Mário Pescada, especial para o Mondo Metal
Sexta-feira de feriadão, muita chuva e frio em Belo Horizonte. Começou assim a 1ª edição do Cogumelo Fest 2012 com as bandas Pathologic Noise (BRA), Into Darkness (ALE), Centurian (HOL) e Misery Index (EUA).
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Com shows marcados para começar às 20h30, um pequeno público se protegia da chuva embaixo da marquise do Music Hall, agora substituto oficial dos shows de metal de médio porte na capital mineira depois do fechamento do Lapa Multishow.
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De cara uma notícia ruim: os mineiros do Pathologic Noise não tocariam aquela noite. O boato era que teria havido algum problema com o baterista da banda. Uma pena, pois é uma excelente banda de death/grind com temáticas splatter e estão com seu segundo CD engatilhado para sair pela própria Cogumelo (o primeiro cd Sodomy And Delight On Flesh de 2003 está fora de catálogo). Fica para outra.
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Com isso passava pouco das 21h quando sobe ao palco o trio alemão Into Darkness para abrir a noite e o festival tocando um death metal tradicional. A banda, que apesar de ter quase 20 anos de estrada, não tem nenhum CD lançado, apenas demos e splits, talvez devido as constantes mudanças de formação. Fizeram um bom show, coeso e foram muito simpáticos com o público.
Um pequeno intervalo para trocar e acertar instrumentos e pouco depois começa um som ambiente para introdução dos holandeses do Centurian. Com um death metal mais técnico, mas sem perder a brutalidade e com levadas que lembram Morbid Angel, Krisiun (o baixista até vestia a camisa da banda), Suffocation e afins. Infelizmente é outra banda que apesar estar na ativa há quase 20 anos também tem poucos registros. O último CD Liber Zar Za (2002) foi muito elogiado pela crítica estrangeira na época do lançamento e com razão. Se você gosta das bandas acima, pode ir atrás do som deles sem medo. Destaques para o técnico guitarrista Rob Oorthuis e sua guitarra personalizada (lembra a do Prince…) e o vocalista Niels Adams que mantiveram a pegada nos quase 50 minutos de show.
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Para terminar a noite, por volta das 23h sobem ao palco os norte americanos do Misery Index. Se as outras bandas têm estrada e não têm CD, aqui inverte a situação: a banda tem pouco mais de 10 anos, mas com vários splits e CDs (todos tem o mesmo estilo de capa, muito legais por sinal). O som é uma máquina de moer ossos: muito pesado, denso e com pegadas ideais para abrir uma roda de mosh. Na formação temos um ex-membro do Dying Fetus, garantia de que você vai ouvir um som técnico e pesado. Fazem uma mistura de death/grind com uns toques de metalcore, mas sem deixar o som “quadrado” e repetitivo, dá para perceber as variações, com umas passagens mais quebradas, ótimas para bater cabeça. Ao vivo o som fica bem mais pesado e coeso do que nos CDs, o que faz você se surpreender mais ainda com o som desses caras. Fizeram um show muito bom e direto, divulgando o bom Heirs To Thievery (2010) e material anterior, deixando o público querendo mais e atordoado com a parede sonora das caixas de som.
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Os poucos que foram (menos de 100 pessoas pelas minhas contas) tiveram uma ótima noite, com boa iluminação, som e bandas de qualidade. A noite ainda contou com a ilustre e discreta presença de Wagner “Antichrist” Lamounier (precisa dizer de que banda?).
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Tudo bem que era feriado, estava chovendo muito, dia 19/4 teremos Brujeria em BH, etc., mas é preciso o público de BH repensar sua postura para shows: não dá mais para ficar pedindo shows na capital mineira e quando eles ocorrem, termos um público desse tamanho! Azar de quem não foi…
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Dia 13/04 acontece a 2ª edição do Festival com as bandas Desalmado (BRA), Impurity (BRA), Acheron (EUA) e os mestres do death metal Obituary (EUA). Não deixem de ir!
Pois é… que não foi se fu@#$ !!!!
Foram 3 grandes shows, sendo que o do Misery Index está entre os melhores shows que já ví aqui em BH. Coisa de louco o que os caras fazem ao vivo.
Quanto ao público, falar o que né…. parece que o pessoal aqui em BH só quer ver mega banda tocando por aqui. Shows de menor porte são simplesmente ignorados.No final eu e mais outros amigos batemos um papo com Adam Jarvis, o mosntro que toca bateria no Misery Index, e pedimos desculpas pra ele pelo pequeno público presente. Espero que em SP tenham tocado pra um público descente.
Vamos ver se a segunda parte do festival vai atrair um público melhor.
abc´s e stay brutal forever
Show foi foda, um dos melhores que ja teve em BH! como disse nosso amigo em cima: azar de quem não foi, esses metal de pijama e internet ai
É, fica difícil, o headbanger não conhecer o Misery Index e o Centurium é brincadeira, as bandas tem quase 20 anos, trocentos discos, um melhor que o outro, são refencia pra muitos. Ficar querendo só showzinho de banda top tipo canibal corpse e carcass é moleza, né não? mas é melhor mesmo vc juntar seus R$600 e ir ver com a galera o metallica no rio ou sp, vc vai ficar mais feliz cara.
ps: FERIADO CHUVOSO? O LOCAL É COBERTO, VC NÃO VAI SE MOLHAR LA DENTRO QUER DIZER QUE QUANDO CHOVE O BANGER AI VAI PRA DEBAIXO DA COBERTA?
fabao, eu sei que é coberto, tanto é que estava lá dentro (como acha que escrevi sobre os shows?). Acho que vc não entendeu, enfim. Abs.
Mario pescada o comentário foi para o Amaral e não vc
Ok fabao. Abs.