MONDO METAL

A banda mineira Witchhammer foi uma das homenageadas do Prêmio Mineiro da Música Independente 2015 que aconteceu na noite da última terça-feira (29) no Teatro Francisco Nunes, em belo Horizonte. O quarteto foi premiado pelo “conjunto da obra” dos quase trinta anos de estrada e uma vitoriosa carreira no cenário nacional da música pesada.

Nascido na década de 80, em meio à “fase de ouro” do Heavy Metal mineiro (quando não apenas os fãs locais, mas também de outros estados e até mesmo do exterior voltavam seus olhos para o que acontecia na efervescente cena pesada das alterosas), o Witchhammer foi um dos responsáveis juntamente com Sepultura, Overdose, Mutilator, Chakal, Sarcófago, Holocausto, Sextrash e outros por escrever a história da música pesada brasileira.

Também foram premiados na noite os músicos Paulinho Pedra Azul, Tadeu Franco, Rubinho do Vale, Chico Lobo e Cartoon.

A justa homenagem oferecida pelo Prêmio Mineiro da Música Independente ao Witchhammer reafirma a importância do quarteto além das fronteiras da música pesada. Vida Longa ao Metal Nacional!

Holy shit!

O vigor e as palhetadas do Thrash Metal e o peso do metal tradicional: assim pode ser definido o som dos paulistas do Vetor em seu álbum de estreia Chaos Before the End que acaba de chegar às prateleiras do Brasil.

Com apenas quatro anos de estrada, o quinteto santista formado por Eduardo Jr (voz), Pedro Bueno e Ricardo Lima (guitarras), Luiz Meles (baixo) e Afonso Palmieri (bateria) apresenta um som maduro e bastante consistente em seu debut. São oito faixas enérgicas e muito bem executadas.

Apesar de ser apenas o primeiro álbum da banda, seus integrantes demostram ótimo entrosamento e se destacam tecnicamente, o que torna o trabalho uma boa surpresa. Os destaques ficam por conta da segurança do vocalista Eduardo Jr e da cozinha impecável do baterista Afonso Palmieri.

Não deixe de ouvir
Apesar do alto nível do álbum, duas faixas estão em um patamar acima das outras e merecem uma audição mais cuidadosa: Limits Within Procreation, com a perfeita interação baixo/bateria e uma pegada muito forte. Rápida e perfeita para a roda de mosh! Já consigo imaginar a “quebradeira” que não deve ser esta música executada ao vivo! Outra que também se destaca é a faixa que leva o nome da banda. Vetor tem momentos do mais puro Thrash Bay Area. Grande faixa!

O álbum tem ainda outro trunfo: a parte técnica à cargo do sueco Fredrik Nordström que mixou e masterizou o disco e trouxe para o som dos brasileiros a experiência de trabalhos anteriores com bandas do porte de Opeth, At the Gates, Arch Enemy e Dimmu Borgir.

Chaos Before the End é uma pedrada do novo Thrash Metal nacional que deixa aberto o caminho a ser percorrido pelo Vetor. Álbum maduro e muito competente!

Vetor
Álbum: Chaos Before the End
Gravadora:  Shinigami Records

01. Intro Religious Falsehood
02. Strike Command
03. Chaos Before the End
04. My Torment
05. Limits Within Procreation
06. In the Sound of the Wind
07. Vetor
08. Endangered Species

Ouça a faixa Chaos Before the End:

Hell “Fucking” Yeah”!

Blessed & Possessed, o álbum mais recente do quinteto alemão Powerwolf, segue e aperfeiçoa a saga bem sucedida de mistura de estilos iniciada dez anos atrás no álbum Return in Bloodred. Power Metal, orquestrações, riffs pesados e até mesmo espaço para esperimentações de Speed Metal ou quem sabe, ares de Thrash Metal.

O novo Powerwolf é uma síntese bem criada e produzida dos quase quinze anos em que a banda está na ativa. Pode-se dizer que os irmãos Matthew e Charles Greywolf acertaram mais uma vez e produziram um álbum de tirar o fôlego a qualquer ouvinte, independente de preferência de estilo.

Faixas como Blessesd and Possessed (pesadíssima abertura do novo trabalho), Armata Strigoi (sem dúvida nenhuma a melhor do álbum, com riffs muito bons), Higher Than Heaven (provavelmente a mais acelerada e enérgica), Sacramental Sister (cadenciada e um pouco mais linear) e Let There be Night (arrastada, com belíssimo arranjo sinfônico) são verdadeiros hinos da banda e, mesmo que recém-lançadas, já merecem ser colocadas no hall dos grandes clássicos do grupo germânico.

Blessed & Possessed mostra o quinteto em seu ápice musical com músicas extremamente bem compostas e pesadas, além de grandes atuações individuais. Entre elas é preciso destacar o excelente vocalista Attila Dorn, ex-aluno da Music Academy of Bucharest. Dorn tem grande alcance vocal faz a diferença nas músicas da banda.

Considerado por muitos a obra-prima da banda, Blessed & Possessed tem de fato este potencial. São 11 faixas em que o ouvinte não tem sequer um segundo de descanso. É um verdadeiro rolo compressor e um presente para os fãs!

Há também que se destacar a grande produção do álbum à cargo de Kristian Kohlmannslehner, a mixagem de Fredrik Nordström e Henrik Udd e a masterização de Jens Bogren. A qualidade sonora que estes profissionais imprimiram no novo trabalho da banda é de tirar o fôlego.

Powerwolf
Álbum: Blessed & Possessed
Gravadora: Napalm Records/Shinigami Records

01. Blessed & Possessed
02  Dead Until Dark
03. Army Of The Night
04. Armata Strigoi
05. We Are The Wild
06. Higher Than Heaven
07. Christ & Combat
08. Sanctus Dominus
09. Sacramental Sister
10. All You Can Bleed
11. Let There be Night

Confira o clipe da faixa Army Of The Night

Apenas um ano se passou desde que a banda mineira de hardcore Bulldogs voltou à ativa e retomou sua rotina de shows em Belo Horizonte. O grupo que ficou afastado por vários anos da cena underground mineira acaba de apresentar a sua nova formação, agora com o reforço do baixista Casito (dono das quatro cordas do Witchhammer) e do DJ K, nos samplers. Seguem na banda Jonny Armani (voz), Robson Caldeira (guitarra) e Luis Carlo (bateria). A nova formação já poderá ser vista no próximo clipe da banda. Por enquanto, o Mondo Metal apresenta no seu “vídeo da semana” o clipe da faixa Não Julgue. Confira!

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Demorou, mas aconteceu! Com muito atraso em relação a outras bandas do Heavy Metal que já apostam no mercado de bebidas alcoólicas há anos, o Metallica finalmente resolveu lançar sua marca própria de cerveja. A nova bebida, que levará o nome Metallica, simplesmente, é uma parceria entre a banda e a cervejaria Budweiser, fato que pode desagradar os fãs (mas nem por isso tornar a cerveja um fracasso de vendas) já que espera-se que a bebida tenha a mesma receita da tradicional Bud, vendida no mundo inteiro.

A cerveja de Lars Ulrich, James Hetfield, Kirk Hammet e Robert Trujillo chega ao mercado em uma edição limitada de 100.000 packs (cada pack contém 24 latas) e será vendida exclusivamente no Canadá.

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Como era de se esperar, uma gigante campanha de marketing está sendo preparada para o lançamento da bebida. A recente turnê By Request, quando a banda se apresentou tocando as músicas escolhidas pelo público, também foi patrocinada pela Budweiser.

O novo produto poderá ser apreciado já na próxima semana, no dia 28 de setembro, quando a banda se apresenta em Quebéc, no Canadá.

Holy shit!

Endless Forms Most Beautiful é o oitavo álbum de estúdio dos finlandeses do Nightwish e o primeiro com a vocalista Floor Jansen que se juntou à banda em 2012 em substituição à Anette Olzon, que por sua vez sucedeu a grande Tarja Turunen. É também o primeiro disco do baterista Kai Hahto.

O novo álbum é também o exemplo máximo da interessantíssima fusão “Heavy Metal e música clássica”, ou simplesmente “orquestrações”. Realmente muito competente a mistura promovida pela banda. Não que seja uma novidade, claro que não. Esta é uma característica presente em todos os álbuns do grupo, desde o debut Angels Fall First, de 1997. O que chama a atenção no novo trabalho é o grau de técnica e excelência que a banda alcançou na junção dos estilos.

Endless Forms Most Beautiful também é recheado de composições grandiosas, épicas, daquelas que vão crescendo com o passar dos segundos e que leva o ouvinte a se perguntar até onde a música pode ir.

Com apenas dois anos de banda Floor Jansen está absolutamente à vontade em seu primeiro trabalho de estúdio com o Nightwish (já havia gravado o ao vivo Showtime, Storytime, em 2013). De voz potente e elástica, a vocalista mostra que sua entrada foi mais que acertada e é um dos pontos fortes do disco.

O álbum segue inteiro em alto nível, mas ainda assim é possível destacar algumas músicas que são absolutamente espetaculares, como a faixa de abertura Shudder Before the Beautiful, que é de cair da cadeira! De muita personalidade e riffs marcantes, a abertura do álbum mostra ainda uma Floor Jansen afinadíssima. Na sequência, Weak Fantasy é certamente a mais pesada, abusando de bumbos duplos e muitas palhetadas. Yours Is an Empty Hope é outra em que o peso fica evidente, assim como a interação guitarra e orquestração. Lembra, apenas lembra, as faixas do espetacular S&M, álbum que o Metallica gravou com a participação da San Francisco Symphony. E não há demérito algum nisso! Endless Forms Most Beautiful também chama a atenção por parecer uma trilha sonora de filme de ação. Rápida, enérgica e bastante variada! Agora, nada mesmo se compara ao encerramento do disco, a assustadora The Greatest Show on Earth com seus quase 24 minutos de duração (isso mesmo amigos, 24 minutos!). Não há dúvidas: esta é melhor faixa do novo trabalho! E o motivo é muito simples: dividida em cinco capítulos, The Greatest Show on Earth é uma verdadeira trilha sonora. Poderia ser encaixada em qualquer grande obra da sétima arte. Daquelas que o genial “maestro” Ennio Morricone poderia facilmente ter composto.

Endless Forms Most Beautiful é provavelmente o álbum mais pesado do Nightwish e certamente o melhor! A banda finlandesa entrega a seus fãs um trabalho irretocável!

Aos fãs que querem conhecer um pouco mais do novo trabalho a notícia é boa: o sexteto começa nesta quarta-feira, 23, sua turnê pelo Brasil. Serão cinco shows incluindo a participação no Rock in Rio, no dia 25. Confira abaixo as datas:
23 de setembro: Fortaleza
25 de setembro: Rio de Janeiro (Rock in Rio)
26 de setembro: São Paulo
27 de setembro: Curitiba
29 de setembro: Porto Alegre

Nightwish
Álbum: Endless Forms Most Beautiful
Gravadora: Dynamo Records

01. Shudder Before the Beautiful
02. Weak Fantasy
03. Élan
04. Yours Is an Empty Hope
05. Our Decades in the Sun
06. My Walden
07. Endless Forms Most Beautiful
08. Edema Ruh
09. Alpenglow
10. The Eyes of Sharbat Gula
11. The Greatest Show on Earth
Chapter I. Four Point Six
Chapter II. Life
Chapter III. The Toolmaker
Chapter IV. The Understanding
Chapter V. Sea-Worn Driftwood

A banda inglesa Bolt Thrower anunciou nesta quinta-feira (17) o falecimento do baterista Martin “Kiddie” Kearns. O músico de 37 anos passou mal na última segunda-feira, (14), após um ensaio do grupo para a turnê australiana e veio a falecer no dia seguinte, enquanto dormia. A causa da morte ainda não foi divulgada. Todas as datas da turnê que marcaria o retorno do grupo ao país após 22 anos foram canceladas.

Em seu site oficial a banda lamentou a morte do músico e disse que Kiddie deixará um enorme vazio na vida de todos que o cercavam.

Martin “Kiddie” Kearns fez parte do Bolt ThrOwer por quase 20 anos e gravou os álbuns Honour – Valour – Pride (2001) e Those Once Loyal (2005).

Ouça o clássico Inside the Wire, do álbum Honour – Valour – Pride

Holy shit!

Na década de 80, quando ainda morava na capital federal, costumava frequentar duas lojas de metal, Rock House e Devil Discos, ambas importantíssimas para o crescimento e consolidação da música pesada da cidade. Uma ficava isolada, em uma área comercial da Asa Sul, a outra, em um mal frequentado centro de compras na área central da cidade, o Conic. Íamos para procurar coisas novas ou simplesmente para olhar, pela milésima vez, os mesmos bolachões de sempre.

Mas aí o leitor do Mondo Metal vai se perguntar o que isso tem a ver com o Losna. E eu respondo: tudo! O trio gaúcho trás de volta o autêntico metal brasileiro oitentista. Aquele, que tanto procurávamos! Não se trata do “simples” e amplamente divulgado Thrash Metal Old-School, não é isso. O Losna resgata a sonoridade das bandas nacionais dos anos 80. É como se você colocasse na pickup um disco do MX, Sarcófago, Mutilator, Genocídio ou qualquer outra grande banda nacional daquela década. Nada de overdubs, nada de efeitos, absolutamente nada que possa mascarar a real sonoridade da banda ao vivo. E isso é genial!

Another Ophidian Extravaganza é o terceiro álbum da banda e um presente para os fãs digamos, mais “old-school”, como este que vos escreve. São 11 faixas do mais puro Thrash Metal oitentista nacional sem firulas e sem gracinhas. Músicas simples, de acordes básicos e gravação seca: é com esta fórmula que o trio imprime uma personalidade única no metal nacional. Sim, hoje não há banda que toque como Fernanda e Débora Gomes e Marcelo Índio.

Losna
Another Ophidian Extravaganza
Gravadora: UGK Discos

01. Amaro Sapore
02. Feronia
03. Back to the Grotto
04. Immiscible Pleasures
05. Project 971
06. Serpent Egg
07. Mesmerized by Rotten Meat
08. No Time for Romance
09. Animal Instinct
10. Strut
11. Pneumonia

Confira a faixa Feronia

O fim está próximo! Está? Será que esta emblemática frase, tão presente em cartazes apocalípticos mundo afora, vai se concretizar na longa e inigualável carreira do Black Sabbath? É o que os pais do Heavy Metal prometem na recém anunciada The End Tour que pretende colocar um ponto final na carreira de 45 anos do grupo.

Em comunicado publicado em seu site oficial, a banda anuncia o novo giro como “a turnê final da maior banda de Heavy Metal de todos os tempos.” E continua: “Ozzy Osbourne, Tony Iommi e Geezer Butler vão fechar o último capítulo da incrível história do Black Sabbath no volume máximo.” E completa: “quando esta turnê acabar, será verdadeiramente o fim. O fim de uma das maiores lendas da história do rock ’n roll… Black Sabbath”.

A despedida começa em janeiro de 2016 e vai ter apenas 24 shows. E a má notícia para os fãs da banda é que somente quatro países fazem parte do giro derradeiro: Estados Unidos, Canadá, Austrália e Nova Zelândia. Mas como a esperança é a última que morre, resta aguardar por novas datas que prometem ser anunciadas em outubro próximo.

Confira o vídeo promocional da The End Tour:

Tim “Ripper” Owens terá agenda cheia em sua próxima passagem pelo Brasil. O ex-vocalista do Judas Priest e do Iced Earth retorna ao país para uma série de doze shows nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste entre os meses de outubro e novembro.

Confira todas as datas anunciadas:
22/10: Curitiba/PR
23/10: Foz do Iguaçu/PR
24/10: Limeira/SP
25/10: São Paulo/SP
29/10: Rio de Janeiro/RJ
30/10: Pomerode/SC
31/10: Bento Gonçalves/RS
01/11: Altinópolis/SP
05/11: Recife/PE
06/11: Teresina/PI
07/11: Fortaleza/CE
08/11: Mossoró/RN