Dor, guerra, morte! Alguns dos temas mais que explorados no universo da música pesada acabam de ganhar novo fôlego no som dos cariocas do Hatefulmurder, banda de pouco mais de três anos que vem ganhando rápido destaque nacional.
Os cariocas acabam de lançar “The Wartrail”, um EP furioso de quatro faixas que mescla ótimo death metal com palhetadas oitentistas fazem lembrar pérolas do thrash metal como Extreme Agressions, do Kreator ou mesmo Eternal Devastation, do Destruction. Aumomaticamente você começa a acompanhar com a cabeça.
O álbum abre com Rise Up The Hordes, uma introdução de pouco mais de 2 minutos que dá a tônica do que está por vir: um discurso apocalíptico de guerra que corta o ar e anuncia o conflito iminente. A trilha sonora do fim dos tempos onde tanques de guerra desfilam raivosos pelas ruas devastadas lado a lado com soldados que marcham e retumbam o solo com suas botas manchadas de sangue. Grande início!
A faixa título chega como um rolo compressor desconstruindo o clima criado na introdução e partindo para um ataque furioso. The Wartrail não dá descanço ao pescoço e mescla curtos trechos cadenciados com muita velocidade. Caught by the Arms of Death é um thrashão poderoso de quase seis minutos. Música muito pesada que mostra todo o poder de fogo da banda. Black Chapter joga a pá de cal que faltava. Música poderosa, técnica, que mostra o excelente entrosamento dos integrantes da banda. De abrir a roda no meio da sala e sair “quebrando tudo”.
Com dois trabalhos anteriores (as demos When The Slaughtering Begins e Extreme Level of Hate) que lapidaram o som a banda, o EP The Wartrail chega como grata surpresa no cenário nacional e mostra que a banda não é apenas mais uma em meio à multidão.
O público mineiro assistiu recentemente a primeira passagem da banda por Belo Horizonte em uma apresentação devastadora no Metal Negro Festival 4, ao lado de bandas como Hammurabi, Divine Death, Serenity in Fire e outras.
O Hatefullmurder é uma das grandes revelações do ano e precisa urgentemente assinar contrato com alguma gravadora grande que leve o trabalho da banda para outras fronteiras. O potencial já está lá. Estão prontos! E aquele que disse que o Rio de Janeiro é o túmulo do Rock precisa urgentemente rever seus conceitos!