O anúncio divulgado na segunda, dia 24, de que o Sepultura faria uma sequência de quatro shows com o cantor Lobão não foi bem recebido pelos fãs. No post no Facebook que anunciou as apresentações, a imensa maioria dos 2.500 comentários rejeitava a colaboração do quarteto com o músico, que ficou notório por assumir posições reacionárias nos eventos que culminaram com o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Segundo a banda, as apresentações em Belém (25/11), Goiânia (9/12), Recife 10/12) e Vitória (17/12) serão parte de um concerto especial batizado de “A Chamada” e será “uma grande celebração do rock”.
“Vocês escreveram To The Wall, Refuse/Resist, Slave New World. E todas outras músicas que GRITAM protesto e vão fazer turnê com o Lobão. Mesmo? Repensem seus passos Sepultura. Vocês são MUITO melhores que isso”, disparou Pedro Manhães.
“Parceria com o Lobão é assinar carta de suicídio. É triste ver uma banda revolucionária se juntar a um fascista de merda. Todo dia é um 7×1 diferente”, criticou Tayanne Kempis .
Algumas pessoas ensaiaram organizar protestos nas apresentações, inclusive em Belo Horizonte. O grupo toca no Music Hall no dia 6 de novembro (sem Lobão), no último dia do 53HC Music Fest 2016. Outros fãs chegaram a lembrar a apresentação do Rock in Rio 2, em 1991, quando Lobão abriu o dia que teve o Sepultura na sequência. Na ocasião, ele foi expulso do palco por uma saraivada de latas de cerveja.