Há 30 anos atrás, um disco de capa azul e preta mostrava ao mundo que no Brasil também existia punk. Foi com Crucificados Pelo Sistema que o Ratos de Porão meteu o pé na porta da cena brasileira e iniciou a carreira. Com 16 faixas espremidas em apenas 18 minutos, o álbum trazia “crássicos” da música de protesto nacional, como Morrer, Caos, F.M.I. e a canção-título.
Agora, a formação que gravou o petardo está de volta para comemorar as três décadas. Se uniram ao vocalista João Gordo e ao guitarrista Jão – que assumirá a bateria, assim como na época – o baixista Jabá e o guitarrista Mingau, que hoje toca baixo no Ultraje A Rigor. Pouquíssimos shows, apenas três até agora, foram agendados, já que o Ratos está prestes a lançar o disco Século Sinistro.
Para a sorte do público de BH, a banda se apresentará por aqui no dia 6 de abril, domingo. Como esta formação só tocava em inferninhos no início dos anos 80, a produtora 53 HC cravou o show para o Studio Bar e já avisou: apenas 300 ingressos serão vendidos. Os valores e a data de início das vendas devem ser divulgados nos próximos dias.
No show que fez domingo, 9 de março, em São Paulo, o Ratos tocou Crucificados Pelo Sistema na íntegra e na sequência, abrindo espaço só no bis para outras músicas da mesma época que saíram em coletâneas, como Novo Vietnã e Anos 80. Portanto, a combinação de espaço pequeno, formação antiga e a execução do disco inteiro tem tudo para tornar o show uma apresentação histórica. Imperdível.
