Quando o frontman do Destruction Schmier começou seu show no palco Sunset na última noite do Rock in Rio ele certamente não sabia que estava por fazer o show mais importante das duas noites de metal do festival carioca. Com um set mesclado de clássicos oitentistas e faixas mais recentes o trio alemão levou os headbangers ao delírio fazendo abrir várias rodas de mosh em meio ao público.
Carismático e falando algumas (poucas) frases em português, Schmier chegou a pedir um palco exclusivo de heavy metal nas próximas edições do Rock in Rio, o que, cá entre nós não seria nada mal, já que as noites reservadas à música pesada tradicionalmente são as de maior público.
A segunda parte do show foi reservada aos gaúchos do Krisiun que abriram sua apresentação com o clássico absolutamente extraordinário Black Metal, do Venom, com as duas bandas no palco. Assim como o Destruction, o trio brasileiro fez um show no limite da perfeição com o público participando, cantando as músicas (sim!) e abrindo gigantescas rodas de mosh simultâneas que vão ficar na história do Rock in Rio.
Mas o que fez das duas apresentações as mais importantes entre todas das duas noites de metal que o Rock in Rio teve (e que aí nos desculpem Metallica e seu grande show, Slayer e a bela homenagem a Jeff Hanneman, Sepultura e seus dois shows no festival, Iron Maiden e o grande show baseado no álbum Seventh Son of a Seventh Son, entre tantas outras) não foi o grande show que cada uma das bandas fez ou a resposta do público e sim o fato de ambas terem sido responsáveis por fazer o metal extremo ser televisionado ao vivo para todo o país por mais de uma hora numa mostra clara de que a música pesada vem ano após ano, década após decada, ganhando respeito e espaço no Brasil.
Quem diria você, fã da música pesada desde os anos 80, que um dia ligaria a televisão e assistiria uma das vertentes mais pesadas do heavy metal ao vivo? Destruction e Krisiun fizeram história não só no Rock in Rio, mas também no heavy metal brasileiro. Sorte nossa!