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Review: Supreme Art of Renunciation, Symphony Draconis

Posted by Redação Mondo Metal On March - 5 - 2014

 assina_chris

 

Hell "Fucking" Yeah"!

Hell “Fucking” Yeah”!

 

Não é de hoje que nos acostumamos a dizer que o que vem de fora é melhor. É assim com tudo: tecnologia, produtos, cultura de modo geral, tudo que vem de fora vale mais do que o produto nacional. Com heavy metal nunca foi diferente. Se vem de fora é melhor que o nosso, se a banda sai do Brasil e faz sucesso no exterior aí sim passa a valer mais aqui porque, afinal, foi “validada” pelo público europeu! É preciso colocar um fim nesse complexo de vira-lata que assola o país e olhar melhor para o que está acontecendo aqui dentro.

 

Vejamos o caso do Symphony Draconis, banda de Porto Alegre que lançou em 2013 seu primeiro álbum, Supreme Art of Renunciation. O lançamento que poderia passar batido por ser “apenas” um debut de uma banda nacional é um verdadeiro tapa na cara daqueles que defendem essa corrente sobre o que vem de fora ser melhor. Supreme Art of Renunciation é genial, pesadíssimo e prova de que o metal nacional passa por um momento de ouro.

 

 

Supreme Art of Renunciation é mais que um “mero” debut. Há um cuidado estético que transcende a música. Basta uma rápida olhada no bem produzido material de divulgação da banda ou na belíssima capa do álbum feita pelo designer gaúcho Marcelo Vasco, responsável, entre outras, por capas de bandas como Soulfly, Dimmu Borgir, Vader, Belphegor e Gorgoroth.

 

Transcending the Ways of Slavery abre o álbum de forma devastadora. É séria candidata a se tornar um clássico da banda. Riffs marcantes, bumbo duplo e muito bem cadenciada. Eris Aeon vem em seguida na mesma pegada da anterior com muito peso. Demoniac by a Divine Power põe o pé no acelerador e torna o que era bom ainda melhor. De presente uma bela quebrada no rítmo com direito a dedilhados e uma linha melódica bem interessante. A faixa título Supreme Art of Renunciation vem na sequência e sinceramente me faltam palavras para descrever essa obra prima de 7’20”. Quando percebi já estava batendo cabeça! O grupo soube construir uma faixa que tem ao mesmo tempo velocidade e muito peso em algumas partes mais lentas. Ain Soph Hour começa a 200km por hora com uma curta introdução de bateria que mostra todo o alcance de Helles Vogel, o dono das baquetas que também abusa dos bumbos duplos. The Visions and Mysteries of the Great Ones parece seguir a mesma linha da anterior. Ótima música. Crushing the Concepts, a seguinte, parece ter sido retirada de algum álbum de Black Metal norueguês. Grande faixa! Itzpapalotl, a penúltima, começa devastadora com (mais uma vez) impressionante trabalho do baterista Helles Vogel. Que disposição! A faixa segue com uma bela quebrada de ritmo, tempo suficiente para que o dono das baquetas recupere o fôlego para o sprint final. Seeds of Evil encerra o massacre sonoro mostrando ótima variação de trechos rápidos e cadenciados.

 

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Supreme Art of Renunciation é um álbum maduro, feito por músicos qualificados, criativos e acima de tudo, muito entrosados. A banda ainda vai crescer muito dentro e fora do país e não é preciso bola de cristal para fazer a previsão, basta ouvir o quinteto porto-alegrense.

 

Symphony Draconis
Supreme Art of Renunciation
Eternal Hatred Records, Misanthropic Records e Corvo Records

01. Transcending the Ways of Slavery
02. Eris Aeon
03. Demoniac by a Divine Power
04. Supreme Art of Renunciation
05. Ain Soph Aur
06. The Visions and Mysteries of the Great Ones
07. Crushing the Concepts
08. Itzpapalotl
09. Seeds of Evil

 

Banda:
Stiemm Nechard – Vocais
Aym – Guitarras
Thiernox – Guitarras
Follmer – Baixista
Helles Vogel – Bateria

 

Entre em contato:
www.facebook.com/symphonydraconis
www.reverbnation.com/symphonydraconis

 

Ouça a faixa título, Supreme Art of Renunciation

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