Já se passaram quase 20 anos desde que Max Cavalera deixou o Sepultura naquele 16 de dezembro de 1996 após o show do Brixton Academy, em Londres. Outros 10 anos desde a saída do segundo e último Cavalera do grupo, seu irmão Iggor. Desde então a imprensa mundial não se cansa de repercutir as razões e os planos futuros de uma reunião ou não entre os atuais integrantes do grupo surgido nas ruas do bairro Santa Teresa e os criadores da banda, os irmãos Cavalera.
Na mais recente entrevista com o Cavalera mais novo, Iggor afirma que a banda deveria ter abacado em 2006, após a sua saída. “É estranho (não ter acabado) e eu me sinto um pouco triste porque eu vejo os caras tocando hoje e muito da energia do que nós tínhamos juntos se perdeu”.
A ideia, porém, é rebatida pelo guitarrista Andreas Kisser que diz que Max e Iggor abandonaram a banda: “A decisão de sair da banda foi deles. Nunca mandamos ninguém embora a não ser a nossa empresária. O Max escolheu sair com ela e fazer sua carreira solo. Ele nunca se importou com o nome Sepultura nestes anos todos, nunca brigou por ele. Ele simplesmente nos deu as costas e disse ‘fodam-se vocês, ficarei melhor sozinho’. E o Iggor depois também não quis saber sobre o nome (da banda). É como alguns pais que têm filho e os abandonam.”
Apesar das quase duas décadas de rompimento com sua banda original, a saída de Max do Sepultura segue sendo um dos assuntos de maior interesse da imprensa mundial, mas parte dessa história estará nos palcos brasileiros em breve quando o Cavalera Conspiracy chega para mais uma turnê brasileira. Fortaleza, São Paulo e Porto Alegre já estão na rota da banda que lança seu terceiro álbum ainda este semestre.