Em 2012 eles venceram o Prêmio Mondo Metal na categoria banda revelação com o ótimo álbum de estreia Guerreiro Banger, EP que os credenciou a uma série de shows no ano passado e consolidou o grupo no cenário mineiro. Apostando na boa aceitação do primeiro trabalho, o Bonecrusher prepara o lançamento no próximo mês de seu segundo EP, Metal do Inferno (que a julgar pela faixa-título que ouvimos mostra uma clara evolução da banda). Para saber um pouco mais sobre o novo álbum o Mondo Metal foi conversar com o baterista Guilherme Cosse que falou também sobre as mudanças na formação da banda e o futuro full-lenght que o grupo pretende lançar. Confira!
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Mondo Metal: Antes de mais nada é preciso dizer que é um prazer para nós poder entrevistar o Bonecrusher que é uma banda extremamente original e fiel as raízes do metal. Vocês acabaram de gravar Metal do Inferno, o sucessor do ótimo Guerreiro Banger. Antes da gente falar desse novo trabalho, uma dúvida: vocês dizem que é uma demo e não um álbum, apesar de todas as características de um álbum completo. Por que isso?
Bonecrusher: Esse novo trabalho é composto por uma introdução, quatro músicas novas e mais duas faixas bônus que totalizam quase 22 minutos. Podemos dizer que se trata de um EP, como, por exemplo, o In The Sign of Evil, do Sodom (19 minutos); Sentence of Death, do Destrucion (19 minutos) e o Emperor’s Return, do Celtic Frost (22 minutos).
Mondo Metal: Neste novo trabalho vocês têm uma música em inglês. É uma mudança de direcionamento da banda já que o primeiro álbum é inteiro em português?
Bonecrusher: Na verdade a música gravada em Inglês, a Melody of Death, foi composta em 2007 e se trata de uma de nossas músicas mais antigas. Nossas primeiras composições tinham suas letras originalmente escritas em inglês e consequentemente mantivemos a letra original da música em questão. No Bonecrusher temos grande preferência pelas letras escritas em nossa língua pátria. Particularmente, acho que as letras em português são claras e diretas como um soco na cara, pois a compreensão das mesmas é instantânea. Porém, isso não quer dizer que uma ou outra música não possa vir a ser escrita em inglês. Não se trata de uma “lei” e sim de uma preferência por letras em português.
Mondo Metal: O que mudou na banda desde o lançamento de Guerreiro Banger?
Bonecrusher: A maior mudança ocorrida do “Guerreiro Banger” para o “Metal do Inferno” foi a troca de vocalista. O Welbert saiu por questões particulares e em seu lugar entrou o Roni Sátiro. Entendo que uma alteração de baixista, guitarrista ou baterista trás uma mudança para a banda, porém a troca de um vocalista pode mudar e muito na estrutura de uma banda. Com essa formação fizemos vários shows e posso dizer que o vocal do Roni se encaixou muito bem no Bonecrusher.
Mondo Metal: A gente gostaria que você falasse um pouco sobre as gravações do Metal do Inferno. O que a bagagem dos muitos shows que vocês fizeram nesse meio tempo trouxe de produtivo dentro do estúdio?
Bonecrusher: Sobre as gravações do Metal do Inferno um ponto crucial a ser considerado foi a estrutura que tivemos ao nosso dispor para a gravação deste trabalho. Tivemos mais tempo para gravar e melhor qualidade dos equipamentos e instrumentos utilizados. Saliento também a importância do responsável pela gravação, mixagem e masterização, fazer parte do nosso underground e ser também um guitarrista/vocalista do metal. Isso facilitou e muito a nossa comunicação e principalmente o entendimento da nossa proposta. Sobre a experiência adquirida com os shows, sempre foi e sempre será útil para nós. Isso foi um ponto realmente muito importante para as composições do Metal do Inferno. Nossa intenção em uma gravação é sempre a de tentar unificar a energia e agressividade de um show, com as possibilidades que um estúdio nos oferece.
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Mondo Metal: No álbum anterior vocês contaram com algumas participações especiais como o Tchesko (Pathologic Noise), Nefastus Porphir (In Nomini Belialis) e Arcanum Arma Poten (Dismal Abyss). Para este álbum vocês chamaram alguém?
Bonecrusher: A princípio tínhamos sim a intenção de convidar novos “Guerreiros Banger´s” para contribuírem com seus vocais no Metal do Inferno. Porém, as gravações foram tão intensas que quando percebemos tudo já havia sido gravado por nós mesmos. Os backing vocals foram gravados pelo Luciano (guitarra) e por mim.
Mondo Metal: E depois desse lançamento, vem um full-lenght para vocês – finalmente – chamarem de “álbum”?
Bonecrusher: Sim, a ideia é essa! Temos mais quatro músicas já compostas que não fizeram parte do Guerreiro Banger e nem do Metal do Inferno. Assim que concluirmos outras composições, certamente iremos gravar nosso primeiro full-lenght.
Mondo Metal: Guilherme, a gente quer te agradecer por nos conceder esta entrevista. Foi uma honra! O Mondo Metal deseja uma jornada vitoriosa da banda com o Metal do Inferno. A palavra é sua!
Bonecrusher: Agradeço em nome de todos do Bonecrusher pela oportunidade e pela força que o Mondo Metal sempre nos deu! Metal do Inferno!