Os mineiros do Sacrificed anunciaram esta semana seu segundo contrato internacional para o lançamento do álbum The Path of Reflections. Além da Itália, que terá o álbum lançado digitalmente pelo selo Heart of Steel, a banda fechou contrato com o selo japonês Spiritual Beast responsável pelo lançamento naquele país de bandas como Ministry, Suicidal Angels, Onslaught, Skull Fist, além dos mineiros do Eminence.
Satisfeito com o novo contrato, o guitarrista Diego Oliveira comentou o lançamento do segundo álbum da banda no Japão: “Sabemos do grande mercado que é o Japão para nosso estilo musical e estamos muito felizes com esta oportunidade!”. Especula-se ainda que a banda possa realizar em breve uma turnê pela Europa para consolidar o lançamento do álbum.
Produzido por Renato Kojima e André Márcio e lançado no Brasil em 2011, The Path of Reflections foi muito bem recebido pela crítica especializada, ganhando prêmios – inclusive no Mondo Metal, eleito álbum do ano e banda revelação de 2011 – e menções em todo o país. Em 2012 foi lançado o primeiro videoclipe da banda, da faixa Call of Insanity.
Posted by Redação Mondo Metal On March - 27 - 20131 COMMENT
Christiano Gomes
Os “cabrones” do Brujeria devem lançar este ano aquele que será o primeiro álbum de estúdio da banda em 13 anos. Depois de ter o lançamento adiando algumas vezes (desde 2002 que especula-se sobre o novo álbum), o tão aguardado sucessor de Brujerismo deve mesmo chegar em breve as prateleiras, pelo menos é o que garantiu o baixista Shane Embury (Napalm Death) recentemente em sua conta de Twitter: “as gravações recomeçaram e o novo álbum do Brujeria está ganhando corpo aqui em Monterey (México). Está demorando, mas está divertido”, disse.
O novo álbum será o quarto da carreira da banda que já teve em seu line-up quase duas dezenas de componentes, entre eles Dino Cazares e Raymond Herrera (Fear Factory), Billy Gould (Faith no More), Tony Laureano (Dimmu Borgir), Jesse Pintado (Napalm Death), Tony Campos (Soulfly) e Jello Biafra (Dead Kenneds). Ao contrário de outras bandas que encerraram a carreira e retornaram aos palcos anos depois com novos trabalhos, o Brujeria nunca chegou a anunciar seu fim e vem se apresentando normalmente nos últimos anos, mesmo com curta agenda de shows.
Posted by Redação Mondo Metal On March - 26 - 2013ADD COMMENTS
Redação Mondo Metal
O vídeo da semana escolhido pela equipe do Mondo Metal é Helladise, da banda mineira Seawalker. Com direção de M. A. Pereira e participação especial do guitarrista Leo Lanny, o clipe foi lançado em 2011 como divulgação do álbum Earthcode. Em 2012 a banda foi vencedora do Prêmio Mondo Metal na categoria melhor baixista, com Felipe Duarte.
Se você quiser concorrer a este e a outros 11 CD´s, na promoção de 2 anos do Programa Mondo Metal pela Elo FM, clique aqui e inscreva-se.
Se você quiser indicar um clipe para o “vídeo da semana” (não precisa ser inédito), clique aqui
Posted by Redação Mondo Metal On March - 23 - 2013ADD COMMENTS
Christiano Gomes
Depois de “longos” e aguardados 13 anos desde o lançamento de Free Your Soul and Save My Mind, Mike Muir e companhia liberaram a primeira música do novo álbum, 13, que será lançado na próxima terça-feira.
Mas quem esperava por uma música rápida e “nervosa” provavelmente vai se decepcionar. This World, faixa que fecha o disco, fica muito aquém de clássicos como Join The army, How Will I Laugh Tomorrow, Suicidal Maniac ou Possessed to Skate (apenas para citar algumas). A faixa não é ruim, afinal, ainda estamos falando de Suicidal Tendencies, mas é fraca e sonolenta! Muito pouco para quem esperou tanto tempo. Tomara que o álbum venha diferente!
Co-produzido por Mike Muir e Paul Northfield (Dream Theater, Hole, Rush), 13 tem 13 faixas e está sendo lançado em 2013, 13 anos depois do último álbum de estúdio. Que o novo álbum não se torne um “gato preto” na história da banda.
Confira o track-list do álbum:
01. Shake It Out
02. Smash It!
03. This Ain’t A Celebration
04. God Only Knows Who I Am
05. Make Your Stand
06. Who’s Afraid?
07. Show Some Love…Tear It Down
08. Cyco Style
09. Slam City
10. Till My Last Breath
11. Living The Fight
12. Life… (Can’t Live With It, Can’t Live Without It)
13. This World
Responsável pelos urros guturais de um dos melhores álbuns de Death Metal de todos os tempos, o vocalista Bryan Cegon conta em entrevista exclusiva um pouco de sua história como vocalista antes, durante e depois do lançamento do até então único petardo do Disincarnate: Dreams of the Carrion Kind
Mondo Metal: Vou começar agradecendo-o pela oportunidade de conhecê-lo melhor e pedindo para que você se apresente. Bryan Cegon: Por nada. Obrigado à vocês pelo interesse e apoio. Sou Bryan Cegon, vocalista do Disincarnate.
Mondo Metal: Quem/o que o inspirou a gostar de Metal e começar a cantar?
Bryan Cegon: Sou metal desde minha infância. Sempre trocava Lps e cassetes com o meu irmão Paul, que é 3 anos mais velho. Era no início dos anos 80 e quando estava no colegial já possuia uma respeitosa coleção de Lps do Sabbath, Ozzy, Priest, Maiden, Dio e etc. Queria aprender a tocar guitarra, mas tenho problemas e coordenação óculo-manual. É um verdadeiro sacrifício conseguir escrever legivelmente. Costumava a acompanhar os meus LPs “gritando” e um dia decidi ser vocalista.
Mondo Metal: Houve muito esforço para conseguir alcançar este seu tom “Death” ultra grave? Você fez aulas de canto?
Bryan Cegon: Nunca fiz aulas. Sou completamente auto-didata. Foi muito mais difícil aprender a cantar com vocal gultural de Death Metal do que alcançar este timbre bem grave. Uma vez, quando via uma fotos das sessoes do “Dream of the Carrion Kind”, percebi que contorcia meu rosto de forma que meu queixo inteiro desaparecia. O problema era que quando usava este método só podia atingir um tom. Como queria ser mais dinâmico, comecei a praticar muito Pantera e Paradise Lost. Acabei me tornando um vocalista bem melhor.
Mondo Metal: Dreams of the Carrion Kind é um dos melhores álbuns de Death Metal de todos os tempos. Uma verdadeira obra prima. Como se envolveu e foi trabalhar com James Murphy, um dos melhores músicos de Death Metal de todos os tempos?
Bryan Cegon: Conhecia o James de vista. Ele trabalhava no famoso Ace’s Record em Tampa, Florida. Em 1992 ouvi dizer que o baixista/vocalista que James havia recrutado pra banda estava detonando no baixo, mas não muito nos vocais. Então convidei-o para assistir um ensaio de minha banda “Infernus”. Mesmo usando um amplificador de baixo como PA ele ficou impressionado o suficiente para me convidar ao Morrisound Studios! O famoso Scott Burns me aprovou e então estava dentro. A propósito, não fui o único integrante do Infernus pelo qual James se impressionou. Jason Carman acabou entrando no Disincarnate também.
Mondo Metal: As letras do “Dreams of the Carrion Kind” são poderosas e intensas. Como/onde se inspiraram e como foram escritas na época?
Bryan Cegon: Era apenas um adolescente na época. Só havia escrito as “típicas” letras Death Metal, que falam de coisas como Satã ou Holocausto. James Murphy me ensinou muito sobre simbolismo. As três músicas da Demo, “Stench of Paradise Burning”, “Soul erosion” e “Confine of Shadows” foram idéias do James. Ele fez a letra da “Stench of Paradise Burning” antes da minha entrada, e eu colaborei na “Soul” e na “Confine”. “Beyond the Flesh” foi praticamente eu, se não me falha a memoria. “In Sufferance” foram idéias do James, mas escrevi parte dela. Escrevemos a “Monarch of the Sleeping Marches” juntos, mas também foi idéia do James. Foi baseada nos quadrinhos do Sandman. A “Entranced” foi minha e foi baseada na série Necroscope do escritor britânico Brian Lumley’s. E finalmente “Sea of Tears, baseada no Hellraiser de Clive Barker. As letras foram um trabalho colaborativo. A melhor maneira de descrever as letras do ‘Dream of the carrion Kind” seria comparando-as à elaboração de uma tese de mestrado em várias materias e livros ao mesmo tempo.
Mondo Metal: Muitos ficaram perplexos pelo fato de que, após sua excellente performance no Disincarnate, você não ter se envolvido com outras bandas. Algum motivo em particular?
Bryan Cegon: Entendo as pessoas terem esta impressão, mas na verdade fiquei na cena por uma década após o lançamento do “Dreams of the carrion Kind”. Foram nos últimos dez anos que não fiz muita coisa. O movimento Metal de Tampa mudou drasticamente no decorrer dos anos noventa. Depois de Korn e da “Nu Metal” mania, ser chamado de Death Metal quase se tornou um insulto. Eu era tão ingênuo na época que pensava que qualquer banda que fizesse conseguiria assinar um contrato quase que instantâneamente. Estava completamente equivocado. Acabei parando de pensar em sucesso. Concentrei-me em compor, gravar e tocar músicas das quais me orgulhava e nada mais. Experimentei efeitos diferentes e outros estilos de vocal, mas sempre Metal.
Mondo Metal: James Murphy mencionou um segundo album do Disincarnate em uma recente entrevista. O que pode nos dizer a respeito?
Bryan Cegon: Não há como dizer mais do que James já disse. Ainda estamos na fase preliminar. Todos os quatro integrantes da formação original estarão presentes. Um dos maiores motivos da minha volta à Florida foi o Disincarnate. Tommy Viator também está de mudança pra cá. Ainda não temos títulos de músicas. Tommy digitalizou uma fita antiga de um de nossos ensaios com riffs para umas três ou quarto músicas. O mais legal é que completaremos músicas que começamos a compor há vinte anos atrás. Acho que este album será uma ótima mistura do passado, presente e futuro. Mal posso esperar pra começar.
Mondo Metal: Você se envolveu em outros projetos musicais. Pode nos contar um pouco a respeito?
Bryan Cegon: Tocava no Infernus com o Jason Carman antes do Disincarnate. Após o “Dreams”, entrei para o PainFactor, um quarteto meio Thrash. Gravamos uma demo com três músicas que ainda tenho muito orgulho. Em breve vou disponibilizá-la gratuitamente pelo site reverbnation.com. Quando o PainFactor acabou, eu e o baixista Chris Mullen formamos o LowLife. Éramos um quarteto e tocávamos um metal com uma pegada industrial. Nossa demo de quarto músicas está disponível pelo reverbnation.com, caso vocês se interessem. Após um fim pacifico, entrei para o Strict-9, uma banda de Rap/Death Metal. Éramos meio na linha do Stuck Mojo. Estive na banda por 8 anos e gravamos dois álbuns: “9 from the 9” em 1997 e “Ultrasonic Hate” em 2001. Eles também estão disponíveis pelo site reverbnation.com.
Mondo Metal: Que bandas normalmente escuta?
Bryan Cegon: Eu praticamente escuto Metal antigo. Muito Slayer, Pantera, Zombie, Obituary, Grave, Unleashed, Fear Factory, Paradise Lost, My Dying Bride, Morbid Angel antigo, Amorphis antigo, Acid Bath e etc. Também gosto muito de Mindless Self Indulgence.
Mondo Metal: Mudando um pouco de assunto, quais são as primeiras coisas que lhe veem na cabeça ao se falar Brasil?
Bryan Cegon: Quando penso no Brasil, Sepultura é a primeira coisa que me vem à cabeça. Depilação feminina a segunda e Carnaval a terceira. O Sarcófago era do Brasil, não?
Mondo Metal: Muito obrigado por compartilhar suas experiências conosco. Desejamos-lhe sorte com seus novos projetos! Agora é hora do bom e velho recado à todos os seus fans do Brasil.
Bryan Cegon: Este é mehor conselho que posso dar pra qualquer metal: não tenham medo em tentar coisas novas e nunca abandonem suas raízes. Grandes artes nascem do sofrimento.
Minas Gerais has recently seen comebacks from bands whose names have been printed in the history of Metal worldwide. It was like that with Witchhammer, Chakal and Sextrash (Overdose also mentioned a comeback that ended up never happening) Obsessed recently, and now it is time for Insulter, band founded by the late great Oswaldo Scheid (in memoriam), Sextrash’s vocalist. 23 years after their last show, Insulter is back with a new lineup and now as a trio. In order to get to know more about the comeback of another important band from Minas Gerais’ metal scene, Mondo Metal talked to the guitarist and vocalist Reinaldo Resan. The only original member not only talked about their comeback, but also about the bands’ future plans.
Mondo Metal: Before we go any further, it is nice to hear about Insulter’s comeback. How did that happen?
Reinaldo Resan: I have been trying a comeback since 1994, but it never happened due to professional and personal reasons. When talking to Carlos Bosch (Vocalist) we mentioned that we needed to record the old songs and after meeting with dummer Ricardo, we decided to go ahead and not only record the old songs, but also write new ones. That was back in 2010/11 and the project was meant to have 14 songs altogether. I hadn’t played guitar for 4 years, so I needed some time to get my act together. It was in September 2012 that I finally sent some tracks over to Ricardo so that he could work on the drums. He unfortunately passed away 10 days after. We were so shocked that Carlos gave up the idea. To me, Insulter was like a thorn in my flesh that had been bugging me for a long time… People make mistakes in their lives and not keeping Insulter alive was my mistake. It was a story that had a beginning but was missing most of the plot. We owed that to ourselves. When Ricardo passed away I realized our dreams and projects should be prioritized rather than constantly postponed. This is what makes the difference.
Mondo Metal: What can we expect in terms of a set-list for the upcoming show?
Reinaldo Resan: It’s also the comeback of a historic festival: Metal BH We’re playing old songs such as Black Church and Twilight Line as well as new ones. And of course, some covers that influenced us. We will pay homage to Oswaldo Pussy Ripper (Sextrash’s vocalist that passed away in a car accident) as well as to Denis Fernandes and Ricardo Nascimento. We will also have some guest appearances from our old friends from the 80′s metal scene. I’m afraid I can’t say anything else, except that it is going to be a remarkable show. Probably the most important and relevant in the past few years.
Mondo Metal: Is it going to be a one show only or is it for good?
Reinaldo Resan: When I got together with Ricardo and Carlos I mentioned that once recording the old songs we would undoubtedly be invited to play. I even turned some invitations down last year. As of today I can assure you we are back for good! Insulter is currently my most important project! High priority!
Mondo Metal: So what are the bands plans?
Reinaldo Resan: Firstly, perform outstandingly on our upcoming show, exceeding everybody’s expectations. Then go ahead with the recordings so that we can release our first album and consequently do many shows. Lastly, spread the Insulter legion around the world!
Mondo Metal: What do you think about this comeback fever? Is the current metal weak?
Reinaldo Resan: I believe the main reason why a lot of bands gave up in the past was amateurish producers and record labels as well as lack of resources. Things were really hard back in the 80′s. Recording a simple demo-tape was very costly. Not to mention that after that we had to count on friends with artistic skills for our covers. Everything was glued together and xerox copies were made. That’s how we used to make our demo-tapes. Very old-fashioned. It’s great to see classic metal bands coming back together. It’s an opportunity for the new generation to see what we are capable of. There are many great bands being born lately. Brazil is famous for being the cradle to bands that received worldwide recognition. Sarcofago and Sepultura are among the best bands of all time. Even Insulter, that had a chance to release only 2 demos with four songs ended up writing its name on the history of heavy metal. I believe metalheads will benefit largely from this merging of generations.
A 23 year gap: posters from the upcoming show and their last performance back in the 80′s.
Mondo Metal: What is the current lineup?
Reinaldo Resan: This time round I have invited the ex-members from Angerise Pedro Jaued (Bass and backing vocals) and Stv James (Drums).
Mondo Metal: When was the band’s last show?
Reinaldo Resan: Just a few days ago. (Laughter) At Riacho, Contagem, together with Evil Hammer, Attomica and Genocidio back in 1989!
Thank you very much for this interview. We at Mondo Metal wish Insulter a great comeback show and a long and solid career!
Posted by Redação Mondo Metal On March - 20 - 20131 COMMENT
Sylvia Sussekind, especial para o Mondo Metal
A banda finlandesa The 69 Eyes acaba de confirmar 2 shows no Brasil em outubro. A banda toca no dia 5, em São Paulo e no dia seguinte, no Teatro Odisséia, no Rio de Janeiro. Formado por Jyrki 69 (vocal), Bazie (guitarra), Timo – Timo (guitarra), Archzie (baixo) e Jussi 69 (bateria), o quinteto traz influências de bandas como Mötley Crüe, Hanoi Rocks, The Mission e Sisters of Mercy.Nos últimos anos, com o lançamento do álbum Back in Blood o som da banda voltou um pouco as origens, embora o imaginário gótico e temas líricos permaneçam em seu estilo.
O álbum mais recente – X – lançado em 2012, é o 10º de estúdio (15º, se somados ao vivo e compilações oficiais). O grupo lançou dia 1° de fevereiro via ITunes seu mais novo EP intitulado “Love Runs Away”. O trabalho inclui o single “Love Runs Away”, além das inéditas: “Roasary Blue” e “Dracula’s Castle”.
Posted by Redação Mondo Metal On March - 20 - 20131 COMMENT
Redação Mondo Metal
À partir de hoje o Mondo Metal passa a contar em sua capa principal com o “Vídeo da semana”, que consiste em selecionar e destacar um clipe de banda nacional ou estrangeira por um período de sete dias. O destaque já acontecia na prática, mas não havia limite de tempo para que o clipe ficasse no ar (poderia ficar por dois dias ou duas semanas). Agora, toda semana, o Mondo Metal terá um vídeo novo selecionado por sua equipe em sua página principal.
Nesta primeira semana destacamos o clipe da música Doomed, da banda paulista Goatmantra. A faixa faz parte do novo álbum, de mesmo nome, lançado este mês. No próximo programa Mondo Metal pela Elo FM, 87,9, você vai poder conferir uma faixa da banda.
Posted by Redação Mondo Metal On March - 19 - 2013ADD COMMENTS
Holy shit!
Sempre quando falamos em Noruega, fatalmente a cena black metal vem à mente. E não é por menos, já que hordas do porte de Mayhem, Emperor, Burzum, entre outras, elevaram o estilo musical para um patamar filosófico e atuante. Dentre os esquadrões, na opinião deste jornalista, o mais poderoso, portentoso e vibrante é o Darkthrone. Só que Gylve “Fenriz” Nagell e Ted “Nocturno Culto” Skjellum, desde a primeira metade do novo século, não fazem mais aquele som tão agradável ao Tinhoso e seus admiradores. Uma pena? Os mais xiitas podem dizer que sim. Entretanto o que faz a dupla escandinava ser a mais forte de toda a Europa, no quesito música extrema, é a paixão pelo som, qualidade, e o botão do “fodas” sempre acionado. Os dois começaram death, tiveram a fase mais emblemática (e a melhor, concordo) no BM, depois flertaram abertamente com o punk e, principalmente, o speed. The Underground Resistance, lançado neste ano, é mais um capítulo dessa nova fase, iniciada com o curioso The Cult is Alive, de 2006. Uma relação visceral com estilos paralelos ao black metal, porém sujos, toscos e extremos quase na mesma proporção.
Como de praxe, Fenriz segurou a onda nas baquetas e enveredou nos vocais, enquanto Nocturno gravou as linhas de guitarra, baixo, e demarcou território com sua voz rasgada na maioria dos petardos. Dead Early abre o play com o já tradicional speed adotado pela dupla há anos, mostrando qual a tônica do trampo. É levantar o punho, com o caneco de cerveja e celebrar! Na sequência, um dos trabalhos mais bacanas do cancioneiro darkthroniano, peróla que pertence ao panteão de hinos, como Transylvanian Hunger, Under a Funeral Moon, Quintessence, Lifeless, dentre outros. Clean voice para Fenriz cantar Valkyrie. Intro no violão, levada pra banguear e um refrão de encher os olhos de lágrimas até do truzão mais neanderthal, a melhor do disco!
Lesser Men evidencia uma influência suíça, Celtic Frost para ser mais preciso, entretanto um pouco inferior às outras músicas. The Ones You Left Behind é marcada pelos vocais épicos e toda aquela aura beligerante – foda! Já Come Warfare, The Entire Doom é a que mais remete ao passado da dupla, lembrando (um pouco) as saudosas bases de black metal que os colocaram em posição invejável na cena. Para encerrar, Leave No Cross Unturned, com quase 14 minutos do mais puro speed metal, cheia de variações, música pra abrir roda e chapar muito maluco por aí. Que refrão bacana pra cantar, cacete!
Como os seguidores de longa data sabem, a grande lástima na história desse duo é que apresentações ao vivo são muito raras. Fenriz, o Midas, não gosta de turnês, ele prefere os recônditos de Oslo e o trabalho que exerce há quase 25 anos nos correios de seu país. Não dá pra reclamar, tudo que o cara toca vira ouro – vide Storm e Isengard, por exemplo. Ted Nocturno, quando sobe ao placo, é sempre com um chegado, como os caras do Satyricon. Por isso, quando falo que Darkthrone é a grande banda de música extrema da Europa, levo em consideração apenas o que é feito em estúdio.
Eric Cutler (Authopsy), via Facebook, classificou Resistance como o melhor disco da carreira dos caras. Tudo bem, gosto é subjetivo mesmo. Mas não há como negar que este é um trabalho muito interessante, com canções maravilhosas, e outras nem tanto. A cada burburinho que acontece sobre algum lançamento, fica a esperança de um novo clássico do black metal, tipo Transilvanian, Under ou Goatlord, o que não acontece. Não obstante a frustração, é possível curtir da mesma forma, tamanha a qualidade dos trampos alheios à obscuridade. O underground norueguês permanece resistente. Hail!
Darkthrone – The Underground Resistance Peaceville Records, 2013
1 – Dead Early
2 – Valkyrie
3 – Lesser Men
4 – The Ones You Left Behind
5 – Come Warfare, The Entire Doom
6 – Leave No Cross Unturned
Posted by Redação Mondo Metal On March - 17 - 2013ADD COMMENTS
Christiano Gomes
A banda de post-metal alemã The Ocean (ou The Ocean Collective, como gosta de ser chamada) acaba de divulgar a faixa “Bathyalpelagic II: The Wish in Dreams”, a primeira de seu mais novo álbum Pelagial (sexto full-lenght e décimo trabalho de estúdio). Considerado o trabalho mais denso da banda, Pelagial é tido como uma viagem musical progressiva do sexteto alemão.
Concebido para ser tocado como uma faixa única de 53 minutos de duração, o novo álbum será lançado na Inglaterra no dia 29 de abril em vários formatos. Além dos já tradicionais vinil, digipack, boxset mesclando CD e vinil, CD duplo e CD normal e também de versões exclusivas, limitadas e numeradas com arte de capa alternativa, Pelagial terá ainda uma versão totalmente instrumental.
Também está planejado o lançamento de um DVD contendo uma versão em 5:1 dolby surround do álbum instrumental e o filme “Pelagial Movie” do diretor Craig Murray (Nine Inch Nails, Converge). O filme é uma jornada visual por dentro da concepção deste que promete ser um dos álbuns mais complexos de 2013.
A banda vai apresentar todas as faixas do novo álbum ao público inglês em um show no dia 14 de abril, na casa de shows The Borderline, em Londres.
Confira o track-list do novo álbum
1. Epipelagic
2. Mesopelagic: The Uncanny
3. Bathyalpelagic I: Impasses
4. Bathyalpelagic II: The Wish in Dreams
5. Bathyalpelagic III: Disequillibrated
6. Abyssopelagic I: Boundless Vasts
7. Abyssopelagic II: Signals of Anxiety
8. Hadopelagic I: Omen of the Deep
9. Hadopelagic II: Let Them Believe
10. 10 Demersal: Cognitive Dissonance
11. 11 Benthic: The Origin of Our Wishes
Ouça a faixa Bathyalpelagic II: The Wish in Dreams