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Review: Lemmy: 49% motherfucker. 51% son of a bitch

Posted by Redação Mondo Metal On December - 28 - 2015

 

Hell "Fucking" Yeah"!

Hell “Fucking” Yeah”!

 

assina_chris

 

Review publicado originalmente em 16.10.2011 e republicado em 29.12.2015 em homenagem a uma das maiores lendas mundiais da música pesada, Lemmy Kilmister, morto aos 70 anos, vítima de câncer.

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Documentário sobre Lemmy é peça de cabeceira

 

Antes de começar a escrever sobre o documentário preciso dizer que sou fã incondicional de Lemmy Kilmster e sua obra. Sem Lemmy e Motörhead, a música pesada jamais teria nomes como Metallica, Megadeth, Slayer, Anthrax (coincidentemente o “Big 4″) ou qualquer outra grande banda da atualidade. Mais que uma simples banda ou um mero frontman, Lemmy e Motörhead moldaram a música pesada elevando-a a um novo patamar e a transformando no monstro que conhecemos hoje! Isso posto, vamos ao que interessa, o filme!

 

Lemmy: 49% motherfucker. 51% son of a bitch, recém-lançado no Brasil, já nasce como obra-prima. O filme mostra um lado do músico que poucos conhecem em cenas improváveis onde Lemmy aparece na intimidade da sua casa jogando videogame sem camisa em uma sala caoticamente desarrumada ou ainda preparando gordurosas batatas fritas para o jantar. Mais tarde aparece em uma loja de discos pedindo um box dos Beatles, banda que considera a melhor do mundo. Mais que isso, mostra o bom humor que há por trás da cara feia: “é verdade que já dormiu com 2000 mulheres?” pergunta um incrédulo apresentador de programa de rádio. “Não! Foram só 1000″, respondeu sem titubear. Ah bom! Aí sim…

 

E os fãs veneram Lemmy! Essa é uma máxima incontestável! Alguns depoimentos no filme não deixam dúvida de como o público tem no vocalista do Motörhead um ícone supremo da música pesada. Ozzy? Dio? Talvez nenhum dos dois seja tão unânime quando o baixista: “Ele é um Jesus moderno!” diz um fã de pouco mais de 20 anos que viu pouco mais da metada de obra de Kilmster, “Motörhead é minha vida”, completa outro mais velho. “Depois de um ataque nuclear só vão sobrar as baratas e Lemmy“, afirma ainda um fã mais empolgado. “Lemmy é Deus”, diz, de forma definitiva um verdadeiro seguidor de uma religião onde a figura máxima, acima do bem e do mal, veste preto, usa botas de couro e toca baixo. Isso é Lemmy: 49% motherfucker. 51% son of a bitch e essa é a tônica deste brilhante documentário dirigido por Greg Olliver e Wes Orshoski que acompanharam o músico por três anos em suas andanças pelo mundo.

 

Imperdível assistir ao diálogo com Dave Grohl durante a gravação de uma música conjunta onde falam de Little Richards, Jimmy Hendrix e problemas que tiveram com outras bandas ou ainda as cenas do Rainbow Bar and Grill – uma casa conhecida por receber músicos, groupies e pessoas ligadas à música – onde Lemmy costuma ser encontrado no balcão tomando um clássico Jack´n´coke (típico drink americano feito com Jack Daniel’s e Coca-Cola) e fumando seu cigarro.

 

Quem um dia poderia imaginar ver o depoimento do designer das botas de Lemmy (sim, ele tem um!) falando sobre os modelos que o cantor gosta de usar ou mesmo assistir o próprio dirigindo um tanque da segunda guerra mundial? O baixista está absolutamente à vontade neste espetacular filme que “desnuda” o Lemmy Kilmster que existe por trás do ícone maior da música pesada e líder de uma das maiores e mais respeitadas bandas de todos os tempos.

 

Se os fãs são unânimes ao falar de Lemmy Kilmister, o mesmo acontece com os famosos que não economizam palavras para elogiar o músico, aliás, um verdadeiro desfile de celebridades da música pesada tece comentários sobre Lemmy no filme. “Não importa o que acontecer, o Motörhead será sempre venerado como reis”, diz Dave Navarro, atual Jane’s Addiction e ex-Red Hot Chilli Peppers. Lars Ulrich, do Metallica é enfático: “Não há palavras para o descrever. Ele é o Lemmy! Deveria haver um verbo pra ele!”. Outro ícone da música pesada, o Príncipe das Trevas Ozzy Osbourne, afirma que os fãs devem aceitar Lemmy como é ou não, e completa “Ele vai estar se lixando se não o aceitar”. Mas é o guitarrista Steve Vai quem dá o depoimento definitivo ao dizer que “Nós gostaríamos de ser como Lemmy”. Mas aí ousarei discordar do brilhante guitarrista. Não, não há outro Lemmy! Ninguém mais pode se igualar a Ian Fraiser Kilmister, vulgo Lemmy.

 

O trabalho de Greg Olliver e Wes Orshoski vem colecionando elogios da imprensa especializada desde seu lançamento. “Ouro Puro”, diz a Wired; “você não precisa gostar de metal para amar Lemmy”, aumenta o portal de entretenimento The Hollywood Reporter; “um retrato precioso do Deus do rock”, completa a famosa publicação Bilboard.

 

Lançado no início do ano em vários cinemas norte-americanos, Lemmy: 49% motherfucker. 51% son of a bitch chega agora ao Brasil pelas mãos da Coqueiro Verde Records e concorre no próximo mês ao prêmio de melhor DVD do ano no Classic Rock Awards, em Londres.

 

O filme que agora chega no Brasil em DVD é um documento fundamental para o entendimento da música pesada. Objeto de cabeceira de qualquer fã de heavy metal, a película é essencial para quem gosta (ou não) do Motörhead!

 

Rock´n´Roll é Lemmy e Lemmy é o Rock´n´Roll!

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