Thursday, November 21, 2024

Cavalera Conspiracy e Black Label Society: temporada de peso em BH

Posted by Redação Mondo Metal On November - 29 - 2012 ADD COMMENTS

 

Lucas Buzatti

 

Enquanto a imponente fila de headbangers dobrava a esquina da Avenida do Contorno, irritantes pingos d’água prenunciavam uma pequena pegadinha do Mallandro dos céus naquela sexta-feira, 16 de novembro. A aguaceira caiu de repente, dissipando muitos camisas-pretas que correram para se esconder, enquanto alguns guerreiros do metal permaneciam de pé, incólumes, como sentinelas. Cinco minutos depois, a chuva cessou, o céu se abriu e a fila, aos poucos, formou-se novamente. O que veio a partir daí foi uma noite histórica, que marcou a volta de Max Cavalera aos palcos de Belo Horizonte, com o irmão Iggor, após 18 longos anos. Com um show memorável, o Cavalera Conspiracy marcou o início da temporada de peso no Music ‘Hell, que recebeu Absu e Máster, no sábado, 17, e Black Label Society, na quarta-feira, 21.

 

A ansiedade pelo show do Cavalera Conspiracy em BH era grande e esquentou no dia do show, quando as datas da banda em Curitiba e São Paulo foram canceladas de supetão. O Mondo Metal se apressou em contatar a produção do evento, que garantiu o show na capital mineira, tranquilizando os headbangers e dando fim a especulações. Mas quem assistiu ao show por aqui constatou a improbabilidade de um cancelamento surpresa: para os Cavalera, não era somente um show, mas uma viagem de família, em que mataram a saudade da tia e de antigos amigos e puderam rever as ruas de Santa Tereza, onde tudo começou.

 

Com o guitarrista Marc Rizzo e o baixista Tony Campos, Max e Iggor comandaram, por uma hora e meia, uma grande festa do metal, que começou com três pauladas do CC: Warlord, Torture e Inflikted. Depois, foi a vez de um gigantesco moshpit eclodir no meio da pista com a execução de Refuse/Resist, que começou o revezamento entre músicas próprias, como Terrorize, Killing Inside e Blunt Force Trauma, e clássicos do Sepultura – Territory, Arise, Dead Embryonic Cells, Desperate Cry, Propaganda e Attitude.

 

Em meio à multidão, um metaleiro resumia bem a sensação de quem não chegou a assistir o Sepultura com Max: “precisei ver seis shows do Sepultura para ver um show do Sepultura mesmo”. Que Derrick Green nos perdoe, mas a voz de Max Cavalera é insubstituível. Pode ter antipatia do cara, de sua esposa, discordar de suas atitudes e de sua postura, achar sua aparência atual bizarra, culpa-lo pelo “fim” da banda – tudo bem, direito seu. Mas negar que o Max é dono de um dos guturais mais marcantes do thrash metal é praticamente sandice.

 

Mais que isso, Max sabe fazer música pesada, assim como Iggor. E a ideia, pelo que parece, é perpetuar esse legado familiar – prova disso é a recorrente participação de Iggor Cavalera Junior e Richie, filho e enteado de Max, que se repetiu em BH, na música Black Ark. A ideia parece ser transformar os Cavalera numa espécie de Família Gracie do metal, tendo o CC como um ponto de encontro garantido para as novas gerações, uma espécie de centro de treinamento para os próximos músicos de metal da família.

 

Para deixar o show de BH ainda mais ímpar, Max convocou Jairo Guedz, o primeiro guitarrista do Sepultura, para tocar o hino Troops of Doom, do qual é co-autor. Impecável, a jam enlouqueceu os fãs, que já sabiam o que estava por vir: como não poderia deixar de ser, o grande hit Roots Bloody Roots fechou o setlist do show. Camisa do Atlético em punho, Max agradeceu a todos e sumiu rapidamente, frustrando fãs esperançosos que se amontoavam no acesso ao camarim. No ar, o zumbido dos ouvidos e a satisfação em ver Max Cavalera, enfim, voltar às suas raízes.

 

Leia também:
Master e Absu em BH: caos em meio ao caos

 

Cinco dias depois do Cavalera Conspiracy, lá estavam os headbangers ocupando a avenida novamente. Além da trégua da chuva, havia outra curiosa diferença na fila: dessa vez, as camisetas de banda eram menos heterogêneas e a logo motoqueira do Black Label Society se repetia em várias blusas e coletes, prova cabal de que a banda de Zakk Wilde já conquistou um público fiel e devotado. Fenômeno das seis cordas, o pupilo de Ozzy Osbourne (conhecido pela aptidão em descobrir e projetar grandes guitarristas) mostrou pela primeira vez na capital mineira a qualidade de sua banda, que já soma 11 anos de estrada.

 

Em BH, o grupo contou com uma estrutura de som invejável, com direito a uma parede formada por 16 amplificadores Marshall, o que talvez justifique o atraso de duas horas do show. Afinal, Zakk Wilde é, sem dúvida, um grande profissional. O músico não é lá dos mais simpáticos e falantes, mas faz seu trabalho com maestria, cantando e até tocando piano com a mesma seriedade e foco com que tira solos alucinantes de sua guitarra. Além de contar com um time diferenciado de bons músicos: Nick Catanese (guitarra), John DeServio (baixo) e Chad Szeliga (bateria).

 

Sem muito papo, Wilde abriu o show com Godspeed Hell Bound, do último disco de inéditas da banda, Order of the Black, de 2010. Cantada em uníssono pelos headbangers que enchiam novamente o Music ‘Hell’, a música antecedeu outra pedrada, Destruction Overdrive.  Não demorou muito para chegar um dos momentos mais aguardados dos shows do Black Label Society, quando Zakk Wilde deixa a guitarra de lado e senta-se ao piano para tocar In This River. A melancólica balada foi composta em homenagem a outro medalhão da guitarra e ícone do metal, Dimebag Darrel, assassinado em 2004.

 

Orgulhoso, Wilde apresentou sua banda e brindou a todos com uma cerveja sem álcool (ele foi diagnosticado com uma rara doença genética no sangue em 2009 e segue em tratamento). O Black Label Society ainda destilou músicas simbólicas, como Overlord, The Blessed Hellride e a trinca que finalizou o show: Suicide Messiah, Concrete Jungle e Stillborn. Aliviando muitos fãs, o tradicional solo de guitarra, repletos de “gritos” e viradas, também teve espaço garantido. Enfim, um show para fã nenhum botar defeito.

 

O ogro loiro do metal se despediu, levando as duas mãos ao peito como um gorila, em cumprimento ao público mineiro. Meio redneck e mal encarado demais, mas totalmente competente. Esse é Zakk Wilde.

 

Set-list Cavalera Conspiracy
Warlord
Torture
Inflikted
Refuse/Resist
Sanctuary
Terrorize
Territory
Killing Inside
Blunt Force Trauma
Black Ark
Arise / Dead Embryonic Cells
Desperate Cry / Propaganda
I Speak Hate
Attitude
Troops of Doom
Roots Bloody Roots

 

Set-list Black Label Society
Godspeed Hell Bound
Destruction Overdrive
Bored to Tears
Berserkers
Bleed for Me
The Rose Petalled Garden
Piano Solo
In This River
Forever Down
Guitar Solo
Parade of the Dead
Overlord
The Blessed Hellride
Suicide Messiah
Concrete Jungle
Stillborn

Master e Absu em BH: caos em meio ao caos

Posted by Redação Mondo Metal On November - 29 - 2012 3 COMMENTS

 

Oswaldo Diniz

 

Os headbangers de Belo Horizonte ainda se recuperam do caos sonoro instaurado na cidade, no fim de semana passado. Tudo começou na sexta-feira, 16, quando Max Cavalera, após 18 anos, retornou ao seu berço natal para apresentar o que ainda sobra de Sepultura na realidade – entenda Cavalera´s Conspiracy. Não obstante o fato histórico, foi na noite seguinte que o público teve um dos melhores shows do ano por aqui. Claro, música extrema. As bandas norte-americanas, Master e Absu, compareceram ao Music Hall para destilar composições sui generis do death metal.

 

Se na sexta a casa estava lotada, no sábado o público era inversamente proporcional. Os mesmos gatos pingados de sempre, que ajudam como podem na manutenção dos grandes shows na capital. Nunca cansarei de enaltecer o brio e a garra desses, na maioria trintões, quarentões, que sempre estão com suas roupas pretas, nem tão sujas hoje (talvez a esposa lave), mas já com as rugas profanas no rosto, cabelos agrisalhando – ou desaparecendo – presentes inevitavelmente dados pela vida. São estes caras que movimentam a cena, indo aos shows e acompanhando seus ídolos de décadas. Quantitativamente pouco, mas sobrando em qualidade. All hail…

 

Antes dos shows começarem, claro, o comentário que imperava lá fora era sobre o evento da noite anterior. Opiniões divididas, paradigmas embasados,  temperados com o mais puro recalque de longa data, predominavam nas rodinhas. Mas uma ideia foi coletiva. Era impressionante como surgiram bangers para assistir a Max e Cia, se metade desse público comparecesse sempre às apresentações de metal na cidade, putz, mais bandas bacanas tocariam. Uma pena lamentar que o oba-oba existe em todos os lugares – claro, salvaguardando aqueles que não tinham grana para arcar com os dois dias e foram obrigados a escolher um. Parcela que não acredito ser muito grande.

 

Terminados os desabafos de praxe, vamos à pancadaria. Se Lemmy Kilmister tivesse nascido no leste europeu, e fosse um pouco mais “evil”, provavelmente ele seria o fundador do Master. Isto porque Paul Speckmann (baixo, vocal), Zdeněk Pradlovský (bateria) e Alex Nejezchleba (guitarra) não tiram o pé do freio e abusam da velocidade. Com a faixa que leva o nome da banda, teve início uma sessão que mais remete a uma tortura chinesa inversa: não a gota que pinga na testa do indivíduo paulatinamente, até o infeliz perder a sobriedade. O camarada é jogado direto no lago Guanqiao, um dos mais poluídos do país “amarelo”. Como resultado, um delicioso afogamento sonoro proporcionado pelo trio, composto por um tcheco, um eslovaco e o líder Paul, americano que mora na República Tcheca há alguns anos.

 

Judgment of Will mostra como o baterista de nome esquisito estava disposto a provar a resistência dos bumbos. Um repique constante que fatalmente ordenava o pescoço a movimentar-se freneticamente. Interessante que, no final da música, uma das cordas de Paul arrebentou-se e o barbudo ficou a ver navios,  o roadie não estava por perto. Era engraçada a cara de desespero do já coroa. A porrada seguiu sem baixo, depois, Zdeněk improvisou um considerável solo até que o problema resolvesse.

 

Bacana também citar que os caras não estavam apenas interessados em tocar death metal à velocidade da luz. Em dois momentos os músicos faziam pequenas jams, cada um explorando o instrumento sem muita preocupação com o peso, que naturalmente era presente. Neste ano foi lançado mais um disco da banda, The New Elite. Mas não dá pra dizer que era uma turnê de divulgação do trampo, apenas uma canção foi executada – Smile as You´re Told. Assim como outras esquadras épicas que debutam em BH, o set permeou nos discos mais emblemáticos, especialmente o primeiro, homônimo. Que sirva de exemplo The Unknown Soldier, que parece ter ficado mais rápida ao vivo, talvez reflexo do novo século. Petardo maravilhoso. Pay to Die encerrou um puta show de death metal, rápido, coeso e visceral. Vale destacar a postura de Paul, vibrando mais que o normal e fazendo caras e poses de quem realmente curtia o que estava tocando.

 

Era chegada a hora da atração principal. Após uma especulação anos atrás, e o cancelamento de um show em 2012, eis que o trio maldito do Texas aportava em paragens mineiras. Pareceu uma gestação de elefante o tempo de espera dentre o evento anunciado e a data em questão. E não era por menos. Russ R. Givens (Proscriptor McGovern, bateria/vocal) Paul Williamson (Ezezu, baixo/vocal) e Matt Moore (Vis Crom, guitarra) compõem uma amálgama violentamente psicodélica que navega entre death, black e thrash metal. Um estilo que eles gostam de nomear como “Metal Oculto e Mitológico”, por causa do envolvimento do fundador, Proscriptor, com o Ocultismo e a mitologia antiga – celta, suméria e mesopotâmica.

 

E logo de cara uma porrada pra mostrar que ninguém estava de brincadeira. Apzu, do maravilhoso Sun of Tiphareth, abriu o concerto com seus mais de onze minutos muito bem executados. Bacana os caras lançarem um som desse porte já na entrada, enquanto os instrumentos são testados a posteriori. A seqüência também foi a mesma do Tiphareth, Feis Mor Tir Ná N´og, quem dera se o disco fosse executado na íntegra. Mas foi bom também não ter acontecido, pois o repertório do Absu é lotado de maravilhas do cancioneiro extremo. Proscriptor saúda o público mineiro, com o mesmo timbre de voz que canta, acintosamente esganiçado. E não estamos falando aqui de um reles movimentador de caixa, pratos e baquetas. O gringo domina muito bem o kit, com variações precisas, equilíbrio cirúrgico entre o diafragma e os bumbos, deve exigir muita prática conciliar a prática de baterista com a voz. Mesmo se não cantasse, o cara já era foda. Não é por amizade que ele fez audição com o Slayer, antes do mestre Lombardo retomar o posto do qual nunca deveria ter saído. No sábado, durante todo o espetáculo (sim, foi mesmo) o baterista dividia a função de vocalista com Ezezu – que a cumpria com excelência.

 

Assim como o Master, apenas um tiro do mais recente disco, Abzu (2011) foi dado – Earth Ripper. Assim como em músicas de álbuns anteriores, Proscriptor demonstra sua admiração pelo Sárcofago, já que os gritinhos do início remetem aos que Wagner dava com sua banda, ainda nos anos de 1980. Swords and Learther e Morbid Screams fizeram este jornalista voltar quase dez anos, quando apresentava um programa e tocava música extrema em uma rádio comunitária, que só pegava em dez quarteirões do bairro e tinha, em média, seis ouvintes “true”.

 

Em vários momentos, Proscriptor dava a entender que estava muito empolgado com a apresentação. Subia no kit, falava algumas coisas ininteligíveis, mas sempre de forma enfática, vibrante.  Não sei se foi impressão minha, mas achei que, durante boa parte do show, a guitarra estava um tom abaixo do normal. Coincidência ou não, The Third Storm of Cythraul, o terceiro disco deles, tem o mesmo detalhe. E foi deste álbum que saiu um dos melhores momentos: Highland Tyrant Attack, um tirambaço cheio de passagens rápidas, variações e um final apoteótico. Após um rápido intervalo, Pillars of Mercy e Never Blow Out the Eastern Candle encerram o set de forma estonteante.

 

Muito se fala sobre uns trampos bem boyolas que Proscriptor fez nesta década. Uma parada eletrônica, cujas fotos de divulgação fariam Clodovil revirar no caixão e ficar com vergonha de ter sido uma biba do mundo fashion. Não obstante o som ser uma porcaria mesmo, quem se ateve a esse colorido detalhe perdeu a hecatombe negra que o Absu trouxe para o público. Levando em consideração apenas a apresentação, arrisco a dizer que foi o melhor show do ano, até agora. Vamos aguardar o que o Vital Remains vai aprontar, no próximo dia 14 de dezembro.

 

Master
1 – Master
2 – Shoot to Kill
3 – Judgement of Will
4 – Broken Promise
5 – Submerged in Sin
5 – Smile as Your Told
6 – Jam
7 – Unknown Soldier
8 – Cut Thru the Filth
9 – Remorseless Poison
10 – Pay to Die

 

Absu
1 – Intro/Apzu
2 – Feis Mor Tir Ná N´og
3 – Night Fire Canonization
4 – Earth Ripper
5 – The Winter Zephyr
6 – Morbid Scream
7 – Intro/Manannán
8 – Vorago
9 – Swords and Leather
10 – The Coming of War
11 – Highland Tyrant Attack
Encore
12 – Tara/Pillars of Mercy
13 – Never Blow Out the Easter Candle

Instincted: metal e eletrônico sem se comprometer

Posted by Redação Mondo Metal On November - 28 - 2012 ADD COMMENTS

 

Head banging!

 

Christiano Gomes

 

A aposta na mistura da música eletrônica com heavy metal nem sempre é bem sucedida. A linha entre o bom e o ruim, o audível e o intragável é tênue e – se isso já não fosse suficiente – parte dos fãs de música pesada torce o nariz sem sequer ouvir o som da banda. É bem provável que o quinteto paulista Instincted, com pouco mais de três anos de estrada, sinta na pele este problema.

 

Formado por Rogerio Fergam (voz e samplers), Fabio Carito (voz e baixo), Rafael Sousa (voz e guitarra), Marcelo Bernat (voz e guitarra) e Roberto Santos (voz e bateria), o Instincted acaba de lançar seu primeiro álbum que bebe na fonte do eletrônico, mas não das vertentes tradicionais como o industrial que tanto agradam ao público de heavy metal e sim da música eletrônica pura com todos seus elementos. …Is all that I am é um EP de 5 músicas um tanto quanto corajoso!

 

A sequência de faixas é uma crescente com o melhor reservado para o final. O destaque do álbum fica justamente para as duas últimas faixas. Nameless God é pesada e tem uma levada eletrônica que remete ao trio paulista Individual Industry da já longínqua década de 90. Essencial Ignorance fecha o álbum como a melhor faixa, mas apesar disso poderia ser um pouco mais pesada.

 

…Is all that I am é um ótimo álbum de estreia. O quinteto foi até onde podia e arriscou na medida certa sem se comprometer. Um bom começo para um amadurecimento certo no futuro. Quem sabe não veremos um pouco mais de peso e ousadia já no próximo trabalho da banda?

 

Link:
www.facebook.com/Instincted
www.youtube.com/instinctedchannel

 

…Is all that I am

01. ImPULSEing
02. Undone
03. Redden the abbys between us
04. Nameless god
05. Essencial ignorance

 

O EP está disponível para download gratuito no site da banda. Clique para baixar: www.instincted.com

Exclusivo: Mondo Metal conversa com Zakk Wylde

Posted by Redação Mondo Metal On November - 19 - 2012 1 COMMENT

 

 

Christiano Gomes e João Renato Faria

 

Na próxima quarta-feira, os fãs mineiros de Zakk Wylde, o eterno guitarrista de Ozzy Osbourne, vão ter a oportunidade de conferir de perto pela primeira vez nos palcos de BH um show do Black Label Society. Com quase 15 anos de estrada e 12 álbuns, o grupo chega à capital mineira na turnê do disco The song remains not the same, lançado em 2011. A banda desembarca nesta terça-feira (20) no Brasil para uma série de cinco shows, começando por Porto Alegre, seguindo para Belo Horizonte onde se apresenta na quarta (21). Da capital mineira o quarteto segue para Fortaleza (23), Rio de Janeiro (24) e São Paulo (25) fechando a série de shows em solo nacional.

 

Na última semana o Mondo Metal conversou com Zakk Wylde que falou sobre Ozzy Osbourne, a popularidade do heavy metal, o próximo álbum e claro, sobre o set-list que a banda pretende tocar na turnê brasileira. A entrevista exclusiva com o líder do Black Label Society você confere agora:

 

Mondo Metal: Zakk, antes de mais nada obrigado pela entrevista ao Mondo Metal. A gente gostaria de começar te perguntando sobre a sua expectativa para os shows no Brasil.

Zakk Wylde: Sempre que me perguntam sobre como é tocar na América do Sul eu digo que há um sentimento maior de “família Black Label Society” aí! É sensacional. Os fãs são os melhores e eu sempre espero o melhor.

 

Mondo Metal: Porque você acha que o heavy metal continua a ser um estilo musical tão popular?

Zakk Wylde: É por causa da paixão que os fãs têm pela música. O metal é muito popular na Europa. Nos Estados Unidos é diferente, mas ainda assim é muito forte também.

 

Mondo Metal: Apesar do álbum mais recente ter sido lançado no ano passado, você já pensa no próximo?

Zakk Wylde: Não por agora, mas está na nossa agenda para 2014.

 

Mondo Metal: vocês estão há um ano com o Chad Szeliga na bateria. Como está sendo, ele já está entrosado com a banda?

Zakk Wylde: Sim. Ele está se adaptando muito bem e ele é parte da banda. Não há dúvida sobre isso.

 

Mondo Metal: O álbum The song remains not the same traz algumas versões acústicas do Order of the black. Como foi recriar estas músicas?

Zakk Wylde: Foi diferente de tudo que eu fiz até hoje e eu me orgulho do resultado final.

 

 

Mondo Metal: Você vai tocar na cidade natal do Sepultura. Você conhece alguma coisa de Belo Horizonte?

Zakk Wylde: Absolutamente nada!

 

Mondo Metal: Agora vamos falar sobre o repertório do show. Como vai ser o set-list? Vai ter mais músicas do Order of the black ou será mais equilibrado?

Zakk Wylde: Será bem dividido, vamos tocar um pouco de cada álbum lançado.

 

Mondo Metal: E para finalizar, uma pergunta que parece óbvia, mas que os fãs evidentemente querem saber: você pensa em voltar a tocar com Ozzy Osbourne um dia?

Zakk Wylde: Eu sempre converso com Ozzy e eu sou muito grato a ele por tudo que eu sou e tenho. O Black Label Society só existe por causa dele. Somos amigos e eu sempre estarei à disposição dele.

 

Agora é aguardar pelo show da próxima quarta-feira, no Music Hall. Se Zakk não conhece nada de Belo Horizonte, os fãs terão uma ótima oportunidade de não deixar ele se esquecer da terra do Sepultura!

 

Assista ao clipe de Suicide Messiah

Produção avisa: Cavalera Conspiracy confirmado em BH

Posted by Redação Mondo Metal On November - 16 - 2012 2 COMMENTS

 

Redação Mondo Metal

Para dar fim as especulações sobre a realização ou não do show da banda Cavalera Conspiracy em BH, o Mondo Metal falou diretamente com a produção do show que confirma que os irmãos Cavalera estão em BH desde o meio dia e vão se apresentar normalmente esta noite no Music Hall. A produção informou também que o BH receberá um show especial, diferente dos demais e que todo o equipamento de som foi trazido de fora do Brasil especialmente para a apresentação do Cavalera Conspiracy.

 

Os fãs mineiros podem portanto ficar tranquilos e se preparar para o maior show do ano!

Cavalera Conspiracy tem shows cancelados em São Paulo e Curitiba

Posted by Redação Mondo Metal On November - 16 - 2012 1 COMMENT

 

Redação Mondo Metal

 

Acaba de ser confirmado o cancelamento dos shows que a banda o Cavalera Conspiracy faria em São Paulo neste sábado (17) e em Curitiba no domingo (18). Os motivos ainda não foram divulgados. O Mondo Metal entrou em contato com a casa de shows Via Marquês, em São Paulo, que confirmou o cancelamento da apresentação da banda de Max e Iggor Cavalera. Segundo a casa a produção local cancelou nesta tarde o show e não deu maiores explicações. O site responsável pela venda de ingressos na capital paranaense também já informa sobre o cancelamento.
[UPDATE]
A produção de Belo Horizonte acaba de confirmar a apresentação dos irmãos Cavalera. A banda chegou na capital mineira ao meio dia desta sexta-feira, após a apresentação no Rio de Janeiro e já se prepara para o show desta noite.

 

Novas informações a qualquer instante.

Hammurabi: official bootleg em Cuiabá

Posted by Redação Mondo Metal On November - 15 - 2012 ADD COMMENTS

 

Holy shit!

 

 

Christiano Gomes

 

Antes tarde que mais tarde, já dizia um velho amigo. Ainda no primeiro semestre de 2012 os mineiros do Hammurabi lançaram o álbum Burning in Cuiabá, um bootleg oficial gravado ao vivo na capital matogrossense no ano anterior, em meio à turnê da banda pelo Centro-Oeste. A ideia nasceu quase que sem querer, relembra o vocalista e guitarrista Daniel Lucas: “o técnico de som que estava para trabalhar conosco em Cuiabá tinha todo o arsenal (para a gravação) e perguntou se tínhamos interesse. Resolvemos fazer!” O show aconteceu no Caverna´s Pub, uma tradicional casa de shows cuiabana que sempre recebe bandas underground.

 

Registro feito, a banda acabou optando por um formato bastante conhecido e difundido no exterior: o “official bootleg”, um registro ao vivo, cru e sem pós-produção lançado gratuitamente pela própria banda. “Como não tivemos preparação anterior de equipamentos, performance, etc, chegamos a este formato e achamos que o lançamento teria como melhor caminho a web e o download gratuito” concluiu o guitarrista.

 

O álbum não é um registro completo do show. O EP de cinco faixas abre com a instrumental Obliteration of Mankind e logo depois as pancadarias Blessed by Hate, Submersos, Highway of Death e The End is Near. Apesar de curto, o álbum contempla todas as fases da banda. Nele estão músicas dos dois álbuns de estúdio – Shelter of Blames (2008) e The Extinction Root (2010) – além da demo Submersos, de 2006. A qualidade de som, não é exatamente o ponto alto do disco, mas essa foi justamente a proposta da banda para Burning in Cuiabá: som original e sem retoques posteriores, tal qual os fãs do Centro-Oeste puderam conferir na apresentação.

 

Burning in Cuiabá está disponível para download gratuito no site da banda, que encerra o ano fazendo a produção de seu próximo clipe, highway to death, já em fase de edição. “Highway of Death é uma música que possui uma crítica muito forte e esperamos que as pessoas se atentem mais para o trânsito e estejam mais conscientes. Nós mesmos já sofremos um acidente nela quando estávamos a caminho de um show em Marília/SP. Com imagens reais cedidas por algumas TVs esperamos tratar este assunto de maneira bem direta”, completa Daniel Lucas.

 

Burning in Cuiabá

01. Obliteration of Mankind
02. Blessed by Hate
03. Submersos
04. Highway of Death
05. The End is Near

Exclusivo: Iggor revela detalhes sobre o show do Cavalera Conspiracy

Posted by Redação Mondo Metal On November - 15 - 2012 1 COMMENT

 

Redação Mondo Metal

 

Já se vão 18 anos da apresentação do Sepultura com o Ramones no Parque da Gameleira. O hoje lendário show seria a última vez que os irmãos Max e Iggor Cavalera tocariam juntos na cidade onde nasceram e que viu o Sepultura dar seus primeiros passos rumo ao sucesso mundial. A saída de Max em 1996 separou os irmãos, que só voltaram a se falar dez anos depois. Na sexta-feira, a espera dos fãs vai ter fim com o show do Cavalera Conspiracy, banda que Iggor formou com Max em 2007, depois que o baterista também deixou o Sepultura.

 

Figura frequente nos inferninhos com o projeto de música eletrônica Mix Hell, Iggor disse não acredita que Max vai ter tempo de matar as saudades de BH, revelou como é feito o setlist da banda e adiantou que pode acontecer algo especial no palco do Music Hall.

 

Mondo Metal: Iggor, há 18 anos você não toca em BH com o Max. Qual é o sentimento que você tem de voltar a se apresentar em BH com seu irmão?

Iggor Cavalera: Acho que vai ser legal, estamos super animados, há um tempo estamos tentando essa turnê. Antes a gente conseguiu só alguns shows, o do SWU e a abertura para o Iron Maiden. Então essa excursão é uma coisa que eu já vinha querendo há algum tempo, um espaço maior para o Brasil, por que as datas lá fora acabam tomando todo nosso tempo. Se não bater o pé, já era, Europa e Estados Unidos levam a agenda inteira.

 

Mondo Metal: Tem um gosto especial, por ser essa volta para BH?

Iggor Cavalera: A gente tem uma história meio maluca com BH, porque é a nossa terra natal mas não tem aquela coisa de que eu vivi a vida inteira aí. Nós moramos em São Paulo, e quando nosso pai morreu, voltamos para BH. Aí montamos o Sepultura e fomos para São Paulo de novo, antes de ir para o exterior. Então é isso, ir e voltar, uma coisa meio nômade mesmo. Claro que tem o lance de que estávamos em BH quando tudo começou, mas não somos igual o Lô Borges, por exemplo, que tem essa mineiridade enraizada, somos meio nômades.

 

 

Mondo Metal: Como vai ser o repertório? Mais focado no Blunt Force Trauma ou equilibrado entre o disco novo, o Inflikted e as versões do Sepultura?

Iggor Cavalera: O repertório é sempre bem pensado. A gente dá uma estudada em cima em cima de tudo que fez, nas coisas que fizemos na nossa história. Então acaba que mistura, foge do Cavalera Conspiracy e do Sepultura. Tem covers, tem o Nailbomb, entra de tudo.

 

Mondo Metal: Vocês já sabem, então, o que vão tocar em BH?

Iggor Cavalera: Não, a gente resolve o setlist uma hora antes do show, sempre. Eu sento com meu irmão e a gente bate o martelo e vê o que vai tocar na hora mesmo. E os outros caras têm que ficar ligados, por que eles têm que se virar para lembrar as músicas. É quase um desafio para eles.

 

Mondo Metal: Por ser o show em BH, vcs estão preparando alguma surpresa ou participação especial?

Iggor Cavalera: Pode ter um elemento surpresa sim. Se eu contar, estragaria, mas eu acho que pode pintar alguma coisa interessante no palco. Até por que vai ter um monte de gente das antigas lá.

 

Mondo Metal: Sei que você vem bastante para BH com o Mixhell. Mas o Max não vem há esse tempo todo. Você acha que ele vai se assustar com as mudanças da cidade?

Iggor Cavalera: Eu acho que ele não vai nem ver. Nosso tempo vai ser muito curto, acho que ele vai ver muito pouco pra tomar esse susto. Ele ia precisar de pelo menos uns dois dias pra assimlilar o que mudou, mas a rotina é carro, aeroporto, hotel, casa de show. Então não sei se ele vai conseguir ver isso. Eu consigo por que vou mais, sei que é brutal o tanto que BH cresceu, é uma das maiores cidades do país em termos culturais. Mas acho que só de pisar em BH de novo ele vai tomar um patada por que está tudo muito grande na cidade.

 

Assista ao clipe de Killing Inside

Malevolence: novo single dos portugueses é furioso

Posted by Redação Mondo Metal On November - 14 - 2012 ADD COMMENTS

 

 

Holy shit!

 

Christiano Gomes

 

Slithering é o primeiro single retirado do álbum Antithetical, terceiro trabalho de estúdio dos portugueses do Malevolence. Após uma introdução digna de filme de suspense (curta, porém assustadora), um tenebroso “welcome” sussurrado convida o ouvinte para 3 minutos de muito peso e velocidade. Slithering é impressionante! Um verdadeiro massacre sonoro que não dá um segundo sequer de descanso aos ouvidos. E isso não é exagero! A bateria do belga Dirk Verbeuren é um dos destaques do single assim como o baixo de Aires Pereira que também responde pelas 4 cordas do Moonspell.

 

Após um hiato de 10 anos sem se apresentar ao vivo – e 13 anos desde o último trabalho de estúdio – a banda retornou para a gravação de seu terceiro álbum, se onde saiu o single Slithering. Fruto da mente criativa do guitarrista e vocalista Carlos Cariano, que também assina a produção do álbum, Antithetical será lançado em 2013 e chega para provar que a música pesada em nosso país-irmão vai muito além dos velhos conhecidos do Moonspell, mas isso é conversa para um outro momento.

 

 

 

Ouça um trecho do Programa Mondo Metal, da Elo FM, com a estreia da faixa Slithering

 

 

Conheça e entre em contato com a banda:
imalevolence.com
facebook.com/iMalevolence
twitter.com/malevolence_pt
soundcloud.com/malevolence_pt
imalevolence.bandcamp.com

Machine Head é banido (mais uma vez) da Disney

Posted by Redação Mondo Metal On November - 12 - 2012 ADD COMMENTS

 

Christiano Gomes

 

A notícia pode parecer piada, mas não é. A banda Machine Head foi impedida na última semana de se apresentar nas dependências da Disney. A direção do mega complexo de entretenimento proibiu o show da banda que aconteceria no dia 4 de dezembro na casa de shows House of Blues, em Orlando, sob alegação de que a banda tem “imagem violenta“ e apresenta “letras que inflamam a audiência“. Sobrou até para os fãs que foram considerados “indesejáveis”. Esta é a terceira vez que o Machine Head se vê impedido de se apresentar em uma casa de propriedade dos estúdios Disney.

 

Em nota publicada em seu site oficial, a banda lamenta o cancelamento do show e rebate as acusações dizendo que muitos dos filmes produzidos pelo estúdio também tem “imagens violentas” e letras (em suas trilhas) que “inflamam o público”. Lembra ainda, em tom irônico, que o filme Bolt tem na trilha sonora uma faixa dos ingleses do Motörhead, “provavelmente para atrair os mesmos ‘fãs indesejáveis’ aos cinemas”.

 

As bandas Dethklok, All That Remains e The Black Dahlia Murder que se apresentariam ao lado do Machine Head no House of Blues não tiveram problemas com a Disney e farão seus shows normalmente com as bençãos de Mickey Mouse!

 

Excesso de rigor, hipocrisia ou decisão acertada? Deixe sua opinião!

Review: The First of the Listeners, Recitations

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