MONDO METAL

Holy shit!

De tempos em tempos surge alguma banda que nos faz ter fé novamente na música pesada original, bem tocada e feita com alma. Na opinião deste reles escriba a bola da vez é o Demolishment, quinteto carioca que me fez começar a escrever antes mesmo que o álbum terminasse, dada a minha empolgação com o que vem dos meus fones de ouvido neste exato momento.

Há muito tempo não ouvia algo tão original, que me remetesse diretamente – sem escalas – às raízes do Thrash Metal ainda nos já distantes anos 80! Para quem viveu aquela época e teve o privilégio de assistir o estilo nascer e se consolidar, como é meu caso, ver cinco moleques (o termo aqui não é pejorativo, acreditem) tocando como se estivessem na mesma década de Kill’em All, Bonded by Blood ou Eternal Devastation é realmente de encher os olhos.

Apesar de ser apenas o primeiro álbum da banda, Our Fury is Unleashed é um ábum perfeito, maiúsculo, coisa de gente grande. A banda segue fiel ao Thrash Metal oitentista, forte, vigoroso e veloz, como é o caso da faixa de abertura Challenger e suas palhetadas ultra rápidas. A faixa, aliás, é o ponto alto do pequeno álbum: rápida, com muita pegada e raivosa. Que música!

Mesmo com palhetadas espetaculares, digna dos elogios anteriores, o destaque de Our Fury is Unleashed vai para a competente cozinha da banda com a bateria irretocável e demolidora de Diogo Barbosa que abusa do bumbo duplo, das viradas e de todos os artifícios de um bom baterista e o baixo muito presente e virtuoso de Elias Oliveira.

Com a criatividade e o vigor apresentado, o Demolishment tem um caminho pavimentado à sua frente. Por hora já podemos dizer que é uma das boas surpresas apresentadas no cenário carioca. Seguindo e evoluindo no caminho escolhido tem potencial para ser um dos grandes do Thrash Metal brasileiro.

Demolishment
Our Fury is Unleashed
Independente

01. Challenger
02. Insurgent
03. Age of Doom
04. Abscond

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Ouça a faixa Challenger

E parece que a brincadeira não tem fim. Iniciada em junho nos Estados Unidos, a campanha Ice Bucket Challenge (desafio do balde de gelo), que tem por objetivo angariar fundos para o tratamento da Esclerose Lateral Amiotrófica, uma doença degenerativa que vai, aos poucos, paralizando todos os músculos do corpo, vem ganhando adeptos em todos os seguimentos da sociedade por todo o mundo.

No último domingo (24), Max e Gloria Cavalera publicaram um vídeo onde aparecem aceitando o desafio. Indicados pelo ex-guitarrista do Soulfly Mickey Dowling, Max e Gloria tomam o banho gelado ao lado do filho Zyon Cavalera. Max repassou o desafio aos membros da banda Deftones enquanto Gloria desafiou ninguém menos que Sharon Osborne, Gloria Butler e Wendy Dio.

Criticada por alguns e celebrada por outros, não se pode negar que a campanha é um sucesso pelo menos no que diz respeito ao marketing envolvido. Para fazer as doações, entre em contato diretamente com as instituições brasileiras que fazem parte da campanha:

+ Instituto Paulo Gontijo (IPG)
+ Associação Pró-Cura da ELA
+ Abrela (Associação Brasileira de Esclerose Lateral Amiotrófica)

Ainda este mês, Max e seu irmão Iggor chegam ao Brasil para uma extensa turnê com o Cavalera Conspiracy. A banda tem 11 shows agendados pelo país. Confira as datas:

31 de agosto – Brasília
2 de setembro – Fortaleza
4 de setembro – Manaus
5 de setembro – Belém
6 de setembro – Recife
7 de setembro – Salvador
10 de setembro – Curitiba
11 de setembro – Rio de Janeiro
12 de setembro – São Paulo
13 de setembro – Belo Horizonte
14 de setembro – Porto Alegre

Confira o vídeo de Max e Gloria Cavalera

Holy shit!

Belo Horizonte, terra do Thrash, do Death e do… Grind/Crust, por que não? Isso mesmo senhores, quando falamos da capital mineira e de sua importância na música pesada nacional estamos falando também da música extrema. E a terra que deu Sepultura e Sarcófago ao mundo ainda tem muito barulho para agradar brasileiros e gringos.

Uma dessas barulheiras geniais é o Ereção de Elefante, ou apenas ExDxEx, duo formado por André Pádua (guitarra e voz) e Ciro Trevisan (bateria e voz) que lançou no final de 2013 seu primeiro álbum 100% DIY (do it yourself, faça você mesmo, ou seja, um álbum totalmente independente, feito na raça).

Insulto é uma porradaria de 14 faixas com aproximadamente 20 minutos de boa música (pouco mais de um minuto por faixa). Com letras em português berrando contra a polícia, consumismo e temas afins, a dupla se alterna nos vocais fazendo do som do Ereção de Elefante algo único.

Insulto é Grind/Crust e ponto final, mas a banda se permite alguns passeios por outros estilos como o Mathcore da faixa BH e da curtíssima Júlia, Meu Amorzinho ou então a rápida introdução Sludge de Marlboro Light. Destaque para a faixa de abertura Pauduroeuamompb com sua introdução de… MPB! Sim senhores, MPB! Impossível não falar também da referência maior do Grindcore mundial Napalm Death presente em vários momentos do álbum, mas especialmente na faixa Insulto I onde a banda parece respirar os ares dos anos 90, aqueles do início da década quando clássicos como Harmony Corruption e Utopia Banished assombraram o mundo.

Não bastasse a barulheira nota 10, o álbum é muito bem gravado, o que torna ainda melhor a experiência de ouvir o debut da banda “de cabo a rabo”, sem pausas e “no talo”! O mosh é garantido e o torcicolo também!

Em tempo: o Ereção de Elefante é uma das 25 bandas que passarão pelos palcos do Exhale The Sound, grande festival mineiro que chega a sua segunda edição com o melhor do underground extremo nacional. Ótima oportunidade de ver o duo ao vivo. Os shows acontecem nos dias 10 e 11 de outubro, no Cento e Quatro.

Ereção de Elefante
Álbum: Insulto
Independente

01. Pauduroeuamompb
02. Easy Skanking
03. Júlia, Meu Amorzinho
04. Insulto II
05. Propanga II
06. Mamãe, Te Amo
07. Anarquia Nos Belori
08. Marlboro Light
09. avidamodernaébacana
10. Insulto I
11. BH
12. Geração Conformada
13. Asfaltaram a Estevão Pinto
14. Propanga I

Ouça o EP completo!

Head banging!

Pode até não ser novidade uma banda de mascarados fazendo música pesada. Aí estão Brujeria, Slipknot, Mushroonhead, Ghost e outras tantas que não nos deixam mentir. Há que se concordar também que essa estética é um ponto positivo no marketing de uma banda. Mas, verdade seja dita, nem só de máscaras e marketing pode viver um grupo de metal.

Com este conceito em mente começamos a ouvir o EP de estreia do quarteto paulista D.I.E., cuja primeira impressão deixada pela capa minimalista foi boa: preta com a logo da banda e só!

São 4 faixas e pouco mais de 13 minutos de música no EP que leva o nome da banda. Se você gosta da mistura de hardcore com metal (o bom e velho crossover, como costumávamos chamar o estilo, ainda novo na década de 80), então encontrou a banda certa.

É verdade que o D.I.E. pende mais para o metal que para o hardcore, mas é inegável que seus integrantes beberam na fonte de grandes referências do estilo como Sick of It All ou Hatebreed como eles mesmo admitem.

O pequeno álbum abre com o rolo compressor Tit for tat, faixa onde o baterista Mortiz Carrasco “mói” seu instrumento musical com rajadas de bumbo duplo e ótimas quebras de rítmo. Na sequência vem a faixa-título, D.I.E., e seu inconfundível refrão “die, die, die” que se repete ao longo da música e ecoa na sua cabeça fazendo dessa faixa uma das melhores do álbum. Logo depois, Predicted e nova série de bumbos duplos à exaustão e guitarras muito bem colocadas com excelentes riffs. Para abrir uma roda de mosh no meio da sala! Run out of Air fecha o curto álbum mantendo o nível lá no alto. Novamente muito peso vindo da ótima guitarra de Hell Hound e do baixo muito presente de Roger Vorhees. Isso tudo aliado ao vocal gutural de Charles Guerreiro completa de forma absolutamente satisfatória o EP de estreia do quarteto.

O grande EP apresentado pelo D.I.E. não deixa dúvidas de que ainda ouviremos falar muito da banda. Com um pouco mais de estrada e maturidade musical pode se tornar um grande nome do gênero no Brasil.

D.I.E.
Álbum: D.I.E.
Independente

01. Tit for tat
02. D.I.E.
03. Predicted
04. Run out of air

Ouça a faixa Predicted

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À medida que os meses vão passando e o lançamento do terceiro álbum se aproxima os fãs vão matando a curiosidade sobre o que está por vir do front dos Cavalera. Pandemonium, o terceiro trabalho dos irmãos Max e Iggor, será lançado em outubro pela Napalm Records.

Cumprindo a promessa de fazer um disco mais rápido e pesado que o anterior, a banda divulgou nesta segunda-feira (18) a primeira faixa do álbum. Bonzai Kamakazi é uma pancadaria de 4 minutos que lembra os bons tempos do clássico Arise. Aliás, foi exatamente esta a intenção de Max, recobrar o espírito do álbum de 1991.

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Um mês antes do lançamento de Pandemonium os brasileiros terão a chance de ver a banda ao vivo em uma extensa turnê nacional. Confira as datas:

31 de agosto – Brasília
2 de setembro – Fortaleza
4 de setembro – Manaus
5 de setembro – Belém
6 de setembro – Recife
7 de setembro – Salvador
10 de setembro – Curitiba
11 de setembro – Rio de Janeiro
12 de setembro – São Paulo
13 de setembro – Belo Horizonte
14 de setembro – Porto Alegre

Ouça Bonzai Kamakazi

Agosto de 1989: o Brasil assistia ao surgimento de um novo “monstro”! O Sarcófago, banda formada quatro anos antes por Wagner Antichrist e Gerald Minelli lançava seu segundo LP, Rotting, o aguardado sucessor do primeiro trabalho do grupo, INRI, de 1987. A briga entre Wagner e Max Cavalera – ainda nos primórdios do Sepultura – fazia surgir nas Gerais uma segunda banda de repercussão internacional que alcançaria um patamar de certa forma até maior que o Sepultura por se tornar uma das maiores referências de um estilo inteiro, o Black Metal.

Mesmo sob os olhares desconfiados do mundo da música pesada que ainda via o Heavy Metal brasileiro como algo bizarro ou efêmero, o grupo mineiro teve seu segundo álbum lançado nos Estados Unidos e Europa, uma raridade para a época. Nem mesmo a capa censurada em vários países foi suficiente para frear o Sarcófago e Rotting assombrou o mundo mostrando que depois do Sepultura, Minas Gerais ainda teria muito a oferecer à música pesada, mas isso já é outra história…

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Além de Wagner (guitarra e voz) e Gerald “Incubus” Minelli (baixo), completa o line-up do álbum o baterista M. Joker (atualmente no Uganga).

Nesta segunda-feira o Mondo Metal homenageia o maior nome do Black/Death nacional e os 25 anos de lançamento do LP Rotting tocando o álbum na íntegra! O programa Mondo Metal vai ao ar nesta segunda-feira, 18 de agosto, à partir das 23 horas, pela Rádio Mondo Metal. Ouça pelo www.mondometal.com.br.

Rotting: a capa original e as versões europeias censuradas

Ainda dá tempo de garantir o seu ingresso para um show que promete ser histórico. No domingo, 17 de agosto, o Ratos de Porão sobe ao palco do Studio Bar para lançar o disco Século Sinistro, o primeiro de inéditas em oito anos.

Apenas 300 ingressos foram colocados à venda pela 53HC, produtora do show. O objetivo é reproduzir o clima intimista da última passagem do RDP por BH, quando a formação que gravou o disco Crucificados Pelo Sistema se apresentou no mesmo local, em abril. A casa impressionou o vocalista João Gordo, que chegou a comparar com os clubes que a banda costuma se apresentar no leste europeu. Desta vez o RDP sobe ao palco com a formação atual, que conta também com o guitarrista Jão, o baterista Boka e o baixista Juninho.

Quem quiser conferir de perto deve se apressar, já que as entradas estão bem perto do fim e não deverão sobrar para serem vendidas na porta do show. As bandas Vulgaris e Rastros de Ódio fazem a abertura.

RATOS DE PORÃO
Domingo, 17 de agosto, 18h, no Studio Bar (Rua Guajajaras, 842, Centro). Informações: 3271-7237. Ingressos: R$ 45 pista, R$ 60 setor especial. 18 anos. https://www.sympla.com.br/ratos-de-porao-bh–17-agosto—show-especial-de-lancamento-seculo-sinistro–classicos__22752

Parece que nem mesmo o recente conflito entre Israel e palestinos da faixa de Gaza será capaz de impedir a apresentação da banda Behemoth em Tel Aviv, no coração financeiro do país, marcada para o dia 23 de agosto. Pelo menos é isso que disse o frontman da banda, Nergal, em uma mensagem destinada aos fãs. No vídeo divulgado esta semana o líder do grupo polonês aparece ao lado de seus companheiros confirmando a apresentação na casa de shows Reading 3. A aparente desistência das bandas Winterhorde e Arallu, que fariam os shows de abertura provocou a ira do vocalista polonês, conforme você verá abaixo. Os palavrões destinados às duas bandas não precisam de tradução…

Cartaz da apresentação em Tel Aviv

O quarteto polonês segue na turnê de divulgação de seu álbum mais recente, o aclamado The Satanist, o décimo trabalho de estúdio da banda.

Confira a mensagem do Behemoth

O mundo da música pesada conta os dias para ouvir o novo álbum do Slayer, o primeiro sem a participação de Jeff Hanneman, co-fundador da banda, morto em maio de 2013. Em entrevista concedida na última semana, durante a apresentação do grupo no Wacken Open Air, na Alemanha, o guitarrista Kerry King falou sobre o que os fãs podem esperar do sucessor de World Painted Blood, álbum que sairá pela nova casa Nuclear Blast após quase três décadas de American Recordings, de Rick Rubin.

King afirmou que não procura saber o que os fãs dizem sobre a banda na Internet, mas que sabe das reações positivas de seus seguidores sobre a nova faixa Implode, lançada recentemente já com o novo line-up e que deverá fazer parte do novo álbum: “eu nunca procuro saber o que as pessoas estão falando da gente porque, você sabe, todo mundo é “machão” por detrás de um monitor. O que eu posso dizer para todos que estão com medo do que vão ouvir nesse novo álbum sem o Hanneman é: não tenham medo”.

Sobre as novas músicas, King é ainda mais direto: “sei que muita gente acha que não temos mais capacidade de fazer algo de bom sem o Jeff, mas eu tenho orgulho do que temos feito. As novas músicas são rápidas e as partes lentas são muito pesadas. Eu digo que tudo que os fãs sempre gostaram no Slayer do passado estará neste novo álbum”.

Questionado sobre o uso de algum material deixado por Hanneman, King disse que existem músicas de autoria do guitarrista que podem entrar no álbum, mas faz questão de deixar claro que não entrarão simplesmente por serem do ex-colega: “já disse e continuarei dizendo que se colocarmos alguma música dele isso vai acontecer não porque foi ele que escreveu e sim porque ele foi um cara genial! Só teremos músicas que ele se orgulharia de ter escrito”. Por outro lado, as músicas escritas por Gary Holt não parecem estar garantidas: “Acho que se houver outro álbum após este e se Gary estiver conosco lá será o momento de dizer ‘ei cara, sinta-se à vontade de fazer alguns riffs se você quiser’”, completou.

O quarteto entra em estúdio ainda este ano e deve lançar seu novo álbum já no primeiro semestre de 2015. Completam o line-up da banda Paul Bostaph que substituiu Dave Lombardo em 2013 e Gary Holt, que vem se apresentando com o grupo desde o afastamento de Jeff Hanneman.

Ouça a nova faixa Implode

Holy shit!

Our Pain Is Their Power é o EP mais recente do reis do grind mundial, Napalm Death. Lançado em 2013 para celebrar a apresentação do grupo inglês no Roadburn Festival, realizado em Tilburg, na Holanda, o pequeno álbum teve uma limitadíssima tiragem de apenas 500 cópias em formato vinil. O lançamento de álbuns exclusivos é uma das tradições do festival holandês que já viu bandas como Voivod e Godflesh disponibilizarem versões de tiragem pequena apenas durante os dias de apresentação.

A brutalidade sonora típica do quarteto está presente em todas as faixas, mas este EP tem uma característica que o difere dos demais lançamentos da banda: é composto quase que em sua totalidade por faixas lentas (se é que isso é possivel). Ao todo são seis faixas extremamente pesadas e arrastadas como que se o Napalm Death tivesse seu dia de GodFlesh, os conterrâneos que trilham com maestria o caminho do Industrial Metal.

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Our Pain Is Their Power, faixa que dá título ao álbum e Weltschmerz (Extended Apocalyptic Power) vão ainda mais longe em suas referências e redescobrem o Painkiller escondido dentro do grupo inglês. Painkiller foi uma banda norte-americana formada pelo saxofonista John Zorn e pelo ex-baterista do próprio Napalm Death, Mick Harris, que misturava grindcore, jazz e altas doses de loucuras em um som absolutamente único.

Our Pain Is Their Power é um álbum surpreendente e único na carreira do Napalm Death. Mostra um lado pouco explorado pela banda, apesar das músicas não serem exatamente inéditas e em algum momento da carreira já terem aparecido em meio à discografia do grupo. Ainda muito longe de abandonar a brutalidade que fez da banda uma referência mundial, Our Pain Is Their Poweré um álbum absolutamente necessário.

Napalm Death
Álbum: Our Pain Is Their Power

Lado A:
01. Persona Non Grata
02. Smear Campaign
03. Atheist Runt

Lado B:
01. Morale
02. Our Pain Is Their Power
03. Weltschmerz (Extended Apocalyptic Power)

Ouça a faixa Persona Non Grata

Ouça as faixas Smear Campaign & Atheist Runt