Christiano Gomes
Já disseram uma vez que o Rio de Janeiro é o túmulo do rock, mas a frase se torna uma injustiça quando vemos bandas como o Cervical, quinteto de metalcore de Macaé formado por Pascoal Mell (vocal), Marlon Siqueira (baixo), Natanael Junior (bateria), Davi Baeta e Leonardo 5o Elemento (guitarra). Com pouco mais de 10 anos de estrada a banda lançou ano passado o álbum Caminhos de Dor, uma pancadaria de pouco mais de meia hora dividida em 10 faixas, todas em português, dentro do melhor que o estilo oferece.
O Cervical segue à risca a cartilha do (bom) metalcore: rápido, áspero e berrado, sem firulas e sem frescuras. Com ótima produção do guitarrista Davi Baeta, o som da banda é uma ótima pedida parar os fãs do gênero. O destaque da banda é sem dúvida o baterista Natanel Junior, que com técnica e precisão dita o ritmo do quinteto e mostra que o metalcore pode ir além do tradicional bate-estaca do estilo. Boa técnica de pedal duplo e viradas rápidas.
O álbum é linear e escolher uma música não é tarefa fácil, mas destaco as faixas Nossa História, com um trabalho impressionante e extremamente técnico da bateria e Autodestruição, que certamente fará com que o ouvinte mais desavisado tenha a impressão de estar ouvindo alguma banda oitentista de speed metal (sim!). Mas a impressão logo se desfaz e o que vem à seguir é a mesma pancadaria e peso do restante do álbum.
Caminhos de dor, primeiro álbum do Cervical, mostra que Macaé vai muito além de um mero pólo petrolífero!
Assista ao clipe de “Dar o sangue”
Cervical
Caminhos de dor
Independente
Nota: 7