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Review: The Ocean, Pelagial

Posted by Redação Mondo Metal On July - 21 - 2013

 

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Hell "Fucking" Yeah"!

Hell “Fucking” Yeah”!

 

Antes de começarem a ouvir Pelagial dos alemães do The Ocean, esqueça tudo que você já ouviu falar de álbuns de conceito. Em teoria, não existem fórmulas complicadas aqui. O conceito é bem simples, e sua evolução extremamente natural. O resultado sim, é assustador: simplesmente o mais completo álbum de metal progressivo já criado. Sem um mínimo teor de comparação!

 

Conceito:
Pelagial (Zonas Pelágicas) é no nome do álbum e também das 5 camadas de profundidade do oceano. As camadas pelágicas são as faixas do álbum e a demonstração musical de uma viagem do topo ao mais profundo abismo: Epipelágica, Mesopelágica, Batipelágica, Abissopelágica, Hadopelágica

 

Aplicação:
Ouvir Pelagial é como ler um livro – uma história com começo, meio e fim – com suas tramas, esperanças e surpresas.

 

Pelagial foi desenvolvido para ser um álbum instrumental, de uma faixa contínua, onde a viagem do topo ao fundo está claramente expressa em todas as harmonias, riffs e loops. O vocal foi adicionado quase no final do processo, e é vital para produzir veracidade ao tema. Luic em sua vasta capacidade vocal, facilmente exprime os sentimentos ao afundar cada camada, induzindo-nos em um transe contínuo, e imprimindo imagens marcantes durante todo o processo.

 

O álbum começa leve e sereno, com melodias mais acessíveis, mas logo se percebe uma certa mudança. O ambiente “feelgood” de levada neutra é tomado por um ritmo quebrado, e disperso (assim como as ondas), de riffs mastodônicos e viradas arrítmicas.

 

A Orquestra Sinfônica de Berlim faz a ambientação do álbum, que serve tanto para mostrar a alegria de um veranista ao desfrutar do mar ao desconsolo de quem já não consegue mais lutar com as ondas e aceita ser levado à profunda escuridão.

 

A batalha com as ondas e correntes marítimas nos traz um metal com influências matemáticas, Meshuggah-tempo, com momentos de perturbação e outros de esperança. As ondas jogam-nos para o topo, e o mesmo riff do início é acionado mas desta vez o que se prossegue é apenas melancolia… paciência musical, assim, com levadas à Isis, e o jogo está perdido.

 

Depressão, aceitação e redenção. O tom mórbido demonstra um sentimento de culpa e insatisfação, melancólico e musicalmente lento – talvez a passagem mais bela de toda a composição. O adeus à luz, leva-nos à mais absoluta escuridão. Os tons são densos e o tempo é extremamente lento, pesado… Neurótico! Alienado e entregue, o álbum assim acaba, tudo executado com extrema precisão.

 

Ironicamente, o maior problema do álbum é sua maior qualidade: de início ao fim, os temas são completamente distintos! Como um livro, pouco sentido faz ser escutado de qualquer outra forma senão por completo.

 

Enfim, com a perfeição desempenhada é fácil conviver com “tamanho” problema.

 

The Ocean
Álbum: Pelagial
Gravadora: Metal Blade

1. Epipelagic
2. Mesopelagic: Into the Uncanny
3. Bathyalpelagic I: Impasses
4. Bathyalpelagic II: The Wish in Dreams
5. Bathyalpelagic III: Disequilibrated
6. Abyssopelagic I: Boundless Vasts
7. Abyssopelagic II: Signals of Anxiety
8. Hadopelagic I: Omen of the Deep
9. Hadopelagic II: Let Them Believe
10. Demersal: Cognitive Dissonance
11. Benthic: The Origin of Our Wishes

 

Ouça a faixa Bathyalpelagic III: Disequillibrated

 

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