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Seawalker mostra porque vem agradando até a crítica européia

Posted by Redação Mondo Metal On July - 7 - 2011

 

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Em abril deste ano tive a oportunidade de participar da seletiva mineira do Wacken Open Air (o famoso Metal Battle), na condição de jurado. A experiência que me fez conhecer e me surpreender com várias bandas do estado, uma delas o Seawalker, quarteto que já tinha ouvido falar mas não tinha escutado ou mesmo visto ao vivo. A banda acaba de colocar nas prateleiras seu primeiro álbum, Earthcode, feito na raça, sem apoio ou patrocínio de ninguém e com distribuição feita pela própria banda. A produção do álbum é da sempre competente dupla Alan Walace e André Marcio, mas a co-produção ficou a cargo do próprio baixista da banda, Filipe Duarte, que assina também as guitarras acústicas do álbum. Earthcode já chama atenção pelo bonito trabalho de capa e encarte, mas o álbum é bem mais que isso!

 

Earthcode abre com a faixa Conspiracy, heavy metal na melhor acepção da palavra. Faixa relativamente lenta, calma, Conspiracy prepara o ouvinte para a “pedreira” seguinte Helladise, nitidamente mais rápida que a anterior, empolgante, com um riff daqueles de querer bater cabeça sem parar. Earthcode tem algumas particularidades que chamam a atenção do ouvinte: o uso de instrumentos pouco usuais no heavy metal (e bem tocados) como é o caso da sítara que abre a faixa My Mirror, que vem na sequência, uma faixa mais cadenciada, um meio termo entra as anteriores. Realmente as sítaras desta faixa chamam muito a atenção. Impressionante como a mistura dos intrumentos é competente e deu certo!

 

O álbum segue com a bonita Time Traveller, essa sim uma faixa lenta, quase acústica e muito bem produzida. A faixa mostram todo o potencial musical da banda. São cinco minutos de uma faixa que não cansa, daquela pra ouvir e pensar na vida. Stumble vêm em seguida e aparentemente segue o mesmo ritmo da anterior, mas a impressão vai embora depois do primeiro minuto. Trata-se de mais uma música em meio ritmo, mais ou menos na mesma toada de My Mirror. After All, faixa seguinte, é uma música bem trabalhada, também lenta na linha do que vem sendo feito no álbum e poderia ser uma continuação de Time Traveller, não que as músicas se pareçam, mas tem a mesma “aura” da outra música, segue no mesmo clima e, mais uma vez, é muito bem executada. Path to The Future começa sinfônica, dá a impressão de que está por vir um black metal ou algo assim, mas que se seque é uma faixa mais rápida que a média, mas não espere algo mais voltado para o thrash metal ou coisa assim. O que se apresenta é uma faixa forte, de personalidade, principalmente à partir do 3° minuto, quando fica realmente intensa.

 

O álbum fecha com a competente instrumental Earthcode (Path of Ghaia), com apenas uma guitarra acústica, mas repleta de efeitos, tocada e arranjada por Filipe Duarte.

 

É admirável o empenho e a “correria” que o Seawalker apronta. É realmente muito bom ver que o cenário mineiro ainda tem bandas que acreditam em seu potencial e correm atrás. Este ano o Seawalker participou do Metal Battle e do Camping Rock (dois importantes eventos) e segue em sua árdua batalha por espaço. O disco vem recebendo boas críticas e recomendações mundo afora, principalmente na Europa, onde foi resenhado e bem criticado por sites espanhóis e franceses. Earthcode vale cada minuto de sua audição e merece respeito.

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