Testament e Cannibal Corpse – Belo Horizonte, 22 de novembro, 2015 – Music Hall
Dois dos mais queridos e influentes nomes do metal passaram por Belo Horizonte dando sequência a sua turnê sul-americana: Testament e Cannibal Corpse. Duas verdadeiras escolas do Thrash e Death Metal, respectivamente, aportaram em um domingo frio e ameaçando muita chuva na capital mineira.
Do lado de fora do Music Hall, a grande fila que dobrava a esquina formada por camisas pretas indicava que teríamos casa cheia. A ansiedade em ver as duas bandas, apesar de não ser a primeira vez delas por aqui, era visível no público.
Iniciando os trabalhos, o Carahter, banda local de Hardcore/Metalcore, fez um bom show de 30 minutos. Apesar de uma certa indiferença no começo pelo público, terminaram bem recebidos e mandaram bem no seu set, com uma boa presença de palco do vocalista (e atleticano) Renato Rios. Show intenso e na raça, pois o baterista tocou com a mão quebrada!
Uma breve pausa para os roadies montarem o palco para a entrada do Cannibal Corpse, talvez a banda de death metal mais influente da história. A banda segue divulgando A Skeletal Domain, 14º CD da carreira que chegou a alcançar a posição de número 32 dos 200 álbuns mais vendidos dos EUA!
Iluminação da casa desligada, luzes vermelhas no palco e começaram com Evisceration Plague, uma música arrastada para os padrões da banda, para depois arrebentarem tudo com um set list bem pesado onde tocaram, entre outras: Stripped, Rapped And Strangled, Kill Or Become, Sadistic Embodiment, I Cum Blood (anunciada como “uma faixa de amor”), Unleashing The Bloodthirsty, Make Them Suffer, Hammer Smashed Face (essa já se tornou obrigatória em qualquer show deles) e finalizando com uma das músicas mais extremas da banda, Devoured By Vermim. Uma hora e quinze minutos de destruição!
Mais uma vez, George “Corpsegrinder” Fisher e toda banda mandaram muito bem. Impressionante a sincronia e precisão da banda, coisa que só anos de estrada podem fazer. Também não tem como não falar de Alex Webster tocando baixo. O cara parece que tem 10 dedos em cada mão! Showzaço.
Breve pausa e às 22:25 começava o show do Testament, uma banda que muita gente considera injustiçada, pois mereceria maior destaque (um Big 5 ou Big 6, talvez). Não tem como deixar de elogiar Chuck Billy, um dos vocalistas mais carismáticos do meio, Gene Hoglan na bateria e Steve DiGiorgio, que também é um baixista fora do normal.
Tocaram músicas abrangendo várias fases da carreira, como Over The Wall, The Preacher, Native Blood, Into The Pit, Pratice What You Preach, The New Order, D.N.R. (Do Not Ressuscitate), More Than Meets The Eye, The Formation Of The Dammation e outras sete músicas. Ainda organizaram um wall of death, que felizmente terminou bem para os malucos que entraram ali. Um set list curto, porém muito bem escolhido.
Apesar dos pedidos do público que agitou o tempo, não houve bis. Bem que merecíamos mais umas duas músicas… mesmo assim ótimos shows!