Saturday, April 27, 2024

Programa “E aí cara?” entrevista a banda Eminence

Posted by Redação Mondo Metal On December - 29 - 2014 Comments Off

 

 

Demorou, mas saiu! A aguardada entrevista com o Eminence, um dos maiores nomes do metal nacional da atualidade está no ar! No bate-papo conduzido pelos apresentadores Igor Pödrão e Victor D´Santti a banda falou sobre turnês, vida particular, futebol, política, leis de incentivo à cultura entre vários outros assuntos. A entrevista foi realizada no Óxido Estúdios com os integrantes Bruno Paraguay (vocalista), Deivison Maynard (baixo) e Allan Walace (guitarra). O baterista André Márcio não esteva presente na entrevista.

 

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O programa E aí Cara? conta com o apoio do Mondo Metal.

 

Confira a entrevista com o Eminence

A Red Nightmare: o metal do Norte invade o Brasil

Posted by Redação Mondo Metal On December - 26 - 2014 Comments Off

 

 

E vem da região Norte do Brasil um dos grandes nomes da música pesada nacional em 2014: A Red Nightmare. Com apenas quatro anos de estrada o quinteto da capital paraense lançou este ano seu primeiro álbum, uma pedrada Death Metal com pegada muito forte que, na avaliação do Mondo Metal, entra imediatamente no hall dos cinco melhores álbuns lançados no ano. Para conhecer um pouco mais da banda, do novo álbum e desvendar o cenário underground paraense o Mondo Metal conversou com o guitarrista Vinícius Carvalho. Confira a entrevista:

 

Mondo Metal – Antes de mais nada é um prazer para o Mondo Metal poder entrevistar o A Red Nightmare que é uma banda que nós gostamos muito. Ficamos muito impressionados com o primeiro álbum de vocês.
A Red Nightmare – Muito obrigado galera, o prazer é nosso de realizar essa entrevista. Muito obrigado por essa oportunidade. Muito obrigado pelo apoio e interesse em nossa música!

 

Mondo Metal – Antes de falar do álbum a gente gostaria de saber um pouco da história da banda, do caminho até chegar ao full-lenght. Vocês têm uma demo e um single não é isso?
A Red Nightmare – Isso mesmo, a banda existe desde 2010 e teve a demo lançada em 2011. Na época a formação da banda era bem diferente contando apenas com dois membros da formação atual (Igor e Luciano), após várias mudanças de integrantes chegamos à formação atual responsável pela gravação do debut. Os ex-membros da banda contribuíram bastante para algumas músicas desse álbum, principalmente Patrick Correa (ex-guitarrista) e José Lucas Neves (ex-vocalista) e sempre seremos gratos a eles por terem nos ajudado nessa caminhada.

 

Mondo Metal – Agora sim o debut da banda. Falem um pouco sobre a produção e gravação do álbum.
A Red Nightmare – Quando a nova formação da banda se consolidou já estávamos prestes a entrar no estúdio para gravar, e no caso do Leonan, faltando um mês para entregar as trilhas para serem mixadas, então como deu para perceber foi um trabalho feito sob pressão. Por sorte já tínhamos realizado várias pré-produções antes e identificado o que seria necessário melhorar, refazer ou criar (caso de algumas letras e detalhes) então conseguimos manter o foco onde era necessário e trabalhar incansavelmente até conseguirmos. Foram muitas madrugadas escrevendo, compondo, gravando vozes, backing vocals e editando, mas creio que o fruto de todo esse esforço e sacrifício não foi em vão, depois de finalizar tudo, entregamos as trilhas para a mixagem e masterização feitas pelo grande Adair Daufembach, que realizou um trabalho maravilhoso e deixou o disco com uma sonoridade fantástica. Acho que no fim das contas encarar esse grande desafio nos aproximou mais e serviu como um aprendizado para todos nós.

 

Mondo Metal – Vocês têm uma trilogia dentro do álbum, as três faixas A Red Nightmare Pt. I, II e III. Qual foi a inspiração para elas?
A Red Nightmare – Essas três faixas surgiram do próprio nome da banda e foram sendo criadas aos poucos. Fomos modificando os versos e a história até o último minuto, pois sempre surgiam novas ideias. As músicas falam basicamente sobre o ímpeto individual contra o comportamento massificado, através de um personagem que enfrenta uma série de mudanças de paradigma e se vê em conflito com os caminhos que vinha seguindo. Ao despertar a consciência, revela-se o sofrimento e a insanidade por trás da cortina do ego, que mantém as massas anestesiadas. O despertar torna-se o maior pesadelo.

 

Mondo Metal – Apesar de ser o primeiro trabalho de vocês, as críticas têm sido bastante positivas. Para nós, o álbum de estreia do A Red Nightmare é um dos 5 melhores do ano. Como vocês lidam com essas (boas) críticas?
A Red Nightmare – É sempre um grande prazer receber boas críticas pelo nosso trabalho porque sabemos o quanto ele exigiu de cada um de nós, isso nos motiva a seguir trabalhando com seriedade e compromisso, não apenas tomando nota dos fatores positivos, mas, também, identificando os pontos que podem ser melhorados e os erros cometidos ao longo do caminho, para que não se repitam. Temos plena consciência que existe uma longa estrada pela frente e precisamos estar sempre dispostos a aprender e melhorar, mantendo sempre a humildade para enxergar nossas próprias falhas e corrigi-las.

 

 

Mondo Metal – Essa boa aceitação do álbum já se refletiu em um número maior de shows da banda?
A Red Nightmare – Certamente ajudou bastante, ter um trabalho lançado ajuda muito para que conheçam o som da banda, se for feito com cuidado e dedicação melhor ainda, pois reflete a postura e nível de comprometimento do grupo. Temos recebido várias propostas de show com a repercussão do disco e agradecemos muito o apoio da mídia especializada e principalmente dos nossos fãs.

 

Mondo Metal – Muitas bandas pensam em fazer carreira fora do Brasil, mas são vários os obstáculos até lá. O que é mais importante para vocês, consolidar o nome da banda aqui dentro do país e partir mais tarde para o exterior como consequência natural do trabalho ou tentar o caminho inverso apostando na boa aceitação da música pesada nacional na Europa, principalmente, para depois trabalhar pesado no Brasil?
A Red Nightmare – Acho que o importante é apostar no possível. Todos nós estamos em fase de transição no âmbito profissional, alguns membros desempregados e outros voltando a trabalhar em áreas que não dizem respeito a música. A situação para quem trabalha com música autoral é extremamente difícil, e no Brasil aparenta ser ainda mais difícil. O plano que temos hoje, para ser o mais honesto possível com vocês, é simplesmente continuar trabalhando, sem se importar com o “cenário” que cresce mais ou o “estilo” mais popular, mas sim com aquilo que nos motiva artisticamente. Num panorama onde palavras como “contrato”, “backline” e “cachê” soam como uma grande ofensa, e é necessário equilibrar a segunda profissão para sustentar o que amamos e acreditamos, muitas vezes se torna difícil permanecer motivado, mas a cada conversa com o público e cada comentário positivo que recebemos dos blogs, revistas e zines, cresce de novo a força para seguir trabalhando com cada vez mais foco e energia.

 

Mondo Metal – De imediato vocês despontam como uma das referências máximas da música pesada paraense e isso desperta a nossa atenção para a cena underground de Belém. O que vocês podem nos falar sobre ela? Quais são as bandas que estão aparecendo por aí?
A Red Nightmare – A cena underground de Belém sempre teve grandes bandas desde o começo, e vem produzindo cada vez mais nos últimos tempos, temos bandas veteranas como “Delinquentes”, “Anubis”, “Warpath”, “Disgrace and Terror” e “Mitra” ainda em atividade e lançando novos álbuns matadores, e bandas novas sempre surgindo e conquistando cada vez mais espaço e respeito pelo Brasil. É uma cena extremamente rica e temos orgulho de fazer parte dela.

 

Mondo Metal – Com o álbum de estreia na bagagem, o que podemos esperar da banda aí pela frente? Quais são os próximos passos do A Red Nightmare?
A Red Nightmare – Temos novas composições a caminho e esperamos compartilhar alguma com vocês em breve, também vamos seguir promovendo o debut, fazendo shows e lançando novos vídeos para 2015.

 

Mondo Metal – Muito obrigado pelo tempo e pela entrevista. Antes de encerrar a gente quer dar mais uma vez os parabéns pelo grande álbum que vocês lançaram e deixar o espaço aberto para vocês mandarem uma mensagem aos nossos leitores. Valeu!
A Red Nightmare – Muito obrigado a toda a equipe do Mondo Metal por essa oportunidade, valeu Rodrigo Balan e Débora Brandão da Metal Media pelo grande apoio e hail a todos os leitores e a todos os nossos amigos, fãs e família. STAYRED!

 

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Ouça a faixa Enemy

O Mondo Metal deseja a todos um Feliz Natal!

Posted by Redação Mondo Metal On December - 24 - 2014 Comments Off

 

 

Fim de ano é tempo de comemoração, tempo de celebrar junto com os nossos as vitórias obtidas ao longo do ano. Independente do tipo de comemoração que você faça (ou não) desejamos boas festas neste Natal a todos os leitores do Mondo Metal. O vídeo não é novo e a música muito menos, mas qualquer festa fica melhor ao som de Slayer, Raining Blood!

 

Speed Metal: notas curtas com Soulfly, Napalm Death e Enslaved

Posted by Redação Mondo Metal On December - 23 - 2014 Comments Off

 

 

Em recente entrevista conduzida pela publicação Horns Up Rocks, Max Cavalera explicou porque, pela primeira vez na carreira desde que saiu do Sepultura, em 1996, não está incluindo nenhuma música de sua antiga banda nos set-lists do Soulfly. De acordo com o mais velho dos Cavalera a decisão foi tomada para ver a reação do público, se ia gostar ou não. Para surpresa de Max a aprovação foi grande, provavelmente pelo fato do Soulfly já estar em seu nono álbum e ter música suficiente para fazer um bom set-list somente com faixas da banda. “Algumas pessoas comentaram comigo que já esperavam por isso há mais tempo”, finalizou Max. Com o crescimento do Cavalera Conspiracy, banda onde divide as atenções com seu irmão Iggor, e a enxurrada de clássicos do Sepultura tocada nos shows, nada mais natural que focar as apresentações do Soulfly somente em suas músicas. Decisão acertada!

 

 

Mark Greenway, vocalista dos reis do grindcore Napalm Death, explicou recentemente o direcionamento musical de Apex Predator – Easy Meat, 15° álbum de estúdio do quarteto inglês. De acordo com o vocalista, Apex Predator – Easy Meat não reinventa a roda, mas dá alguns passos adiante. “Existem muitas influências no som do Napalm Death, mas eu acho que é possível falar sobre dois estilos distintos. Por um lado temos algo muito tradicional ao som da banda que é a velocidade e o som caótico, mas por outro temos, de certa forma, algo um pouco mais desconfortável e depressivo. Essa fórmula não é exatamente nova no nosso som, mas acredito que com o passar do tempo estamos apurando essa mistura”, finalizou. Apex Predator – Easy Meat chega ao mercado no final de janeiro.

 

 

A gravadora Nuclear Blast anunciou para 6 de março de 2015 o lançamento de In Times, 13° álbum dos noruegueses do Enslaved. In Times foi gravado no Duper Studios e Solslottet Studio, na Noruega e teve a produção dos membros da banda Ivar Bjørnson, Grutle Kjellson e Herbrand Larsen. Confira o track-list do álbum:
01. Thurisaz Dreaming
02. Building With Fire
03. One Thousand Years Of Rain
04. Nauthir Bleeding
05. In Times
06. Daylight

 

Review: Opressor, Uganga

Posted by Redação Mondo Metal On December - 22 - 2014 Comments Off

 

 

Holy shit!

Holy shit!

 

O Uganga está de volta com um novo álbum! A banda comandada pelo ex-baterista do Sarcófago Manu Joker, vem se tornando maior disco após disco, e mostrando ao Brasil e ao mundo uma outra face da música pesada mineira.

 

Após Eurocaos – ao vivo, álbum de 2013 que registrou a banda na estrada pelo Velho Mundo, o quinteto chega no apagar das luzes de 2014 com Opressor, seu quinto álbum.

 

O novo trabalho, além de muito pesado, mostra uma banda ainda mais afiada e visceral, resultado provavelmente dos 10 anos que Manu Joker, Christian Franco (guitarra), Thiago Soraggi (guitarra), Raphael Franco (baixo) e Marco Henriques (bateria) estão juntos.

 

 

Opressor segue na linha Thrashcore que sempre caracterizou o grupo, mas dá um passo além por trazer, provavelmente o melhor que a banda já gravou até o momento.

 

Impossível não citar as faixas Casa e Guerra (ambas já lançadas em vídeo) como dois grandes destaques do álbum. Pesadas, com riffs marcantes e de muita personalidade, as duas faixas podem ser consideradas a síntese do novo trabalho do grupo. A vontade ao ouvir ambas foi de abrir uma roda de mosh no meio da minha sala e sair “quebrando tudo”. Junto também a faixa Nas Entranhas do Sol, que tem os melhores riffs do álbum. Coloque a música para tocar e prepare o pescoço para bater cabeça do início ao fim!

 

Assim como no álbum anterior quando a banda homenageou duas grandes bandas no metal nacional, Sarcófago, com Nightmare e Sepultura, com Troops of Doom, agora os homenageados com um grande cover foram os paulistas do Vulcano com Who Are The True?, do clássico álbum de mesmo nome, lançado em 1988. O guitarrista do Genocídio, Murillo Leite, participa da faixa. À título de curiosidade, fique atento para a faixa escondida no final do álbum!

 

Antes de colocar Opressor nas prateleiras o Uganga lançou o clipe das (já citadas) faixas Guerra e Casa, ambos dirigidos por Eddie Shumway com imagens filmadas na Polônia, Eslovênia, Hungria, Suíça, França, Áustria e Itália durante a segunda turnê europeia realizada em 2013.

 

Para quem acompanha o Uganga há um bom tempo é realmente muito bom assistir a evolução da banda. Opressor é forte, pesado e entra fácil no hall dos melhores álbuns lançados em 2014. Apesar do grande momento pelo qual passa a banda mineira, o Uganga ainda carece de maior reconhecimento nacional. Bato nesta tecla há muito tempo. É uma grande banda, com um som realmente novo, forte e pesado e que merece estar cada vez mais no topo do metal nacional.

 

 

Uganga
Opressor
Gravadora: Sapólio Rádio

01 – Guerra
02 – O Campo
03 – Veredas
04 – Opressor
05 – Moleque de Pedra
06 – Casa
07 – L.F.T.
08 – Modus Vivendi
09 – Nas Entranhas do Sol
10 – Aos Pés da Grande Árvore
11 – Noite
12 – Who Are The True?
13 – Guerreiro

 

+ Acompanhe a banda:
Site oficial
You Tube
Facebook

 

Confira o clipe da faixa Casa

Destruction em BH e no Brasil: o que o Zombie não viu

Posted by Redação Mondo Metal On December - 20 - 2014 Comments Off

 

 

O famigerado Zombie Ritual Fest 2014 terminou no último fim de semana. Mas a polêmica em torno deste, até o ano passado, celeiro quase indelével do underground, ainda vai durar por um bom tempo. Ao que comentam nas redes sociais, pelo menos 17 grupos, dentre nacionais e gringas, retiraram o esquadrão do front, alguns às vésperas da batalha. Venom, Carcass, Whiplash, Stress, Overdose, só para citar uma parcela. Fala-se que a produção do evento contou com o ovo no fiofó da galinha e combinou uma série de pré-requisitos com as bandas, certo de garanti-los apenas com a grana gerada na venda de ingressos. Aí deu merda, os músicos que saíram de cena alegam que não foram 100% atendidos e por isso não tocaram. Verdade ou não, esta é a versão mais quente de gente que esteve lá, dentre integrantes dos grupos dissidentes e headbangers, e que vem sendo falada via Facebook. Ainda prefiro deixar tudo no ar, como possibilidade, tamanho o monte de asneiras que pode ser propalado na web.

 

Não obstante a dúvida, algo de errado aconteceu. E no meio desse furacão de frustrações, revoltas, desacordos e mentiras, estava a lenda germânica, Destruction. Aproveitando uma exaustiva turnê de quase três semanas em solo brasileiro, a apresentação em Rio Negrinho, SC, durante o Zombie, seria na quinta-feira passada, 11. Mas não foi. Os alemães até foram para a cidade, porém não subiram ao palco. A breve explicação na página do trio fala sobre uma quebra de contrato, o que os impedia de tocar. Vamos aguardar uma explicação melhor no futuro, vinda também da produção do ZRF. Mesmo assim, a tour ainda estava na atividade e outras dez cidades receberam muito bem essa representação maior do Thrash Metal teutônico. Uma delas aconteceu no dia 30 de novembro passado, na capital nacional do Metal, BH, no Music Hall. E é sobre esse açoite gostoso que vamos falar agora…

 

Domingo à noite, fim de mês e um dia chuvoso. Ingredientes que desanimaram muitos seguidores da boa música, resultando em um público que pode ser chamado, com boa vontade, de plausível. Algo entre 200 e 300 malucos sortudos, que puderam novamente contemplar a celebração ao estilo mais festeiro e arruaceiro das subdivisões do Metal. Desde o começo dos anos de 1980, o Thrash sempre esteve ligado à farra, chapação e confraternização entre amigos. Claro, de forma bem “carinhosa” nos shows, representada em uma inesperada cotovelada na cara durante o pogo, ou uma bela jucada no meio da roda.

 

 

Levando em consideração toda a aura que a envolve, a noite thrasheira a ser comentada foi muito bem selecionada. Não só pela atração principal, mas também pelas bandas de abertura, ambas mineiras. De Leopoldina, veio a Deathraiser, quatro camaradas que já estão dando o que falar há alguns anos não só no Sul de Minas, como pro lado de cá também, assim como fora das Gerais. Posição muito bem merecida. Thiago Rocha (vocal, guitarra), Ramon Betim (guitarra), Junior Gaetho (baixo), William Fernandes (bateria) foram os alvissareiros da pancadaria, fazendo um barulho de chacoalhar a cabeleira de quem ainda tem.

 

Dá pra dizer que os caras fazem uma parada que mescla o Kreator, na fase Violent Revolution, com o Sepultura no Beneath the Remains (pra mim, o melhor disco de Thrash do mundo!). Mas isso é só para os incautos terem uma ideia do som do quarteto, não seria prudente afirmar que apenas esses dois trampos resumem o potencial musical deles. A rápida Corporation Parasite desceu tanto o cacete no palco que até a bandeira do Destruction, pendurada atrás da batera, não resistiu e caiu, ficando assim até a entrada dos alemães. Inspirados por tocarem na noite, Tiago anuncia que vão mandar um som novo. Lobotomidia, uma crítica ao dominio dos meios de comunicação de massa sobre as pessoas (ops!). Em pouco menos de uma hora os leopoldinenses mostraram que ainda têm muita lenha pra queimar, basta ouvir o debut de 2011, Violent Agression, para ter certeza do que estou dizendo. Thrash or be Thrashed…

 

 

A segunda a subir ao palco é aquela que considero a representação maior do atual Thrash Metal mineiro, ao lado do eterno e imbatível Chakal. Rafael “Rider of Hell” (guitarra), Rivelly “Assassin” (vocal, guitarra), Roberto Reiter (baixo, vocal) e Jonathan Reiter (bateria) mantêm a chama dos anos de 1980 acesa, sem soarem obsoletos. Quando os malucos de Contagem passaram o som com parte da Agent Orange (Sodom), tipo, só pra esquentar, dava pra saber que viria algo especial. Todo o set foi baseado no visceral Unholy Grave, lançado neste ano, o primeiro full length dos caras, que estão na ativa desde 1995. Segundo o guitarrista gente boa, Rafael, ficou uma certa dúvida sobre escolherem o que tocar – a outra opção seria uma passagem pelas outras fases da banda. Mas, no fim das contas, ficou sabiamente decidido que o repertório seria todo o debut, uma forma de homenagear a atual formação, a melhor na trajetória do grupo.

 

Sendo assim, o pau cantou bonito com músicas que rapidinho devem entrar para o panteão do cancioneiro do Thrash mineiro. À exceção da faixa instrumental, quem do público que ainda não havia adquirido o disco teve a oportunidade de ouví-lo ao vivo, muito bem executado. Um trampo que prima pela velocidade e boa forma dos músicos, fica até dificil escolher um ou outro destaque, tamanha a regularidade das performances. É impressionante a celeridade imposta em cada petardo, assim como a técnica aplicada, sem erros perceptíveis e cada um dominando plenamente seu instrumento. Soldiers of Hell foi a que abriu a primeira roda efetiva, beligerante e entusiasmada da noite. Eternal Nightmare e Evil são provas cabais de que o som, por mais Thrash Metal que seja, também flerta com nuances mais clássicas, como a NWOBH. É vendo um show desses caras, em 2014, quase 30 anos após a explosão da bagaça toda em Minas, é que fico orgulhoso por saber que a semente nunca vai deixar de brotar. Be Thrash or Die…

 

 

Chegou a hora da atração principal. Schmier (vocal e baixo) e Mike (guitarra) já estão quase tornando-se mineiros, esta foi a terceira vez deles em BH. Pra completar o time a jurássica dupla alemã trouxe o gigante (tipo, altura mesmo) Vaaver, desde 2010 assumindo as baquetas. E foi justamente o baterista que fez algo inusitado, após um som mecânico no início ele assume o posto, já manda um solo e, minutos depois, entram os seus parceiros para executarem Total Desaster, trazendo o caos para o Music Hall. Em um dicionário online, quando uma palavra específica é procurada, eis que surge a definição: “Composição poética e musical em honra de uma nação, de um heroi, de um partido etc”. E assim foi o show do Destruction, replete de HINOS que homenagearam o sagrado Thrash Metal, algo que eles mesmos ajudaram na sua divulgação e crescimento. Das 18 porradas escolhidas para o set, apenas quatro foram dos dois últimos discos, Day of Reckoning e Spiritual Genocide, de 2011 e 2012. O restante foi retirado desses mais de 30 anos de dedicação à boa música, com a gravação de álbuns emblemáticos, como Infernal Overkill e Eternal Devastation.

 

No começo do texto eu citei a noite como uma festa, regada a cerveja. E pra todo lado que olhava, sempre via alguém “dançando” ao som dos alemães, a maioria com uma lata de Brahma (cara pra danar) na mão. Bangers pré ou pós 40 e uma molecada mais nova, pirando com o que ouvia, mesmo em alguns momentos o som parecer um pouco embaralhado. E sempre no final de cada música ficava a expectativa de saber qual seria a próxima, justamente por ter a certeza que o trio tinha muita coisa legal na carreira. Antes de Black Death, gravada lá em 1984, ser executada pela primeira vez no Brasil, Schimier brincou com um fã que usava camisa da Alemanha, relembrando o 7×1 na Copa. Brincou respeitosamente, agradecendo o cara por vestir a peita. E carisma não faltou para o grandão. Sempre soltava um palavrão ou outro, oferecia bebida para o público e enalteceu as mulheres, dedicando a música Carnivore para elas. Em pouco mais de uma hora, o trio alemão provou que, mesmo após tanto tempo na estrada, ainda está afiado – até os agudos do vocalista seguem com a mesma potência. Pena que por motivos ainda não bem explicados o pessoal de Santa Catarina não teve a sorte de acompanhar mais um grande show naquele que seria o grande evento de Metal do ano. Ainda acho que é meio cedo apontar culpados sobre a lástima que foi o Zombie Ritual 2014. Mas quem errou deve arcar com a responsabilidade de frustrar uma cena marcada por dificuldades em todos os sentidos, para manter-se ativa e forte. Eternal Ban…

 

 

Deathraiser
01 – Intro/Killing the World
02 – Corporation Parasite
03 – Terminal Disease
04 – Everything Dies
05 – Lobotomidia
06 – Screechs From The Silence (Sarcófago)
07 – Thrash or be Thrashed

 

Dunkell Reiter
01 – Unholy Grave
02 – Be Thrash or Die
03 – Eternal Nightmare
04 – Evil Never Dies
05 – Soldiers of Hell
06 – Evil
07 – Midnight Queen (Sarcófago)
08 – Assassin
09 – Nuclear Desaster

 

Destruction
01 – Total Destruction
02 – Thrash Till Death
03 – Nailed to the Cross
04 – Mad Butcher
05 – Armageddonizer
06 – Black Death
07 – Eternal Ban
08 – Life Without Sense
09 – Spiritual Genocide
10 – Release From Agony
11 – Carnivore
12 – Hate is My Fuel
13 – Thrash Attack
14 – Drum Solo/Tormentor
15 – Antichrist
16 – Bestial Invasion
Bis
17 – Course the Gods
18 – The Butcher Strikes Back

Metal mineiro vira trilha em programa sobre futebol do The History Channel

Posted by Redação Mondo Metal On December - 18 - 2014 Comments Off

 

 

Heavy Metal e futebol se misturam? Muitos dirão que não, mas nós diremos que sim. Artistas consagrados da música pesada nunca esconderam suas preferências dentro das quatro linhas. Steve Harris, dono das quatro cordas do Iron Maiden, é um apaixonado pelo West Ham, modesto time da primeira divisão inglesa, atualmente em 4°lugar no campeonato daquele país. No Brasil, Andreas Kisser sempre que pode desfila com sua camisa são-paulina, enquanto Max e Iggor Cavalera mantém sua predileção pelo Palmeiras. Paulo Xisto, baixista do trintão Sepultura, não só se apresenta frequentemente com a camisa do Atlético como também faz questão de ser uma espécie de embaixador internacional do time, distribuindo o uniforme do alvinegro mineiro para diversas bandas como Metallica, Motörhead, Death Angel, entre outras.

 

Veja também:
Galeria de fotos: Sepultura em BH, 14.12.14 

 

E foi aproveitando essa mistura entre música pesada e o esporte bretão que o programa O Infiltrado – série indicada ao prêmio Emmy 2014 – do jornalista e escritor mineiro Fred Melo Paiva, exibido semanalmente pelo canal pago The History Channel, usou como trilha sonora cinco bandas locais que gravaram músicas em homenagem ao Atlético. Fred, atleticano fanático e dono de uma coluna sobre o time em um jornal de Belo Horizonte, trouxe em seu último programa da temporada a eterna rivalidade entre Atlético e Cruzeiro. A trilha foi composta pelas bandas Eminence, Concreto, Los W´s, Vinícius GZ e Hífen que fazem parte da coletânea lançada pela Torcida Organizada Galö Metal. O álbum com estas e outras bandas pode ser comprado pelo e-mail torcidagalometal@gmail.com.

 

O programa O Infiltrado, com Fred Melo Paiva, vai ao ar toda terça-feira, às 23 horas, pelo canal The History Channel. A reprise do último episódio vai ao ar no domingo (21), às 20 horas.

 

Confira um trecho do episódio

Confirmado: Kiss se apresenta em BH no dia 23 de abril

Posted by Redação Mondo Metal On December - 17 - 2014 Comments Off

 

 

Vocês pediram o melhor? Vocês terão o melhor! Mais de trinta anos depois de um show histórico no Mineirão, o Kiss está de malas prontas para se apresentar de novo em Belo Horizonte. A produtora Nó de Rosa confirmou nesta quarta, dia 17, o quarteto mascarado se apresentará na cidade em 2015.

 

A banda de Paul Stanley e Gene Simmons se apresentará no estádio Independência no dia 23 de abril. Completam hoje o grupo o guitarrista Tommy Thayer e o baterista Eric Singer. Os ingressos já começam a ser vendidos no dia 5 de janeiro, mas os valores ainda não foram divulgados. A data é uma das primeiras a ser confirmada da turnê que o grupo fará no país no primeiro semestre. O disco mais recente do Kiss é Monster, de 1983.

 

Em 1983, o grupo fez uma apresentação que acabou se tornando lendária. O Kiss subiu ao palco do Gigante da Pampulha para encerrar um giro pelo país, no primeiro megashow que Belo Horizonte recebeu. Aquela acabou sendo a última aparição do grupo ao vivo usando as máscaras até a volta de Ace Frehley e Peter Criss, em 1996.

Sexual Carnage, do Sextrash, será relançado no exterior

Posted by Redação Mondo Metal On December - 17 - 2014 Comments Off

 

 

Um dos álbuns de Death Metal mais importantes da história da música pesada brasileira teve seu relançamento confirmado na Inglaterra e Estados Unidos pelas mãos da gravadora Greyhaze Records. Sexual Carnage, debut dos mineiros do Sextrash, ainda sob comando do saudoso vocalista Oswaldo “Pussy Ripper”, ganhará em janeiro de 2015 versões em vinil e CD nas terras da rainha e do Tio Sam. Os fãs que optarem pela versão em CD, terão ainda, como bônus, o EP XXX, lançado originalmente em 1989.

 

Além do vocalista Pussy Ripper, Oswaldinho, como era conhecido por seus amigos mais próximos, o line-up da banda também tinha o baixista Krueger, Damned Sentry, na guitarra e D.D. Crazy que à epoca dividia suas baquetas entre Sextrash e Sarcófago.

 

Galeria de fotos: Sepultura em BH, 14.12.14

Posted by Redação Mondo Metal On December - 16 - 2014 Comments Off

 

 

No último sábado (14), Belo Horizonte recebeu o show do Sepultura em comemoração aos 30 anos da banda. Confira na nossa nova galeria de fotos como foi! Nossos agradecimentos ao Diego Rodriguez e Torcida Galö Metal pelas cessão das fotos.

 

Sepultura
Belo Horizonte
14 de dezembro de 2014
Music Hall

 

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