MONDO METAL

Nesta segunda-feira (31), o Mondo Metal comemora 3 anos de programa pela Elo FM, 87,9 de Belo Horizonte. Neste período foram produzidos mais de 150 programas, sempre com muita informação, entrevistas e – claro – a boa música pesada. Desde o início o programa tem como objetivo a valorização do heavy metal nacional e também do que é produzido em Minas Gerais, berço de grandes bandas que fizeram a história da música pesada nacional, como Sepultura, Overdose, Sarcófago, Chakal, Witchhammer, Mutilator, Holocausto, Sextrash, entre outros.

O programa de hoje terá 5 estreias: duas nacionais e três internacionais. A banda mineira Devildust lança com exclusividade seu novo single, Gambling with the Death, enquanto os cariocas do Somagnet lançam seu EP Haunted House. Do lado “gringo”, os norte-americanos do Pilgrim, os suecos do Absorbing the Pain e os austríacos do Echelon lançam novos temas. No quadro Metal das Gerais, a homenagem do Mondo Metal ao Overdose. Além de contar um pouco da história do quinteto mineiro, como as turnês internacionais ao lado de grades nomes do heavy metal mundial, o quadro terá também dois blocos inteiramente dedicados ao grupo.

O programa Mondo Metal vai ao ar toda segunda-feira, às 22 horas, pela Elo FM, 87,9 de Belo Horizonte. Ouça pelo www.elofm.com.br/vivo.

Holy shit!

O heavy metal nacional tem experimentado nos últimos anos um nível de profissionalização sem precedentes na parte técnica de produção dos álbuns, com profissionais renomados assinando as novas produções nacionais e o uso de equipamentos de ponta. Há uma nítida melhora na qualidade do que vem sendo produzido no Brasil e o reflexo disso temos visto no reconhecimento cada vez maior e nas seguidas turnês europeias que os grupos brasileiros têm feito

Os cariocas do Somagnet são um bom exemplo disso. O quarteto acaba de lançar seu primeiro EP que foi masterizado por ninguém menos que – acreditem – o dinamarquês Flemming Rasmussen, responsável por álbuns como Ride the Lightning, Master of Puppets e …And Justice for All, do Metallica. O resultado não poderia ser outro senão um álbum tecnicamente perfeito, com uma qualidade de som impressionante!

Haunted Mansion é um EP de 4 faixas que transitam muito bem entre o Thrash Metal e até mesmo o Prog Metal. O álbum abre com a faixa Don´t Play as a Fool que claramente bebeu na fonte de James Hetfield e companhia, principalmente no período Load/Reload/St.Anger (e entes que o leitor queira jogar pedra neste que escreve, é bom que se diga aos que não gostam muito da trinca – sou um deles – que o resultado ficou surpreendente!). Com direito aos inconfundíveis “yeah” do carismático líder do Metallica, a música intercala trechos pesados com ótimos riffs e muitas palhetadas para bater cabeça, com outros limpos e suaves. Em seguida, e aumentando a velocidade, vem Healer que deixa clara a experiência dos músicos. Ótimo trabalho de guitarras e principalmente da bateria que mostra competência no uso do bumbo duplo na medida certa. Go Get´Em tem uma pegada diferente. Mais acelerada, a música tem uma construção que se aproxima do Prog Metal, com palhetadas rápidas e vocal mais limpo. O ponto alto do álbum ficou para o final com a excelente e pesadíssima instrumental Haunted Mansion, faixa que dá nome ao disco. Riffs oitentistas, palhetadas e muito head banging podem resumir a música que é mais crua e direta que as anteriores. Se nas duas primeiras faixas a banda buscou inspiração na trinca Load/Reload/St.Anger, ela agora veio da “trinca de ouro” Kill/Ride/Master.

Que não se enganem os ouvintes achando que a banda é uma cópia do Metallica, não, não é! o quarteto carioca tem personalidade e mostra muita criatividade em suas músicas. Haunted Mansion é um senhor cartão de visitas de uma banda que não está disposta a ser apenas mais uma no cenário nacional.

Na próxima segunda-feira (31), você confere no Programa Mondo Metal – especial de 3 anos – uma das faixas do EP Haunted Mansion. O programa vai ao ar toda segunda-feira, às 22 horas, pela Elo FM, 87,9 de BH. Ouça também pelo www.elofm.com.br/vivo

O frontman da banda norte-americana Gwar, Dave Brockie (50), foi encontrado morto no domingo (23) em sua casa, em Richmond, no estado de Virgínia, nos EUA. O corpo de Brockie (ou Oderus Urugus, como era conhecido no grupo) foi encontrado por um colega de banda em uma cadeira da casa sem sinais de violência. A polícia de Richmond não tem suspeitas da causa da morte.

O Gwar tem 30 anos de carreira e 13 álbuns lançados. O mais recente, de 2013, é Battle Maximus. Na época do lançamento especulou-se que este poderia ser o último álbum de estúdio da banda.

Confira o clipe da música Let us Slay

O vídeo desta semana é em homenagem ao vocalista do Gwar, Dave Brockie (ou Oderus Urugus, como era conhecido). Brockie foi encontrado morto no último domingo (23) em sua casa em Richmond, no estado de Virgínia, nos EUA.

Leia mais:
Vocalista do Gwar é encontrado morto em casa

Confira o clipe da música Let Us Slay, do álbum Lust in Space

Holy shit!

Quando se fala em música na Áustria não é o heavy metal o primeiro estilo a ser lembrado. Terra de compositores consagrados como Mozart, Strauss, Schubert e tantos outros, o país também tem grandes representantes na música pesada, como é o caso do Belphegor ou dos veteranos do Pungent Stench e Disharmonic Orchestra, apenas para citar alguns. De lá também vem o Echelon, banda de Black Metal que lança seu primeiro álbum Vivito! Creato! Moritor!

O quinteto da terra de Mozart tem integrantes identificados por nomes pouco convencionais e impronunciáveis (nada de demônios ou coisas parecidas). Falamos de Τ.Φ. (vocais), Φ.Ω. “Feanor Omega” (bateria e vocais limpos), Μ.Χ. (guitarra e vocais), Δ.Ρ. (baixo) and Π.Σ. (guitarra). Sim! É isso mesmo que você leu. Como se pronuncia? Não faço a menor ideia…

Repleto de simbolismos, explicações complexas e uma temática de guerra como fio condutor, o que importa é que o debut da banda é realmente muito bom, criativo e diferente.

Começamos com uma introdução surpreendente: Les Grandes Misères de la Guerre, é um discurso em alemão com uma trilha simples e suave de fundo. Na sequência, peso e faixas cadenciadas que em nenhum momento se parecem com as metralhadoras sonoras e artificiais que o Black Metal atual tem produzido. A velocidade dá lugar ao peso, riffs simples e bateria competente sem se parecer com uma máquina. Pontuando o disco em momentos estratégicos, interlúdios apresentam novos discursos como o da primeira faixa. É o caso de Desastres de la Guerre e de Effet de neige à petit Montrouge. O mais surpreendente, no entanto, a banda guardou para o final, na penúltima faixa. Com quase 9 minutos de duração Totengeigen começa com uma bela música clássica (não disse que são austríacos?).

Vivito! Creato! Moritor! é um álbum orgânico, muito diferente do som plastificado que se ouve hoje em dia. É feito com a banda em estúdio simplesmente tocando e traduzindo em música e peso sua criatividade e não por computadores e softwares avançados que cada vez mais dispensam um bom músico e requerem  um bom programador. O debut do quinteto austríaco parece ser fruto de uma jam session, com tudo gravado ao vivo, fluindo livremente. O resultado é um grande álbum, criativo e com muito peso, feito à moda antiga.

Ouça a faixa Die Grauen des Krieges

Echelon
“Vivito! Creato! Moritor!”

01. Les Grandes Misères de la Guerre
02. Der Baum der Gehängten
03. Tod und Teufel
04. Strappado
05. Desastres de la Guerre
06. Der Krieg in mir
07. Des Teufels Bluthund
08. Die Grauend des Krieges
09. Effet de neige à petit Montrouge
10. Vor mir türmen sich die Scherben
11. Ewigkeit
12. Totengeigen
13. Triptychon: Der Krieg

O quinteto gaúcho Patria está próximo de lançar seu novo álbum, Individualism, pela gravadora Indie Recordings. O sucessor de Nihil Est Monastica, lançado em 2013, chega as prateleiras do mundo inteiro no próximo dia 21 de abril.

Para dar mais “peso” ao lançamento, a gravadora apresentou o novo álbum a alguns renomados músicos que deram suas opiniões sobre o trabalho dos brasileiros. De acordo com o guitarrista Øystein Brun, do Borknagar, também responsável pela masterização, Individualism é o álbum mais interessante e convincente de black metal tradicional que ele ouviu em anos. E completa: “é altamente recomendável”. Opinião parecida tem Ivar Bjørnson, do Enslaved, que afirma que a banda “representa o Black Metal em sua forma mais pura, sem firulas, sem palhaçadas, apenas o estilo cru e primitivo do começo dos anos 90″.

Confira abaixo o track-list e a capa do álbum:

Patria
Álbum: Individualism
Gravadora: Indie Recordings

01. Individualism
02. Blood Storm Prophecy
03. Uncrowned God of Light
04. Outrage  05. Orphan of Emptiness
06. Far Beyond The Scorn
07. Catharsis
08. Epiphany
09. Your Rotten Heart Dies Now
10. God’s Entombment
11. Requiem For The Ego

Assista ao vídeo do primeiro single retirado do álbum, Blood Storm Prophecy

Holy shit!

Desafio quem quer que seja a me apresentar um estilo musical tão diverso como o Heavy Metal, com tantos gêneros e sub-gêneros. Desde que coloquei o novo álbum do Kappa Crucis, Rocks, para rodar estou tentando encaixá-los em algum estilo (mesmo sendo contra esse tipo de coisa). Resultado: não consegui. Mais fácil dizer que a banda tem uma pegada setentista muito forte e aposta no som da época em que reinavam bandas e artistas como Emerson, Laker and Palmer, Focus, Rick Wakeman, King Crimson, ou ainda de vertentes mais pesadas de onde sairiam monstros do Heavy Metal como Deep Purple, Rainbow, Black Sabbath, Led Zeppelin e outros.

Ao longo do álbum fica clara a competência musical dos integrantes. Não pense que é fácil tocar o que eles tocam pois não é! Verdade que gostaria de ter visto a bateria um pouco mais ousada, mas isso não compromete o bom andamento das faixas. Alheio a isso o tecladista A. Stefanovitch, em especial, dá um verdadeiro show! É dele grande parte da responsabilidade pela sonoridade dos anos 70. Uma pena o encarte não trazer a lista completa de instrumentos usada pelo dono das teclas.

Destaque para faixa What Comes Down que abre o álbum de forma arrasadora! Também merece uma audição mais cuidadosa a belíssima Invisible Man que remonta aos tempos do já citado Emerson, Laker and Palmer. Seria uma homenagem ao trio inglês? Strange Souls e Nobody Knows com ótimas (porém curtas) passagens “maidenianas” também se destacam. E encerrando, Flags and Lies com sua pegada árabe muito interessante.

Rocks é um disco surpreendente, vai do progressivo ao pré-heavy metal – com pitadas de metal oitentista – com muita maestria. No geral, espere por um álbum de produção primorosa que tem na década de 70 seu foco principal.

Kappa Crucis
Rocks
01. What Comes Down
02. Mecathronic
03. School of Life
04. Invisible Man
05. Strange Soul
06. Flags and Lies
07. Nobody Knows
08. Between Night and Day
09. When the Legs are Wheels
10. The Braves and the Fools

A banda:
G. Fischer – Guitarra, vocais
R. Tramontin – Baixo, backing vocals
A. Stefanovitch – Teclados, backing vocals
F. Dória – Bateria, vocal de harmonia

Conheça mais:
http://www.kappacrucisband.com
http://www.myspace.com/kappacrucis
http://www.twitter.com/kappacrucisband
http://www.youtube.com/kappacrucisband
http://www.facebook.com/kappacrucisband

Ouça a faixa Invisible Man

[Editado em 18/03/2014 11:44]
Com um álbum recém-lançado nas prateleiras, o Chakal está de volta a rotina de shows pelo Brasil. Mas como nem sempre é possível conciliar as datas da banda com compromissos particulares, o quinteto teve que recrutar o baixista Filipe Duarte, do Seawalker, para duas apresentações em substituição a Cassio Corsino, o titular das quatro cordas.

Filipe se junta ao Chakal no dia 20 de abril no Camping Rock 2014, festival que acontece na cidade mineira de Baldim, tocando ao lado do Witchhammer, Concreto, Cólera e outros. De lá a banda segue para Recife, onde se apresenta no aguardado e importante Abril Pró Rock, em Recife, no dia 26.

Para o mês de maio, já com o retorno de Cássio Corsino, estão confirmados shows no Rio de Janeiro, Curitiba e São Paulo ao lado dos paulistas do MX.

Confira abaixo o clipe da faixa Possessed Landscape, primeiro retirado do álbum Destroy! Destroy! Destroy!

Uma surpresa marcou a apresentação do Metallica na capital Boliviana neste domingo (16). Em meio a um set-list repleto de clássicos dos 30 anos do grupo, James Hetfield anunciou a nova música the Lords of Summer, uma pedrada de mais de 8 minutos que deve fazer parte do sucessor de Death Magnetic.

Os fãs brasileiros terão a oportunidade de conferir a nova música ao vivo no próximo sábado, em São Paulo, durante a apresentação única que a banda faz no país. O show acontece no Estádio do Morumbi com ingressos que vão de R$ 90,00 a R$ 600,00. Antes do Brasil a banda toca ainda no Equador e Peru. Depois da capital paulista, o quarteto seque para o Paraguai, Chile e Argentina onde encerra o giro sul-americano em duas datas na capital Buenos Aires.

Confira abaixo a nova música do Metallica. No primeiro vídeo você verá a apresentação da banda, no segundo somente o áudio, melhorado.

De longe vai o tempo em que um vídeo clipe era somente uma câmera filmando uma banda tocando. As produções recentes estão cada vez mais complexas e cuidadosas e apontam para gastos sem precedentes no mundo da música.

Este é o caso do vídeo mais recente do Amon Amarth, Father of the Wolf. Mais que um simples clipe, a gravadora Metal Blade investiu pesado e produziu um curta-metragem de mais de 10 minutos para a faixa. Roteirizado, com ótimos efeitos especiais e uma bela fotografia, Father of the Wolf prima pela qualidade e mostra a força cada vez maior dessa peça em vídeo que – em um passado não muito distante – chegou a ser questionada quanto a sua efetividade no retorno de imagem que traria as bandas.

Sem mais, Father of the Wolf é o vídeo da semana do Mondo Metal. Aproveitem!