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Do Metal ao Jazz. Conheça um pouco da história de um dos incríveis integrantes da família Death. Ele participou do Symbolic, um dos 7 petardos lançados pela banda, e está prestes a participar de mais uma turnê Death to All em memoria ao grande Chuck Schuldiner.
Mondo Metal: Antes de tudo, obrigado pela oportunidade de conhecê-lo melhor.
Bobby Koelble: O prazer é meu!
Mondo Metal: Quando pensou em se tornar um guitarrista e como aconteceu?
Bobby Koelble: Comecei tocando órgão quando tinha 6 anos de idade. Estava satisfeito até começar a gostar de Hard Rock e Heavy Metal, o que me fez acreditar que era hora de mudar. Isso aconteceu quando tinha 13 anos de idade.
Mondo Metal: Você ficou mundialmente conhecido através do seu fantástico trabalho no Symbolic, sexto album da banda Death. Como começou o seu relacionamento com eles e como foi se involver com uma das melhores banda de Death Metal de todos os tempos?
Bobby Koelble: Conheci o Chuck quando estávamos no colegial. Tínhamos um amigo em comum e saíamos algumas vezes. Anos depois, um outro amigo que tínhamos em comum me indicou ao Chuck quando procurava por um novo guitarrista. Nos reconhecemos do passado e nos demos muito bem de cara. Como qualquer um poderia esperar, tocar com o Death foi uma experiência sensacional. Ter conhecido e tocado com o Chuck e o Gene são coisas pelas quais sou eternamente grato.
Mondo Metal: Compor é um processo criativo multifacetado e muito pessoal. Qual foi o processo de composição do Symbolic e como foi trabalhar com grandes nomes do metal como Chuck Schuldiner, Gene Hoglan e Steve DiGiorgio?
Bobby Koelble: Symbolic foi composto antes que eu entrasse para a banda e só tive a oportunidade de conhecer e trabalhar com o Steve na turnê Death to All do ano passado.
Mondo Metal: Em um nível mais pessoal, como eram os músicos?
Bobby Koelble: Muito legais e descontraídos. Morava bem perto do Chuck nessa época. O Gene morou com ele por um tempo e nos encontrávamos bastante.
Mondo Metal: Qual equipamento você usou para gravar o Symbolic?
Bobby Koelble: Usei um cabeçote Marshall JCM 800 e um Boss Overdrive/Distortion. Quanto a guitarra, usei uma Washburn EC-29.
Mondo Metal: Como foi ter participado da turnê Death to All? Você vai participar das turnês de 2013/2014?
Bobby Koelble: Foi muito curta, porém agradável. Os ensaios, os shows e os fãs foram sensacionais. Gostaria de dizer o mesmo sobre a infraestrutura da turnê, mas isso é uma outra história. Foi a primeira vez que encontrei o Steve, o Paul Masvidal e o Sean Reinert. Steve é um cara muito legal, engraçado e um monstro de músico. Devido a uns acontecimentos interessantes, o único show que vou participar sera no festival Neurotic Deathfest no dia 3 de Maio na Holanda.
Mondo Metal: Quais são suas principais influências e quem são seus ídolos?
Bobby Koelble: São tantos para descrever! Escuto todo o tipo de música, mas normalmente jazz. Pat Metheny, John Scofield, Pat Martino, George Benson, Wes Montgomery, Allan Holdsworth, Frank Gambale e Kurt Rosenwinkel são alguns dos meus guitarristas favoritos.
Mondo Metal: Que bandas normalmente escuta?
Bobby Koelble: No meio Metal eu escuto Gojira, Opeth, Ankla, Meshuggah, Strapping Young Lad e muitas bandas clássicas. Faith No More é a minha favorita. Como disse antes, escuto muito jazz e não quero entediá-los com tudo isso! (risos)
Mondo Metal: Você está envolvido em algum projeto/banda atualmente?
Bobby Koelble: No decorrer da última década tenho trabalhado com uma banda de Rock/World Music chamada Junkierush. Também tenho um grupo de Jazz/ Fusion chamado Absinthe Trio. Além disso, trabalho “freelance” com vários artistas daqui da Flórida.
Mondo Metal: Alguma vez considerou gravar um album solo?
Bobby Koelble: Sim! Realmente preciso fazer isso! (risos) tenho uma pilha de composiçōes Jazz que tenho a intenção de gravar. Tenho também um CD inteiro de Metal que estou tentando gravar. Virei papai pela primeira vez em 2011 e isso tem tirado muito do meu tempo! (risos)
Mondo Metal: Mudando um pouco de assunto, o que lhe vem à cabeça quando se escuta a palavra “Brazil”?
Bobby Koelble: Sepultura! Bom, na verdade, a primeira coisa que me vem à cabeça é Bossa Nova e Samba. Sou um grande fã do trabalho de Antônio Carlos Jobim. Suas composiçōes me influenciaram bastante.
Mondo Metal: Você conhece/gosta de alguma banda/músico do atual cenário musical brasileiro?
Bobby Koelble: Além dos que já mencionei, gosto do trabalho do João e Astrud Gilberto, e também de sua filha Bebel Gilberto. Sou um grande fã de um músico e produtor de música electronica chamado Suba. Na verdade, ele é europeu, mas fez seu nome em São Paulo.
Mondo Metal: Muito obrigado por compartilhar sua experiências conosco. Chegou a hora da boa e velha mensagem aos fãs, especialmente os brasileiros!
Bobby Koelble: Muito obrigado à todos vocês por manterem viva a música e a memória de Chuck Schuldiner. Nunca tive a oportunidade de visitar esse seu país maravilhoso, mas espero que isso mude em breve. No meio tempo, podem acessar o meu canal no Youtube para saberem o que tenho feito ultimamente. Obrigado!
Ouça a música Symbolic: