Saturday, April 27, 2024

Sobrinho assume lugar de Malcolm Young no AC/DC

Posted by Redação Mondo Metal On September - 30 - 2014 Comments Off

 

 

O posto de guitarrista do AC/DC, recentemente vago pelo afastamento de Malcolm Young, internado em uma clínica especializada no tratamento de demência na cidade de Sydney, na Austrália, já está ocupado.

 

A banda foi rápida ao anunciar Steve Young como novo dono das seis cordas do clássico grupo australiano. Filho do irmão mais velho da família, Steve nasceu na Escócia e é apenas três anos mais novo que o tio Malcolm. Músico desde os anos 70, o guitarrista passou por diversas bandas como The Stabbers, Prowler, Tantrum, Starfighters entre outras. Na década de 80, o guitarrista chegou a substituir o tio durante uma turnê do grupo.

 

O novo álbum do AC/DC, Rock or Bust, será lançado em dezembro, após um hiato de 6 anos desde Black Ice.

 

Confira a faixa Thunderstruck, gravada ao vivo na Argentina

Ozzy Osbourne anuncia novo álbum do Black Sabbath

Posted by Redação Mondo Metal On September - 30 - 2014 Comments Off

 

 

Ótima notícia para os fãs de Black Sabbath. Em recente entrevista publicada pela revista Metal Hammer, o Príncipe da Trevas Ozzy Osbourne confirmou que a banda entrará em estúdio para a gravação de um novo álbum.

 

Apesar das afirmações de que o 13 seria o último registro de estúdio do grupo inglês, a pressão dos fãs, mídia e gravadora fez com que Ozzy, Geeezer Butler e Tony Iommi mudassem de ideia. “Quando a poeira de ’13′ baixou, começamos a discutir a ideia [de gravar novamente], porque nos perguntavam toda hora”, afirmou Ozzy. Alguns meses antes o vocalista chegou a admitir a ideia de um novo álbum.

 

O sucessor de 13 começará a ser gravado em 2015 e terá novamente a produção de Rick Rubin.

 

Review: Gambling with the Death, Devildust

Posted by Redação Mondo Metal On September - 29 - 2014 Comments Off

 

assina_chris

 

Holy shit!

Holy shit!

 

Depois do brilhante Route 69, álbum de estreia de 2011, que fez com que o Devildust passasse a figurar imediatamente na lista de “bandas do Heavy Metal mineiro a serem observadas”, o grupo está de volta com o single Gambling with the Death. O pequeno álbum é o primeiro registro da banda em estúdio com dois novos integrantes: o guitarrista Leandro Martins – que entrou após a saída de Conrado Salazar – e o baterista Henrique Werner que completou o line-up do grupo pouco depois do lançamento do primeiro álbum.

 

Gambling with the Death mostra um Devildust muito à vontade e, acima de tudo, surpreendente. Quem esperava por novas doses do Hard Rock pesado da banda certamente se surpreendeu. A nova faixa tem sonoridade que remete imediatamente à norte-americana Seattle e suas grandes bandas que marcaram os anos 90. É isso mesmo! Mas o que se ouve na nova faixa não deve ser entendido como uma mudança de estilo, mas sim como um maior alcance musical do grupo.

 

 

Pesada, densa e arrastada. Assim é a genial Gambling with the Death, provavelmente a melhor música já gravada pelo quinteto mineiro. O duo das guitarras de Brankko Siqueira e Leandro Martins – em perfeita sintonia – e a cozinha competente das quatro cordas de Saulo Gonntijo e das baquetas de Henrique Werner, criam o clima perfeito para o competente vocal de Leo Garibaldi.

 

Há que se destacar ainda a produção refinada do álbum que fez de Gambling with the Death um single forte, grandioso e um respiro de criatividade no metal mineiro. O Devildust segue sendo uma banda a ser observada e agora, mais que nunca, merecedora de olhares mais atentos do Brasil e do mundo.

 

 

O público mineiro já teve a oportunidade de ver ao vivo a música nova, mas se você ainda não ouviu, confira logo abaixo no ótimo clipe produzido para o lançamento do single.

BH recebe neste sábado (27) o peso e o experimentalismo do Labirinto

Posted by Redação Mondo Metal On September - 25 - 2014 Comments Off

 

 

Belo Horizonte recebe neste sábado uma mostra da força do post rock brasileiro. Com 10 anos de estrada e sólida carreira construída com shows na Europa e Estados Unidos, incluindo apresentações em grandes festivais como o SXSW, o quinteto paulista Labirinto lança seu novo single Masao na capital mineira. O Mondo Metal conversou com o guitarrista Erick Cruxen que além de apresentar a banda falou sobre a experiência de se apresentar fora do Brasil, a aposta no formato EP, o mercado nacional entre outras coisas. Confira abaixo o bate-papo:

 

Mondo Metal: Antes de mais nada gostaríamos que vocês se apresentassem e falassem um pouco sobre a banda e sua história.
Erick Cruxen/Labirinto: O Labirinto é uma banda instrumental paulistana que existe há quase 10 anos, e possui referências no post rock/metal e música experimental. Após diversas turnês e shows pelo Brasil e festivais no exterior, nos apresentaremos em algumas cidades, ainda esse ano, entre elas Belo Horizonte. Para 2015, estamos produzindo o nosso novo disco full, e concomitantemente preparando uma nova tour para a Europa.

 

Mondo Metal: O Labirinto tem um currículo impressionante! Vocês já se apresentaram nos Estados Unidos e Europa e em alguns dos festivais mais importantes do mundo como é o caso do SXSW. Como essas experiências contribuem no som e no amadurecimento da banda?
Erick Cruxen/Labirinto: Essa experiência é muito positiva pois nos permite entrar em contato com bandas oriundas de diversos lugares, com estilos e proposta diferentes. Também nos permite conhecer várias formas de organização e produção de shows e festivais.

 

Mondo Metal: Como surgiu a opção pela música instrumental?
Erick Cruxen/Labirinto: Desde o início do Labirinto, nos interessamos por fazer música instrumental, foi um processo natural na banda. Utilizamos as vozes como mais um instrumento, processando-as com efeitos, através de sintetizadores e pedais. Buscamos engendrar diversas sonoridades, timbres e texturas, onde não exista um instrumento preponderante, como pode acontecer nas composições com a presença da voz.

 

 

Mondo Metal: Vocês apostam no Post Rock que tem no Post Metal um gênero muito semelhante e que de certa forma até compartilha algumas bandas que ficam no limiar entre os dois estilos. Quais são os grandes nomes do estilo hoje em dia no Brasil e no mundo?
Erick Cruxen/Labirinto: Tanto o post rock como o post metal são “estilos” muito abrangentes, com diversas referências semelhantes (minimalismo, progressivo, metal, jazz, música erudita e eletrônica, entre outras), compartilhando várias características. O curioso é que grande parte do público, principalmente, os que conhecem as nossas músicas mais recentes, classificam o Labirinto como post metal também. Existem diversas bandas que transitam nesse limiar, como Russian Circles e o Cult of Luna.

 

Mondo Metal: Ao contrário da maioria das bandas que apostam nos full-lenghts, vocês têm uma discografia recheada de EPs. Por que a predileção pelo formato?
Erick Cruxen/Labirinto: O formato dos discos reflete muito o momento das composições e a proposta de cada lançamento. Produzimos até hoje quatro EPs, um Single, dois Splits, e apenas um disco full, o Anátema; e no momento estamos preparando o próximo para o segundo semestre de 2015. Dedicamos bastante tempo em estúdio, tanto no desenvolvimento das músicas, como no processo de gravação; sendo mais viável lançarmos um disco curto todo ano. Além da preocupação com as composições e a qualidade do áudio, nos álbuns cheios procuramos engendrar um conceito central onde as músicas são elaboradas e balizadas pelo mesmo.

 

Mondo Metal: Ainda é preciso tocar no exterior para ser reconhecido dentro do seu próprio país?
Erick Cruxen/Labirinto: Creio que não; o maior reconhecimento, nesse caso, se dá lá fora mesmo. Selos, produtoras, público e festivais passam a conhecer e a disseminar suas músicas, permitindo que cada vez mais a banda possa atuar lá fora, desde que o trabalho tenha qualidade e perseverança. Contudo, para alguns produtores e eventos no Brasil, tocar no exterior “reforça o currículo” do artista.

 

Mondo Metal: O Brasil está preparado para o Post Rock (e Post Metal)? Há espaço para as bandas do gênero?
Erick Cruxen/Labirinto: As coisas mudaram bastante desde que criamos o Labirinto, há quase 10 atrás. Não somente em relação ao post rock, mas também à música instrumental e/ou experimental. O estranhamento diminuiu, e o “tipo de som” tornou-se mais acessível. O processo se intensificou, principalmente, devido à internet, que possibilitou o maior contato das pessoas com bandas, selos e festivais gringos de post rock/metal. No Brasil surgiram muitas bandas com referências no estilo. O que ainda falta no Brasil (para todos os estilos do “underground”) são produtores dedicados e espaços qualificados, que respeitem público e artista.

 

Mondo Metal: O que o público que for assistir ao show do Labirinto no próximo sábado pode esperar da apresentação?
Erick Cruxen/Labirinto: Mostraremos nossas composições mais recentes, Avernus e Alamut, que estarão no próximo álbum, e foram gravadas recentemente em um vídeo ao vivo (que você assiste logo abaixo), Masao (single 2014), e músicas do split Labirinto & Thisquietarmy. As composições são tocadas ininterruptamente, e integradas às imagens que projetaremos no local, criando uma narrativa específica para a apresentação.

 

Mondo Metal: O Mondo Metal agradece pela entrevista, deseja um ótimo show e deixa o espaço aberto para que vocês convoquem o público para a apresentação deste sábado. Valeu!
Erick Cruxen/Labirinto: Olá camaradas apreciadores da música torta e obtusa, sábado o Labirinto apresentará seu post rock/metal experimental novamente em Belo Horizonte. Compareçam que a “viajeira” sonora e visual será garantida.

 

A abertura do show fica por conta do duo mineiro de post metal instrumental Foz.

 

Ouça a banda ao vivo:

 

Serviço
Labirinto em BH
Data: 27 de setembro
Local: Teatro de Bolso Júlio Mackenzie – Sesc Palladium (Rua Rio de Janeiro, 1046, Centro, Belo Horizonte/MG)
Horário: 20 horas
Banda convidada: Foz
Ingressos: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia)

Vídeo da semana: Eyetricity, Eminence

Posted by Redação Mondo Metal On September - 24 - 2014 Comments Off

 

 

Os mineiros do Eminence lançaram esta semana o novo vídeoclipe da banda, Eyetricity, gravado na China durante a recente passagem do quarteto pelo país quando se apresentou no Festival RedBull Music na cidade de Zhangbei. O vídeo foi produzido pela Movie3 com direção de Mess Santos e edição do frontman do grupo, Bruno Paraguay.

 

Eyetricity é o quarto clipe retirado do álbum The Stalker. Os outros foram No Code (lyric video), Unfold, e Unfold (live). O grupo também lançou o documentário sobre sua participação no festival norte-americano SXSW 2014.

 

Confira o clipe!

Hellcome lança música nova no Programa Mondo Metal desta noite

Posted by Redação Mondo Metal On September - 22 - 2014 Comments Off

 

 

Dois novos singles estão prontos para chegar aos palcos dos mineiros do Hellcome. Continuando com sua forma peculiar de lançamento de músicas, o quarteto acaba de finalizar as faixas Otriad e Fear FX no WZ Estúdio, com produção de André Márcio e Allan Wallace.

 

A faixa Otriad teve sua audição liberada na Internet na última semana enquanto Fear FX seguirá o mesmo caminho da faixa Still Here e também será lançada no rádio, através do Mondo Metal.

 

O Programa Mondo Metal vai ao ar nesta segunda-feira (22), às 11 horas da noite, pela Rádio Mondo Metal que você pode conferir pelo player ao lado ou pelo endereço www.mondometal.com.br.

Sabaton encerra turnê sul-americana em Belo Horizonte

Posted by Redação Mondo Metal On September - 21 - 2014 Comments Off

 

 

A banda sueca de Power Metal Sabaton faz neste domingo (21) em Belo Horizonte, o show de encerramento da turnê sul-americana que começou no último dia 3 em Bogotá, na Colômbia. Ao todo foram 14 shows sendo 10 apenas no Brasil.

 

O quinteto chega ao país na turnê do álbum Heroes (o 7° full-lenght de estúdio) que faz uma referência histórica ao Brasil com uma homenagem aos três heróis de guerra que serviram na Força Expedicionária Brasileira e lutaram na Itália durante a Segunda Guerra Mundial em 1945. A faixa Smoked Snakes conta a história de Arlindo Lúcio da Silva, Geraldo Baeta da Cruz e Geraldo Rodrigues de Souza que, separados de seu batalhão, não se renderam e lutaram até a morte. Em seus túmulos receberam dos alemães a seguinte inscrição “Drei Brasilianische Helden” (três heróis brasileiros).

 

Encontro com um veterano brasileiro da 2ª Guerra Mundial durante a passagem da banda por Juiz de fora

 

O aquecimento da noite fica por conta das bandas mineiras Silvercrow e Devildust lançando o single de Gambling with the Death.

 

Serviço
Sabaton em Belo Horizonte
Data: 21 de setembro, domingo
Local: Granfinos (Av. Brasil, 326, Santa Efigênia)
Horário: 19 horas
Bandas convidadas: Silvercrow e Devildust
Ingressos:
R$ 75,00 (meia-entrada), R$ 105,00 (inteira promocional)
Vendas:
Ingresso Rápido – 5º Avenida, Rua Alagoas, 1314, loja 27c, Funcionários
Túnel do Rock – Rua Rio de Janeiro, 839 – Centro – Tel: (31) 2555.3103
Internet – http://www.ingressorapido.com.br/Evento.aspx?ID=34480
Classificação etária: 18 Anos

 

Confira o vídeo (não-oficial) de Smoked Snakes com a tradução da letra, feito à partir de imagens da websérie Herois, de Guto Aeraphe

Review: Imperative Music vol. VII, coletânea

Posted by Redação Mondo Metal On September - 19 - 2014 Comments Off

 

 

Holy shit!

Holy shit!

 

A coletânea brasileira Imperative Music chega a sua sétima edição fiel ao propósito inicial de revelar bandas do underground ao grande público. No volume recém-lançado 20 novas bandas de todos os gêneros e várias nacionalidades apresentam seus trabalhos. Não por acaso o Brasil é o país com o maior número de bandas, mas a coletânea tem também grupos da Coreia do Sul, Taiwan, Japão, França, Suíça, Bolívia, Alemanha, Finlândia, Canadá, Chile e Estados Unidos.

 

São 8 bandas brasileiras e 12 estrangeiras. Dentre as nacionais temos como destaque os paranaenses do Amen Corner, que já não são exatamente uma novidade aos headbangers. A banda apresenta a faixa Monarch, lançada recentemente no álbum Wordwide Corporation, via Cogumelo Records. Outra boa surpresa são os catarinenses do Toxic Maze e seu Thrash Metal oitentista muito bom! Os paulistas do Rise n´Down também merecem atenção. Com um Death Metal de primeiríssima qualidade, extremamente pesado e bem executado, a banda deveria estar tocando em palcos europeus. É sem dúvida nenhuma, um dos pontos altos não somente entre as bandas brasileiras, mas de toda a coletânea.

 

Rise n´Down: som “gringo” que merecia estar nos palcos da Europa

 

Do lado gringo do álbum, vale uma ouvida com mais calma nos japoneses do End All com seu hardcore sujo e um vocal rouco que cai muito bem na sonoridade da banda. Ótima faixa, pulsante e pesada. Os bolivianos do Incidence e sua claríssima influência de Slayer também merecem uma ouvida mais cuidadosa. Mas, a bem da verdade, a banda ainda tem mais boa vontade que técnica, coisa que um pouco mais de estrada certamente irá resolver. É uma promessa para o futuro que vale a aposta! Também vale o destaque o Prog Metal muito bem executado e gravado do quinteto chileno Zenit.

 

No geral o álbum segue sempre em alto nível e poucos são os momentos em que uma banda fica abaixo das demais.

 

Com uma forte distribuição fora do Brasil fazer parte da coletânea parece ser um grande negócio para quem está começando e tem maiores pretensões dentro da música. É sempre bom lembrar a importância das coletâneas no Heavy Metal. Foi em uma delas, a Metal Massacre I, que surgiu ninguém menos que um quarteto chamado Metallica. Pouco depois, na Metal Massacre III, o Slayer despontava como uma nova promessa do Death/Thrash mundial. Aqui no Brasil, a coletânea Warfare Noise, editada pela gravadora Cogumelo Records, foi responsável por revelar nomes como Chakal, Mutilator, Holocausto e Sarcófago, que anos depois seria considerado uma das mais importantes referências do Black Metal mundial. É por isso que iniciativas como a da Imperative Music devem ser aplaudidas e perpetuadas. A música pesada agradece!

 

 

Imperative Music Volume VII
01. ISHTAR – Center of Your Soul (Coréia Do Sul)
02. GREEDY BLACK HOLE – The Last Judgment (Taiwan)
03. ROTTEN FILTHY – The Garbage’s Queen (Brasil)
04. END ALL – More Beer (Japão)
05. SUBVERSILVAS – Extrospection (Brasil)
06. RISE N´DOWN – Unleashed Again (Brasil)
07. RED DEAD – Lethal Hoax (França)
08. AMEN CORNER – Monarchy (Brasil)
09. UNDEAD VISION – Undead Vision (Suécia)
10. TOXIC MAZE – Insane War (Brasil)
11. INCIDENCE – Tornado of Violence (Bolívia)
12. IF ALL ROPES TEAR – Mirrors (Alemanha)
13. PHANTOM OF INSANITY – Cross the Line (Finlândia)
14. TORTURER – Torturer (Canadá)
15. SOUTHERN – Den Canibal (Brasil)
16. ZENIT – Behind Enemy Lines (Chile)
17. CELLMYS – Mirror (Brasil)
18. METANIUM – Soul of A Warrior (EUA)
19. SILENT HALL – Prisoners of Fear (Brasil)
20. WORRY BLAST – Get Ready! (Suécia)

 

Ouça a faixa Unleashed Again, do Rise n´Down

Review: Death Metal Machine, Necrobiotic

Posted by Redação Mondo Metal On September - 18 - 2014 Comments Off

 

assina_chris

 

Holy shit!

Holy shit!

 

Três anos após o lançamento do bem sucedido Alive and Rotting, os mineiros do Necrobiotic estão de volta com Death Metal Machine, álbum que celebra os 20 anos de carreira do grupo. O desafio de superar o álbum anterior fez com que o quarteto explorasse ainda mais as variantes do Death Metal e o que se vê é uma banda muito mais à vontade e com muito mais liberdade de criação.

 

Death Metal Machine apresenta 11 novas faixas, sendo cinco em português (talvez a grande ousadia do lançamento). Na abertura a monumental Necrometallurgy, uma “quase” instrumental muito forte e pesada que dá a tônica do que está por vir. Logo após, três faixas em sequência cantadas na língua pátria. O que soaria muito estranho anos atrás, hoje em dia não faz diferença e a música pesada mostra cada vez mais que pode ser cantada em português. Manobra P.I.T. faz a linha tradicional do Death Metal alternando momentos rápidos e cadenciados. Destaque para o excelente baixo de Fabrício Franco. Depois, Apenas um Primata, com começo lento se aproximando do Doom Metal. Bastante cadenciada e feita para bater cabeça, Sede de Poder é um dos destaques do álbum. Satisfy my Agony é uma pancadaria que começa a 200km por hora, com as batidas rápidas e competentes do baterista Broka. A faixa-título parece ser a síntese do álbum com grande variação de rítmos e velocidade. Aos primeiros acordes de Biological Pleasure você, sem perceber, já estará batendo cabeça. Bumbos duplos, palhetadas e grandes riffs marcam a faixa. Da batida de cabeça, mais uma vez sem perceber, você automaticamente já terá aberto uma roda de mosh no meio da sua sala, de onde não sairá ao ouvir a rápida e muito pesada The Devil Lines.

 

 

Em sua reta final, quando já achava que tinha ouvido o que de melhor a banda poderia apresentar, eis que surge O Caminho e o Retorno, o ponto alto do álbum! As melhores palhetadas do disco foram reservadas para esta música que é de dar torcicolo! Talvez exista aqui – não sei – uma relação entre a faixa e a capa do álbum, pois as guitarras parecem simular o som do trem desenhado por Thulio Vasconcelos. Bela capa, por sinal! São quase oito minutos de muita bateção de cabeça! Pyroclasmic Rebirth é mais uma faixa com momentos de extrema velocidade intercalados com algo um pouco mais calmo, beirando novamente ao Doom. Raivosa, técnica e obscura, a música entra imediatamente no hall dos destaques do álbum, que nesse ponto já contabiliza pelo menos metade do track-list. Para encerrar o massacre sonoro, a grande “licença poética” do disco, a belíssima instrumental O vazio, faixa onde a banda explora de fato toda sua criatividade e alcance musical. Os fãs mais radicais certamente vão torcer o nariz com o que vão ouvir, mas a (boa) música agradece! E muito!

 

Criativo e pesado, Death Metal Machine está um passo à frente do seu antecessor Alive and Rotting. O quarteto ousou ao cantar Death Metal em português e ousou novamente ao explorar gêneros que não exatamente o Death Metal que sempre foi a linha mestre da banda fazendo um álbum que tem méritos e acertos muito grandes. A boa gravação poderia ter sido um pouco mais generosa com os sons da bateria que em alguns momentos soam um pouco secos, sem “brilho”. Mas este é um detalhe que não compromete o produto final.

 

A novo álbum do Necrobiotic é um lançamento triplo das gravadoras Misanthropic Records, Culto ao Metal e Songs for Satan. Por enquanto o lançamento fica restrito ao Brasil, mas tem tudo para seguir os passos do anterior e ser lançado na Europa. E que os fãs do Velho Continente possam ouvir a nova “patada” da banda mineira.

 

 

Necrobiotic
Death Metal Machine
Gravadora:  Misanthropic Records, Culto ao Metal e Songs for Satan
01. Necrometallurgy
02. Manobra P.I.T.
03. Apenas um Primata
04. Sede de Poder
05. Satisfy my Agony
06. Death Metal Machine
07. Biological Pleasure
08. The Devil Lines
09. O Caminho & O Retorno
10. Pyroclasmic Rebirth
11. O Vazio

 

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Ouça a faixa Death Metal Machine

Cavalera Conspiracy faz show histórico em BH

Posted by Redação Mondo Metal On September - 17 - 2014 Comments Off

Diego Rodriguez

 

 

Não foi a primeira vez que o Cavalera Conspiracy se apresentou em Belo Horizonte. Mas o show do último sábado, dia 13 de setembro, merece ser colocado um degrau acima da apresentação de 2012 e o rótulo de histórico. Naquela ocasião, havia uma expectativa pela volta de Max Cavalera à cidade onde tudo começou, mas o público ficou com uma impressão de um show burocrático e sem grandes agrados ao público mineiro. Desta vez, os headbangers belo-horizontinos foram brindados com uma apresentação impecável, que transbordou energia e fez todo mundo sair com um sorriso no rosto do Music Hall.

 

Em cerca de 1h30, os irmãos Cavalera, acompanhados do guitarrista Marc Rizzo e do baixista Tony Campos repassaram toda a obra que realizaram juntos, com direito a músicas de quase todos os discos do Sepultura com participação dos dois.

 

Diego Rodriguez

 

Assim que subiu ao palco, Iggor Cavalera foi ovacionado pelo público, que manteve o grito quando Max apareceu para emendar Inflikted, que batiza o disco de estreia do Cavalera Conspiracy, seguida por Warlord e Torture.

 

O primeiro momento de comoção da plateia aconteceu com o medley que emendou Beneath The Remains, Desperate Cry e Troops Of Doom.

 

O repertório seguiu valorizando o trabalho mais recente dos irmãos, inclusive com uma novidade, Babylonian Pandemonium, que estará no terceiro disco do projeto, a ser lançado em novembro. As novidades foram muito bem recebidas, mas é inegável que foi a sequência final, que privilegiou as músicas do Sepultura, que deixou o público insandecido.

 

Diego Rodriguez

 

A participação do guitarrista Jairo Guedz em Necromancer, do disco Bestial Devastation foi para nenhum fã das antigas botar defeito. Afinal de contas, estavam no palco três quartos do Sepultura original. A faixa, aliás, só foi executada na capital mineira, ficando de fora dos outros repertórios. Ponto para BH. Sem bis, o show terminou com a catártica Roots Bloody Roots, que transformou o Music Hall inteiro em uma roda alucinante de mosh.

 

Diego Rodriguez

 

Ao contrário do show de 2012, Max Cavalera finalmente pareceu que estava tocando em Belo Horizonte, cidade que viu o Sepultura nascer. Elogiou o público, conversou bastante e a todo momento sorria. Durante o medley de Arise e Dead Embrionic Cells, ficou visivelmente emocionado.

Max anunciou Inner Self como sendo uma “homenagem” ao bairro Santa Tereza, onde ele morou nos anos 80 e lembrou da Cogumelo, do festival Metal BH e ainda se enrolou em uma bandeira de Minas Gerais que alguém jogou no palco e que ficou boa parte do show em cima de um amplificador. Já Iggor mostrou que, mesmo se dedicando mais ao Mix Hell, projeto de música eletrônica, ainda é um dos bateristas mais impressionantes ao vivo que existe.

 

A se lamentar, apenas a quantidade de pessoas que compareceram, insuficiente para ocupar os 1500 lugares do Music Hall. Dada a importância dos irmãos Cavalera para a música pesada não só da cidade, mas do Brasil, eles mereciam uma casa lotada.

 

Diego Rodriguez

 

Set-list Cavalera Conspiracy 
Belo Horizonte, 13 de setembro de 2014
Inflikted
Warlord
Torture
Beneath the Remains / Desperate Cry / Troops of Doom
Sanctuary
Terrorize
The Doom Of All Fires
Wasting Away
Babylonian Pandemonium
Arise / Dead Embryonic Cells
Killing Inside
Refuse/Resist
Territory
Black Ark (part. Richie Cavalera)
Bonzai Kamikaze
Inner Self
Attitude
Necromancer (part. Jairo Guedz)
Orgasmatron
Roots Bloody Roots

 

Cavalera Conspiracy em BH

 

* Fotos gentilmente cedidas por Diego Rodriguez

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