The good, the bad and the ugly, o clássico western dos anos 60 que no Brasil ganhou o título de Três Homens em Conflito, deu ao mundo uma das trilhas sonoras mais marcantes da história do cinema pelas mãos do gênio Ennio Morricone. A faixa-título foi usada à exaustão pelos Ramones na introdução de seus shows e ainda hoje é usada pelo Metallica que exibe um trecho do filme no início de suas apresentações.
No Mondo Metal o título sugestivo do filme passa a dar nome a uma nova coluna que pretende desvendar um pouco do gosto musical de nomes importantes da nossa música pesada. O músico convidado nomeia (e explica, sem meias-palavras) três álbuns que marcaram sua vida (The Good), um álbum que ficou a desejar (The Bad) e outro que ele verdadeiramente abomina (The Ugly). Tudo em primeira pessoa! Com isso o leitor do Mondo Metal vai conhecer um pouco mais sobre as pessoas que fazem a música pesada nacional. E para este primeiro The good, the bad and the ugly, convidamos o baixista e vocalista Casito, da clássica banda de Thrash Metal mineira Witchhammer para dar a cara à tapa e dizer quem são os bons, quem é o mal e quem é o feio! Vamos lá!
Nome: Casito
Instrumento: Baixo
Banda: Witchhammer
THE GOOD
Banda: Slayer
Álbum: Reign in Blood (1986)
Esse disco inteiro é bom, de cabo a rabo. Angel of Death pra começar já de cara arrancou nossas cabeças do lugar, na época. Tocamos ela de cover por uns bons anos, quando ainda dava pra fazer o agudo do Araya, isso no início dos cigarros e bebidas. Vamo então. Piece by Piece, Necrophobic, Altar of Sacrifice, Jesus Saves, vai sentindo, Criminally Insane, ahan! Olha só, Reborn, Epidemic e Postmortem e acaba com a Raining Blood??? Brincadeira! Me ajuda.
Banda: Exodus
Álbum: Bonded by Blood (1985)
Muito cedo também na história do Metal, outro dos filhos da Bay Area fez essa sequência nitroglicerina pura! Bonded by Blood seguida de Exodus, And Then There Were None (e as músicas vão passando na cabeça enquanto lemos, é ou não? hehehehe…), A Lesson in Violence, Metal Command (olha o eco na voz…), Piranha, No Love (olha os riffs todos aparecendo… hehe), Deliver Us to Evil… Strike of the Beast! Só sonzêra!
Banda: Messiah
Álbum: Hymn to Abramelin (1986)
Escolhi esse pois foi um álbum decisivo na formação de muita banda mineira por aí, uma delas, confesso, a minha. Mas escuta só que vocês vão ver, ou melhor, “ouvir” muita banda daqui de BH lá, no som dos caras. Mas o Messiah sempre ficou bem escondido, “chupado” em segredo, bem raro e difícil de se obter aqui por algum tempo. Decisivo como influência. Metalzão raiz da gema.
THE BAD
Banda: Celtic Frost
Álbum: Into the Pandemonium (1987)
Desisti do Celtic aí. O Celtic só tem dois discos na minha opinião, o Morbid Tales, 1984, e o To Mega Therion, 1985, depois, bichou. Ainda dá pra ver um sopro de “Antônio Gabriel Guerreiro” (Tom Gabriel Warrior), e de longe, um “peso” mais pra pena que pesado, sofrido demais. Mas, vale o disco pelas sensações de frio e escuridão que proporciona ao decepcionado fã, que esperava a pauleira mais underground dos anteriores. Os demais nem procurei ouvir, tenho que admitir.
THE UGLY
Banda Megadeth
Álbum: Super Collider (2013)
Tantos discos para serem citados aqui, de banda chulezenta e de banda poderosa, de banda gringa e nacional, de bandas de BH que conheço bem, e de bandas que eu amo também. Então vai o fodasso Megadeth, com o super horrível Super Collider (2013), que senão eu acabo falando demais.
Concorda com as escolhas do Casito? Deixe seu comentário! E fique ligado porque o The good, the bad and the ugly vai sempre trazer as opiniões de quem faz a música pesada!