de ruim, especialmente nestes últimos anos. Essa era a ideia. Compus uma música bem louca, rápida e com muitos efeitos (Customized Fetus) e nela o Vladimir Korg (ex-Chakal, ex-The Mist e hoje fazendo o projeto do Unabomber Files) divide os vocais comigo. Uma grande honra para nós! Sempre achei a voz dele única e ele é um cara muito gente fina, humilde e inteligente. Como essa música é uma adaptação de uma letra em português deixada por um grande amigo em comum, o Nado – batera do Atack Epiléptico – que infelizmente o perdemos há pouco mais de um ano, resolvemos dividir essa letra em homenagem a ele. Gravar o Vladimir foi algo muito especial. Ele foi ver o último show do Atack com o Nado, abrindo para o Tervet Kadet, show esse que tive a honra de fazer as guitas e depois do ocorrido ele veio falar comigo e disse, quero gravar com você. Achei a atitude dele muito legal e bonita, vinda de um cara que tem tanto respeito do metal nacional! Então dividimos a letra do nosso irmãozinho que se foi. O CD é dedicado ao NADO também. RIP Brother!

 

 

Mondo Metal – A banda já começa “metendo o pé na porta” e Burn It Down sai simultaneamente no Brasil e nos Estados Unidos. Quais são os planos de divulgação e turnê?
Sérgio Ferreira – Cara, o CD sai agora em julho e será distribuído também nos USA. Temos alguns amigos lá também da época do Overdose que também vão nos dar um força. Estamos agora ensaiando as músicas e montando o show pois o CD foi sendo gravado à medida que compúnhamos, e não naquele processo tradicional de ir compondo, ensaiando e só depois sair para gravar. Então é estranho pois gravamos um CD com muito pouco ensaio. A experiência da moçada definitivamente ajudou nisso pois foi fácil pegar as músicas, arranjar, gravar e fazer um bom trabalho. Estamos começando a tocar para aquecer aqui por BH mesmo, mas quando o CD sair queremos rodar pelo país. Convites são bem-vindos, moçada!!! Fora do país é outro papo, quem sabe? Mas não gostamos de planejar muito não, a coisa sai naturalmente sem forçar nada. Tudo orgânico, como o próprio CD. Espero que a moçada aprecie, fizemos com coração e honestidade. A galera pode entrar em contato com a gente, seja para bater um papo ou para shows e etc, pelo nosso Facebook: Perfil: HellsPunch Thrash (Hell’s Punch) ou pela página do Hell’s também no FB: @hellspunch.

 

A banda faz show em Belo Horizonte no próximo domingo, 26, no Stonehenge, à partir das 14 horas. Para você, que como nós do Mondo Metal, sempre pediu por mais um show do Overdose, a boa notícia será a participação de antigos integrantes da banda no show. Também se apresentam no mesmo dia as bandas Witchhammer, Bulldogs, Komando Kaos, entre outras. Os ingressos custam R$ 20,00.

 

Ouça a faixa Hate, retirada do álbum Burn it Down!

5 perguntas para Egon Dias (Expurgo)

Posted by Redação Mondo Metal On June - 7 - 2016 Comments Off

 

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Esta semana estreamos uma nova coluna no Mondo Metal: 5 perguntas. A nova coluna tem por objetivo ir direto ao ponto, sem firulas. Serão 5 perguntas sem ficar enrolando o entrevistado e o leitor. Para abrir os trabalhos, Egon Dias, vocalista do Expurgo, banda que acabou de ser confirmada para se apresentar ao lado dos reis do Grindcore, Napalm Death, em Belo Horizonte. O show vai acontecer no dia 22 de julho, à partir das 19 horas, na casa A Autêntica. A banda também está na coletânea tcheca recém-lançada Latin America Noise II. Por hora vamos de 5 perguntas para Egon Dias.

 

Mondo Metal – O Expurgo tem um novo baixista. Fale sobre ele e o que a entrada de um novo membro agrega ao som da banda.
Egon Dias – O brother que assumiu o baixo é o Sérgio, que toca guitarra no Preceptor, daqui de BH. A entrada dele deu um puta gás novo na banda. O cara tem muita ideia boa pra música, pra composição, tem disposição e raça pra pegar uma cacetada de música. A praia dele é death metal velho, e como a gente sempre teve também uma pegada com death metal, acertou direitinho as influências dele com as nossas. Tocamos com ele já em BH, no Rio de Janeiro, Brasília, Joinville e Florianópolis e foi uma puta experiência foda ter ele com a gente. O cara já faz parte de toda a insanidade sonora que fazemos!

 

Mondo Metal – Vocês estão em estúdio finalizando o sucessor do espetacular Burial Ground. Queria que você falasse um pouco sobre o novo álbum. O que esperar do novo Expurgo?
Egon Dias – O disco novo do Expurgo está praticamente gravado já. Estamos em fase de mixagem e masterização. Já posso adiantar que o nome do novo disco será Deformed by Law e tem alguns elementos novos, mas tocando o grindcore que sempre foi nossa raiz. As músicas estão rápidas, uma mescla com algumas cadenciadas, variações de vocal e muita brutalidade. Barulho, na essência, que é o que sempre estamos dispostos a fazer.

 

Mondo Metal – Como você vê a cena atual do grind brasileiro?
Egon Dias – A cena do grindcore brasileiro é bem rica cara, as bandas daqui não ficam devendo em nada para as gringas. Isso é ótimo, porque tem muita banda boa, fazendo grindcore de qualidade e de extrema sonoridade. Ficamos muito felizes em poder conhecer bandas novas no estilo, além de podermos contar com as que já estão na batalha aí há algum tempo, como é o ROT, que é referência mundial. Quem se interessa pelo estilo, pode dar uma pesquisada por aí que tem muita coisa boa rolando.

 

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Mondo Metal – Com o som de primeiríssima linha que é característica do Expurgo, vocês já devem ter chamado a atenção do público de fora do Brasil. Como anda a repercussão da banda no exterior?
Egon Dias – O underground é uma coisa fantástica cara, tem muita gente no exterior que conhece nosso som, e que curte bastante nosso trampo, o que nos deixa muito felizes. Tem uma banda da Indonésia que mandou cover de um som nosso, da música Blast of Truth, que abre o Burial Ground. Tem material nosso na Europa, nos E.U.A., no extremo oriente, coisa que nem a gente se dá conta direito. Final do ano passado veio uma banda do Equador tocar no Brasil, chamada Curetaje, e os caras já conheciam nosso som também, o que nos surpreendeu. Acho que o esquema é esse cara, fazer o som que curte, da forma underground que fazemos, e deixar a coisa rodar na aldeia global aí.

 

Mondo Metal – No Black Hole Fest que vocês tocaram no mês passado, em Santa Catarina, vocês ficaram praticamente o show todo sem guitarra. Como foi isso?
Egon Dias – O ampli de guitarra deu pau na terceira música e ainda tínhamos todo o set pela frente. O ampli queimou e não tinha um reserva, então resolvemos fazer o resto do set só com baixo, bateria e vocal. Ficou um esquema mais noisecore, que curtimos muito também. Foi diferente, mas foi intenso, pelo menos a gente tentou fazer uma parada extrema pra quem ficou lá. Éramos a banda de fechamento do festival, mas foi bem intenso. Já no show do dia seguinte, que foi em Floripa, foi animal, equipe muito foda, galera agitando pra caralho e o show foi bem louco.

 

Então a entrevista deveria acabar aqui, afinal nossa nova coluna chama-se “5 perguntas”. Mas eis que, após realizada a entrevista, o Expurgo é confirmado para dividir o palco com ninguém menos que os pais do Grindcore, os ingleses do Napalm Death. É claro que diante disso teríamos que fazer uma pergunta extra. Retirar uma? Jamais! Então vamos de “6 perguntas” para Egon Dias!

 

Mondo Metal – Acaba de ser confirmado o show Napalm Death e Expurgo. E agora, o que dizer deste show?
Egon Dias – De antemão gostaria de agradecer à produção do evento (Liberation e EV7) pela oportunidade de tocar com o Napalm Death, além de agradecer também nosso parceiro Renatão (Carather) que ajudou bastante pra que isso ocorresse, bem como toda a movimentação do pessoal na internet que deu um apoio foda pra nós. Vamos dar o melhor de nós nesse show, buscar representar o submundo da música extrema e todos que movimentam o cenário de alguma maneira. Será algo inesquecível!

 

Enquanto a devastação Expurgo x Napalm Death não chega, confira a música nova You Call This Humanity?

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