Wednesday, October 9, 2024

5 perguntas para Egon Dias (Expurgo)

Posted by Redação Mondo Metal On June - 7 - 2016

 

assina_chris

 

Esta semana estreamos uma nova coluna no Mondo Metal: 5 perguntas. A nova coluna tem por objetivo ir direto ao ponto, sem firulas. Serão 5 perguntas sem ficar enrolando o entrevistado e o leitor. Para abrir os trabalhos, Egon Dias, vocalista do Expurgo, banda que acabou de ser confirmada para se apresentar ao lado dos reis do Grindcore, Napalm Death, em Belo Horizonte. O show vai acontecer no dia 22 de julho, à partir das 19 horas, na casa A Autêntica. A banda também está na coletânea tcheca recém-lançada Latin America Noise II. Por hora vamos de 5 perguntas para Egon Dias.

 

Mondo Metal – O Expurgo tem um novo baixista. Fale sobre ele e o que a entrada de um novo membro agrega ao som da banda.
Egon Dias – O brother que assumiu o baixo é o Sérgio, que toca guitarra no Preceptor, daqui de BH. A entrada dele deu um puta gás novo na banda. O cara tem muita ideia boa pra música, pra composição, tem disposição e raça pra pegar uma cacetada de música. A praia dele é death metal velho, e como a gente sempre teve também uma pegada com death metal, acertou direitinho as influências dele com as nossas. Tocamos com ele já em BH, no Rio de Janeiro, Brasília, Joinville e Florianópolis e foi uma puta experiência foda ter ele com a gente. O cara já faz parte de toda a insanidade sonora que fazemos!

 

Mondo Metal – Vocês estão em estúdio finalizando o sucessor do espetacular Burial Ground. Queria que você falasse um pouco sobre o novo álbum. O que esperar do novo Expurgo?
Egon Dias – O disco novo do Expurgo está praticamente gravado já. Estamos em fase de mixagem e masterização. Já posso adiantar que o nome do novo disco será Deformed by Law e tem alguns elementos novos, mas tocando o grindcore que sempre foi nossa raiz. As músicas estão rápidas, uma mescla com algumas cadenciadas, variações de vocal e muita brutalidade. Barulho, na essência, que é o que sempre estamos dispostos a fazer.

 

Mondo Metal – Como você vê a cena atual do grind brasileiro?
Egon Dias – A cena do grindcore brasileiro é bem rica cara, as bandas daqui não ficam devendo em nada para as gringas. Isso é ótimo, porque tem muita banda boa, fazendo grindcore de qualidade e de extrema sonoridade. Ficamos muito felizes em poder conhecer bandas novas no estilo, além de podermos contar com as que já estão na batalha aí há algum tempo, como é o ROT, que é referência mundial. Quem se interessa pelo estilo, pode dar uma pesquisada por aí que tem muita coisa boa rolando.

 

+ Mais
Napalm Death: banda retorna à BH 19 anos depois
Confirmado: Expurgo será a banda de abertura do Napalm Death em BH

 

Mondo Metal – Com o som de primeiríssima linha que é característica do Expurgo, vocês já devem ter chamado a atenção do público de fora do Brasil. Como anda a repercussão da banda no exterior?
Egon Dias – O underground é uma coisa fantástica cara, tem muita gente no exterior que conhece nosso som, e que curte bastante nosso trampo, o que nos deixa muito felizes. Tem uma banda da Indonésia que mandou cover de um som nosso, da música Blast of Truth, que abre o Burial Ground. Tem material nosso na Europa, nos E.U.A., no extremo oriente, coisa que nem a gente se dá conta direito. Final do ano passado veio uma banda do Equador tocar no Brasil, chamada Curetaje, e os caras já conheciam nosso som também, o que nos surpreendeu. Acho que o esquema é esse cara, fazer o som que curte, da forma underground que fazemos, e deixar a coisa rodar na aldeia global aí.

 

Mondo Metal – No Black Hole Fest que vocês tocaram no mês passado, em Santa Catarina, vocês ficaram praticamente o show todo sem guitarra. Como foi isso?
Egon Dias – O ampli de guitarra deu pau na terceira música e ainda tínhamos todo o set pela frente. O ampli queimou e não tinha um reserva, então resolvemos fazer o resto do set só com baixo, bateria e vocal. Ficou um esquema mais noisecore, que curtimos muito também. Foi diferente, mas foi intenso, pelo menos a gente tentou fazer uma parada extrema pra quem ficou lá. Éramos a banda de fechamento do festival, mas foi bem intenso. Já no show do dia seguinte, que foi em Floripa, foi animal, equipe muito foda, galera agitando pra caralho e o show foi bem louco.

 

Então a entrevista deveria acabar aqui, afinal nossa nova coluna chama-se “5 perguntas”. Mas eis que, após realizada a entrevista, o Expurgo é confirmado para dividir o palco com ninguém menos que os pais do Grindcore, os ingleses do Napalm Death. É claro que diante disso teríamos que fazer uma pergunta extra. Retirar uma? Jamais! Então vamos de “6 perguntas” para Egon Dias!

 

Mondo Metal – Acaba de ser confirmado o show Napalm Death e Expurgo. E agora, o que dizer deste show?
Egon Dias – De antemão gostaria de agradecer à produção do evento (Liberation e EV7) pela oportunidade de tocar com o Napalm Death, além de agradecer também nosso parceiro Renatão (Carather) que ajudou bastante pra que isso ocorresse, bem como toda a movimentação do pessoal na internet que deu um apoio foda pra nós. Vamos dar o melhor de nós nesse show, buscar representar o submundo da música extrema e todos que movimentam o cenário de alguma maneira. Será algo inesquecível!

 

Enquanto a devastação Expurgo x Napalm Death não chega, confira a música nova You Call This Humanity?

Deixe seu comentário!

Comments are closed.

Review: The First of the Listeners, Recitations

      Obscuro, sombrio e assustador! Assim podemos definir The First of the Listeners, álbum de estreia dos noruegueses […]

Review: Prologue In Death & Chaos, Death Chaos

      Curitiba sempre teve uma cena muito boa da música pesada. De lá vem dois grandes nomes do […]

Review: Once and for all, Perc3ption

      Imagine a cena: você se senta confortavelmente diante de seu computador, abre uma cerveja bem gelada (no meu […]

Review: 14 Sovereigh, Vpaahsalbrox

      Quando se fala em bandas de Heavy Metal vindas do Texas, nos Estados Unidos, de quem você […]