Thursday, November 21, 2024

Review: Relentless Disease, Krow

Posted by Redação Mondo Metal On May - 29 - 2014 Comments Off

 

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Hell "Fucking" Yeah"!

Hell “Fucking” Yeah”!

 

Nem mesmo o mais otimista dos integrantes do quarteto mineiro Krow poderia imaginar o resultado final da longa turnê que a banda fez pela Europa em 2013. Nos sete meses que a banda passou rodando o continente (isso mesmo, sete meses!) o que veio na bagagem do grupo foi muito além das lembranças e presentes de free shopping: ao longo da turnê o Krow chamou tanto a atenção que foi convidado pelo produtor Ronnie Bjornstrom a gravar duas músicas em seu estúdio em Umea, na Suécia. Da experiência surgiu o EP Relentless Disease, que tem, além da faixa-título, a música Whoreborn.

 

Relentless Disease apresenta um Krow em seu melhor momento (e nem poderia ser diferente, afinal, a banda fez uma das maiores turnês europeias da história do heavy metal nacional). Depois do grande Traces of the Trade, de 2012, nada poderia vir em tão boa hora como este EP.

 

 

 

Whoreborn abre o pequeno álbum de forma arrasadora. Música muito bem construída e extremamente pesada. A banda soube medir bem a brutalidade e velocidade com alguns momentos um pouco mais cadenciados. Os vocais de Guilherme Miranda, como sempre, estão devastadores. Relentless Disease vem na sequência de forma avassaladora e brutal. Que música! Que riffs! Que solos! Não ouvia uma música que me empolgasse tanto assim desde o espetacular Beneath the Remains, do Sepultura. É preciso destacar também a bateria muito técnica e segura de Jhoka Ribeiro. Bumbos duplos, blast-beats, batidas alternadas, viradas, tudo em uma única música!

 

O Krow caminha a passos largos para se tornar um dos maiores nomes da música pesada nacional. Os europeus já sabem disso e Relentless Disease é a prova de que a banda está no caminho certo.

 

Krow
Álbum: Relentless Disease (EP)
01. Whoreborn
02. Relentless Disease

 

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Assista ao teaser da gravação do EP Relentless Disease

Review: Noturnall, Noturnall

Posted by Redação Mondo Metal On May - 28 - 2014 Comments Off

 

assina_chris

 

Hell "Fucking" Yeah"!

Hell “Fucking” Yeah”!

 

Não é todo dia que vemos surgir um “supergrupo” do porte do Noturnall. Formado pelos integrantes do Shaman, Thiago Bianchi (vocal), Fernando Quesada (baixo), Léo Mancini (guitarra), Junior Carelli (teclado) além do baterista Aquiles Priester (Hangar, ex-Angra), o quinteto de apenas um ano de idade já chega marcando território na música pesada nacional.

 

A banda fez seu primeiro show há menos de dois meses e vem desde então ganhando contínuos elogios da imprensa especializada. O pouco tempo de carreira do Noturnall já foi suficiente para colocar a banda no mesmo palco de nomes de peso como Sepultura e Russel Allen, vocalista da banda norte-americana de Prog Metal Symphony X e um dos produtores do primeiro álbum do quinteto.

 

A banda, alías, tem sido muito rápida em suas ações. Primeira apresentação em março passado, álbum de estreia nas prateleiras e primeiro DVD já gravado! Afinal, nada que não se possa esperar de um “supergrupo”.

 

 

 

Noturnal, o álbum, é um verdadeiro arrasa-quarteirão! A banda acertou no peso e produziu um dos grandes álbuns do ano. Não há dúvida de que o debut do grupo estará nas listas de melhores do ano. A produção certeira de Russel Allen e o talendo individual de cada músico fizeram a diferença neste disco a começar pelo (sempre) brilhante trabalho de Aquiles Priester, um verdadeiro monstro das baquetas no Brasil.

 

Geralmente quando se junta músicos de grande talento (como é o caso do Noturnall), os álbuns tendem a permanecer naquela linha tênue entre o extraordinário e o cansativo. Neste caso ficamos com o extraordinário, já que a banda soube dar o tom certo entre o peso e a virtuose, mérito provavelmente de Russel Allen, que trouxe um olhar de fora para a banda, uma vez que o restante da produção e co-produção do álbum ficou à cargo do próprio grupo.

 

Thiago Bianchi está em um grande momento da carreira. Com sua voz potente e segura, leva muito bem todas as 10 faixas do álbum e vai com tranquilidade do peso de Noturnal Human Side – uma das mais pesadas do álbum, que, ao mesmo tempo, exige tons mais baixos alternados com grandes subidas vocais – à leveza de Last Wish que começa com o belíssimo piano de Junior Carelli. O já citado Aquiles Priest é um show à parte. A maestria de suas batidas conduzem o restante da banda ao longo dos quase 50 minutos de música.

 

Não deixe de ouvir
Com um álbum inteiro em alto nível destacar uma ou outra faixa é tarefa ingrata, mas ouça com atenção No Turn At All, pesadíssima faixa que abre o álbum e mostra um Aquiles Priest sobre-humano, “moendo” a bateria. Ouça também Zombies, outra faixa que a banda abusou do peso. Quando você menos perceber já estará  batendo cabeça. E para finalizar as recomendações a inevitável e necessária Last Wish onde a banda pisa no freio e apresenta uma bela faixa mostrando que o alcance do Noturnall é realmente grande.

 

 

 

Noturnall é um álbum brilhante que chega para ser um dos melhores do ano! Se você é daqueles que torcem o nariz para o Prog Metal, você precisa de duas coisas: 1. mudar seus conceitos sobre o estilo e se permitir conhecer um pouco mais do que ele pode oferecer; 2. ouvir Noturnall! Deixe o preconceito de lado e ouça um dos melhores álbuns produzidos no Brasil nos últimos anos. Um trabalho verdadeiramente honesto, pesado e feito por músicos brilhantes.

 

Assista ao clipe da faixa No Turn At All

 

Noturnall
Álbum: Noturnall

1. No Turn At All
2. Nocturnal Human Side
3. Zombies
4. Master of Deception
5. St. Trigger
6. Sugar Pill
7. Last Wish
8. Hate
9. Fake Healer
10. The Blame Game

Unearthly: revelada a capa do novo álbum

Posted by Redação Mondo Metal On May - 27 - 2014 Comments Off

 

redação mondo metal

 

Os cariocas do Unearthly revelaram nesta segunda-feira (26) a capa do novo álbum, The Unearthly. A arte é assinada pelo vocalista da banda F. Eregion, à partir da concepção do baixista M. Mictian.

 

O sucessor de Flagellun Dei – o sexto full-lenght de estúdio do trio – está sendo gravado no AM Studio, no Rio de Janeiro. A produção é de Fernando Campos.

 

unearthly02

 

Recentemente a banda anunciou a fabricação de sua própria marca de cerveja, a Baptized in Blood.

 

Leia também:
Unearthly lança marca própria de cerveja

Membros do Behemoth são presos na Rússia por problemas com os vistos

Posted by Redação Mondo Metal On May - 22 - 2014 Comments Off

 

redação mondo metal

 

Todos os integrantes da banda polonesa Behemoth foram presos na Rússia na última quarta-feira (21), acusados de não terem um visto necessário para ingressar no país. O vocalista Nergal usou a página de Facebook da banda para explicar o que aconteceu: “recebemos os vistos do consulado russo em Varsóvia. Quando perguntamos como preencher a papelada fomos informados que seria necessário ter um visto específico de trabalho. Fizemos tudo conforme fomos informados e agora nos dizem que é necessário ter um outro visto, “humanitário”, e não o de trabalho.” O visto ao qual se referiu o consulado é uma exigência do governo russo para todo cidadão que entra no país com propósitos culturais.

 

Por não ter o visto exigido a banda e seu staff passou a noite na cadeia e foi obrigada a deixar o país, não antes sem arcar com uma fiança de 2000 Rublos, aproximadamente US$ 60 ou R$ 130.

 

 

Confira a reportagem de uma emissora local sobre a prisão

Vídeo da semana: Gambling with the Death, Devildust

Posted by Redação Mondo Metal On May - 22 - 2014 Comments Off

 

 

redação mondo metal

 

 

A banda mineira Devildust lançou recentemente o single Gambling with the Death, primeiro trabalho do quinteto após o grande Route 69, álbum de 2011. A música nova marca o retorno do grupo aos estúdios, agora com a participação definitiva do guitarrista Leandro Martins que já havia feito sua estreia nos palcos.

 

Gambling with the Death veio em um pacote completo com single, lançado em março com exclusividade durante o programa Mondo Metal, pela Elo FM, e o vídeo-clipe, lançado no último dia 13. Gravado no forno Hoffmann, em Timóteo, interior de Minas Gerais, o filme foi editado e pós-produzido por Rafael Pacheco e dirigido pela própria banda.

 

 

Gambling with the Death é o vídeo da semana do Mondo Metal, confira!

 

Review: Destroy! Destroy! Destroy!, Chakal

Posted by Redação Mondo Metal On May - 21 - 2014 Comments Off

 

assina_chris

 

Hell "Fucking" Yeah"!

Hell “Fucking” Yeah”!

 

 

Escrever sobre o Chakal nunca foi uma tarefa fácil, afinal mais que um “simples” grupo de Heavy Metal vindo das Gerais, estamos falando de uma lenda vida, uma das maiores bandas da história da música pesada brasileira. Os – outrora – ídolos, “inatingíveis”, hoje são amigos (e ainda ídolos, claro), por isso o texto que você confere logo abaixo foi lido e relido à exaustão para que o Mondo Metal faça justiça a tudo que a banda representa no cenário nacional.

 

Podemos dizer que Destroy! Destroy! Destroy! é um álbum que se confunde um pouco com a história recente do Mondo Metal. E por quê? Porque acompanhamos todos os passos de sua produção desde o começo, desde as primeiras audições para a escolha do novo baixista, Cassio Corsino, que entraria em substituição a Giuliano Toniolo. Isso tudo faz parte de um documentário sobre a banda ainda em fase de produção.

 

Nove anos se passaram desde o lançamento Demon King, o que fez de Destroy! Destroy! Destroy! um álbum muito maduro, composto com calma e sem pressões de fãs, banda ou gravadora. Não por acaso o quinteto optou por encerar um longo contrato com a gravadora Cogumelo e, em nome da liberdade de produção e criação, lançou o álbum por conta própria.

 

 

Da esquerda para a direita: Cassio (baixo), Mark (guitarra), Korg (voz), Wiz (bateria) e Andrevil (guitarra)

 

 

Após ser aprovado em uma “peneira” promovida pela banda, Cassio Corsino, o novo dono das quatro cordas do Chakal, se mostrou bastante seguro e está muito à vontade em seu primeiro trabalho com o grupo. Para quem acompanhou de perto as gravações, o clima sempre foi o melhor possível e o ex-Ragnarok, cumpre bem o papel de dar peso ao som da banda e compor a “cozinha” ao lado da bateria de Wiz.

 

A produção cuidadosa feita no Engenho Estúdio por André Cabelo, responsável por diversos trabalhos de bandas mineiras, deixou o sexto álbum da “matilha” tecnicamente perfeito. Este é certamente é o álbum mais bem produzido da carreira da banda.

 

Musicalmente falando, Destroy! Destroy! Destroy! preenche bem as expectativas dos fãs após o hiato de 9 anos fora dos estúdios, tempo em que – é sempre bom explicar – a banda permaneceu normalmente na ativa e faz jus a sua história e importância no cenário nacional. O álbum é pesado, rápido e mostra um Chakal apostando muito na variação de estilos, embora, claro, tenha essencialmente uma pegada Thrash. Também temos de volta aquele feeling oitentista do grande Abominable Anno Domini.

 

Destroy! Destroy! Destroy! apresenta 10 novas faixas e abre em alto nível com Exorcise Me. Na sequência – e é praticamente impossível não citar – vem a espetacular Killing Van Helsing, uma das melhores músicas da carreira do grupo. Belo trabalho de guitarras de Mark e Andrevil com muitas palhetadas, riffs matadores, grandes solos, além de um Korg em excelente forma berrando feito um louco. É daquelas que merece ser elevada ao status de clássico da banda. Anubis, the Lord of Necropolis (faixa apresentada aos fãs antes do lançamento oficial do álbum no Programa Mondo Metal, da Elo FM) é outra que vale uma audição mais cuidadosa, principalmente por uma passagem absurdamente desacelerada com as guitarras atingindo os timbres do sensacional Cathedral, de Lee Dorian, e imprimindo uma bela referência aos mestres maiores do Doom Metal. Fechando o álbum, Possessed Landscape (The Island Of The Dead), outra em que o Mondo Metal teve participação próxima por também fazer o pré-lançamento em seu programa semanal de rádio e ter acompanhado as gravações do vídeo clipe (que você vê logo abaixo). Melhor faixa do álbum, Possessed Landscape (The Island Of The Dead) é um hino! Fecha o novo trabalho com chave de ouro!

 

 

chakal02

 

 

E para os fãs do bom e velho “bolachão”, uma boa notícia: Destroy! Destroy! Destroy! estará disponível no velho formato já no segundo semestre deste ano em edição limitada e numerada. Fique de olho!

 

No geral, espere por um álbum muito bem produzido e tocado, com muita pegada e com o mesmo vigor dos anos 80, responsável por transformar o Chakal em uma das maiores bandas do país. Destroy! Destroy! Destroy! recoloca os lobos no topo da cadeia, apenas observando, famintos, suas presas…

 

Chakal
Destroy! Destroy! Destroy!
Gravadora: independente

01. Exorcise Me
02. Killing Van Helsing
03. Headshooting For Dummies
04. Destroy! Destroy! Destroy!
05. Nyctophilia
06. God Of Gore
07. Anubis, The Lord Of Necropolis
08. Equinox
09. Disturbia
10. Possessed Landscape (The Island Of The Dead)

 

Assista ao clipe de Possessed Landscape (The Island Of The Dead)

 

Vladmir Korg: entrevista exclusiva ao Mondo Metal

Metallica surpreende e toca versão desplugada de Beatles

Posted by Redação Mondo Metal On May - 16 - 2014 Comments Off

 

redação mondo metal

 

Certas bandas, quando atingem um determinado patamar da carreira, já tendo conquistado tudo que era possível, podem se dar ao luxo de ousar sem se preocupar com o que os outros vão pensar. O Metallica é dessas bandas que não precisam provar mais nada a ninguém e podem fazer o que quiser. De Misfits a Lou Reed, o “cardápio” é imenso.

 

Na última segunda-feira (12), em Los Angeles, o quarteto marcou presença em um show beneficente que teve Ozzy Osbourne como homenageado principal da noite apresentando um set acústico de quatro músicas. Quanto todos esperavam por versões desplugadas de clássicos da banda, James Hetfield e companhia brindaram o público com versões de Rare Earth (I Just Want to Celebrate), Deep Purple (When a Blind Man Cries), Ozzy Osbourne (Diary of a Madman) e a (surpreendente) cover de In My Life, dos Beatles.

 

 

Confira abaixo todas as faixas:

Beatles: In My Life

 

Deep Purple: When a Blind Man Cries

 

Ozzy Osbourne: Diary of a Madman

 

Rare Earth: I Just Want to Celebrate

 

E você, o que achou das versões da banda?

 

Programa “E aí cara?” entrevista Alex Camargo, do Krisiun

Posted by Redação Mondo Metal On May - 15 - 2014 Comments Off

 

redação mondo metal

 

Mesmo sem querer (e sem saber) ele foi responsável pelo nome do programa de entrevistas mineiro. Há 10 anos, durante um show do Krisiun, o vocalista e baixista Alex Camargo soltou um “E aí cara?” que acabou batizando o programa. No último dia 27, após o show da banda em Belo Horizonte, ele bateu um papo com o apresentador Igor Arruda. Esse bate-papo e um trecho do show contendo o clássico Black Force Domain e um cover do Motörhead, No Class, você confere logo abaixo.

 

O programa E aí cara? tem o apoio do Mondo Metal.

 

Shadowside em BH: entrevista exclusiva com Dani Nolden

Posted by Redação Mondo Metal On May - 14 - 2014 Comments Off

 

 

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Os dois últimos anos foram intensos na carreira do Shadowside: a banda fez uma extensa turnê europeia e rodou o Brasil divulgando o elogiado álbum Inner Moster Out, que catapultou o quarteto santista ao primeiro time do heavy metal nacional. Liderado pela carismática vocalista Dani Nolden, o grupo chegou a ser indicado ao Independent Music Awards, importante premiação norte-americana que contou com nomes como Keith Richards e Ozzy Osbourne no seu corpo de jurados e teve seu álbum incluído nos charts das rádios norte-americanas, além de estreiar no Top 30 dos álbuns de heavy metal mais vendidos no Japão.

 

Neste sábado (18) o grupo se apresenta pela segunda vez em Belo Horizonte, agora ao lado dos veteranos do Angra, que celebram os 20 anos do clássico álbum Angels Cry. O show, que tem o apoio do Mondo Metal, será no Music Hall. Para saber uma pouco mais sobre a apresentação e o (bom) momento que atravessa o Shadowside o Mondo Metal conversou com a vocalista Dani Nolden. Confira abaixo o bate-papo.

 

Mondo Metal: Antes de mais nada é um prazer poder entrevistar o Shadowside aqui no Mondo Metal. É a segunda vez que a banda toca em BH e nós somos mais uma vez apoiadores do show da banda.
Dani Nolden: Muito obrigada pelo espaço antes de qualquer coisa!

 

Mondo Metal: Vocês estão retornando à BH depois de dois anos, mas agora em uma nova fase, com muito mais estrada e reconhecimento nacional e internacional. O que mudo no Shadowside desde 2012, quando vocês tocaram no Stone Metal Fest?
Dani Nolden: Estamos mais maduros, mais seguros. Nosso som não mudou, a formação também não, mas estamos mais confiantes, pois, desde então, foram quase 50 shows (talvez mais), dentro do Brasil e em mais 17 países pela Europa. Quanto mais uma banda toca junta, mais ela se entrosa… e nós sempre analisamos cada show que fazemos para que o próximo seja melhor. Ficamos sempre caçando erros e defeitos, somos chatos com o nosso próprio trabalho e sempre conseguimos observar como cada apresentação tem algo melhor ou mais interessante que a anterior. É como fazer um mesmo desenho inúmeras vezes… você tem inúmeras oportunidades de corrigir as coisas das quais você não gosta e foi o que nós fizemos desde 2012. Aquela apresentação em Belo Horizonte foi uma das primeiras da turnê. É claro que já estava sólida o suficiente, pois havíamos ensaiado bastante, fizemos apresentações importantes no começo da tour, porém nada se compara com a experiência de palco. Agora a banda está simplesmente explosiva!

 

 

 

Mondo Metal: Belo Horizonte ficou conhecida nos anos 80 e 90 como a capital nacional do Heavy Metal por conta de nomes como Sepultura, Overdose, Sarcófago, Chakal, entre tantas outras que fizeram o nome do Brasil no exterior. Tocar aqui tem um gosto diferente?
Dani Nolden: Sem dúvida, é uma cidade que representa boa parte da história viva do Heavy Metal no Brasil. O público de Belo Horizonte sempre nos apoiou e sempre demonstrou um carinho enorme pela Shadowside, e o fato de a cidade ser o berço de tantas bandas importantes do nosso cenário faz com que esse reconhecimento do público da região seja uma honra para nós. É claro que sempre ficamos emocionados com o carinho do público em qualquer lugar do Brasil e do mundo, porém é claro que tem um sabor especial quando esse público viu o nascimento de algumas das maiores bandas do nosso país. A galera daí sabe o que é Heavy Metal de qualidade e se gostam do nosso trabalho, fico extremamente grata por isso.

 

Mondo Metal: Vocês têm uma discografia pequena (são três álbuns lançados) mas já alcançaram o status de banda grande e uma das maiores do Brasil. Como vocês tratam internamente este crescimento rápido e que tipo de responsabilidade isso trás para vocês?
Dani Nolden: Internamente, praticamente ignoramos esse status (risos). Somos bem “pés­no­chão” e temos consciência de que esse status todo não significará coisa alguma se, no mínimo, não mantivermos a qualidade do que apresentamos até agora. Nós passamos a nos cobrar muito mais. Há alguns anos atrás, não tínhamos obrigação de apresentar um bom show… nos sentíamos nessa obrigação porque levamos a sério o que fazemos e não nos sentiríamos bem fazendo algo de qualquer jeito, mas o público não esperava algo de nós. Hoje já existe uma expectativa em torno do que vamos lançar, do que vamos apresentar ao vivo, então se já nos dedicávamos antes, quando ninguém esperava muito de nós, imagine como não entramos no palco agora. Enquanto a maioria das pessoas relaxa e curte o sucesso, nós preferimos exigir ainda mais de nós para termos certeza de que merecemos estar onde o público nos colocou.

 

Mondo Metal: Já se passaram três anos desde o lançamento de Inner Monster Out e vocês provavelmente já começaram a pensar no próximo álbum. O que é possível nos adiantar sobre isso?
Dani Nolden: Temos algum material novo, sim! Ainda são ideias cruas, que não foram trabalhadas com toda a banda, porém com certeza o novo álbum virá pesado e intenso, com muitas melodias marcantes. Vamos manter tudo o que nós e os fãs gostaram do “Inner Monster Out”… e buscar um passo acima dele. O “Inner Monster Out” foi nosso melhor lançamento até agora… queremos poder dizer o mesmo do próximo!

 

 

 

Mondo Metal: Estes dois últimos anos foram certamente os mais intensos da carreira da banda. Como vocês conseguem tempo para compor músicas novas?
Dani Nolden: Nem sempre conseguimos! Por isso, quando chega perto do momento de gravar novo material, nós paramos tudo… agora, estamos jogando ideias nos e­mails uns dos outros durante os intervalos de shows, porém quando realmente sentarmos para compor o álbum como uma banda, um grupo, não faremos mais shows… encerraremos a turnê e pensaremos apenas no álbum. É fundamental que a banda fique focada nisso, sem outras preocupações para que nada atrapalhe o processo criativo.

 

Mondo Metal: Dessa vez vocês vão dividir o palco com o Angra, que é um monstro do metal nacional com uma história gigantesca. O que significa para o Shadowside tocar com uma banda deste porte?
Dani Nolden: Nós tivermos a oportunidade de dividir o palco com diversas bandas importantes, tanto do Brasil quanto do exterior… Sepultura, Nightwish, Iron Maiden, Helloween, Gamma Ray, Queensrÿche… Para nós, como banda, temos prazer em tocar com outros artistas, sejam eles grandes ou pequenos, pois gostamos de assistir aos shows de outras bandas sempre que estamos no local do show, achamos importante a interação entre bandas… e tocar com bandas excelentes como todas essas sempre nos ensina algo. Porém, posso falar por mim, que tocar com o Angra é especial porque eles foram a primeira banda brasileira que eu vi ao vivo, o primeiro show de Metal que assisti e a primeira vez que vi que fazer Heavy Metal no Brasil era uma possibilidade real. O Angra não foi uma influência para nós musicalmente, porque fazemos um som mais cru e pesado, mas foi, sem sombra de dúvida, um dos grandes responsáveis pela existência da Shadowside e um exemplo de banda brasileira de alto nível. Dividir o palco com eles pela primeira vez será uma experiência muito legal!

 

Mondo Metal: O que o público mineiro pode esperar do show do próximo dia 18? Vocês planejam alguma surpresa, alguma música nova no set­list?
Dani Nolden: Não há grandes surpresas, porém o público pode esperar uma banda madura, se entregando completamente no palco, dando o sangue, suor e fazendo um show cheio de energia! Quem gostou da nossa apresentação em 2012, com certeza, vai se surpreender com como está o show agora. Podem ir prontos para bater cabeça! (risos)

 

 

 

Mondo Metal: Dani, Obrigado pela entrevista, seja muito bem vinda à Belo Horizonte e um ótimo show para vocês. O espaço agora é do Shadowside, pode deixar uma mensagem, convidar os fãs, o que quiser.
Dani Nolden: Obrigada pela força, pelo apoio, a galera de Belo Horizonte é muito especial para nós, pois desde o início da nossa carreira vocês nos empurraram pra frente! Nosso primeiro show por aí demorou 10 anos para acontecer, porém o barulho de vocês fez com que a nossa segunda passagem pela cidade viesse agora. Esperamos ver todos vocês no show, após a nossa apresentação conversaremos com os fãs e estamos ansiosos para reencontrá­los. Até lá!

 

Dani Nolden convida os fãs para o show com o Angra

 

 

Serviço
Angra e Shadowside em Belo Horizonte
Local: Music Hall (Av. Contorno, 3239, Santa Efigênia)
Ingressos (1º lote):
Pista: R$50 (meia) | R$70 (inteira promocional) | R$100 (inteira)
Camarote: R$70 (meia) | R$98 (inteira promocional) | R$140 (inteira)
Meia Entrada: válida para menores de 21 anos, estudantes e professores.
Ponto de Venda sem Taxa de Conveniência: Ingresso Rápido
5º Avenida, Rua Alagoas, 1314 – Lj 27c – Funcionários – BH/MG
Vendas on line: http://www.ingressorapido.com.br/Evento.aspx?ID=32220
Classificação: 16 Anos

Revelada a capa do novo álbum do NervoChaos

Posted by Redação Mondo Metal On May - 13 - 2014 Comments Off

 

redação mondo metal

 

A banda paulista NervoChaos revelou nesta segunda-feira (12) a capa do seu próximo álbum, The Art of Vengeance. A arte é assinada por Marco Donida, guitarrista da banda carioca Matanza, que apostou em traços mais próximos a uma HQ, em uma linha bastante diferente das capas anteriores.

 

Leia também:
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The Art Of Vengeance será lançado novamente pela Cogumelo Records (To the Death, de 2012, também saiu pela gravadora mineira). No resto do mundo o álbum sai pela Greyhaze Records. A produção é de Alex Azzali (Imago Mortis, Mortuary Drape), responsável também pelo álbum anterior do quarteto. O track-list do novo álbum ainda não foi divulgado.

 

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