Thursday, November 21, 2024

Krow anuncia gigantesca turnê europeia

Posted by Redação Mondo Metal On August - 29 - 2012 ADD COMMENTS

 

Christiano Gomes

 

A banda mineira Krow acaba de anunciar sua nova turnê pelo velho continente com início previsto já para o próximo sábado. O anúncio em cima da hora acabou acontecendo porque a banda preferiu ter todos os detalhes acertados antes de fazer o anúncio oficial. “Sabemos que uma galera vai ficar chateada por não termos avisado antes, mas preferimos ter algo concreto!”, afirmou o vocalista e guitarrista Guilherme Miranda.

 

O segundo giro europeu dos mineiros será extenso e terá pelo menos 50 shows. A turnê começa no dia 1º de setembro em Hamburgo, na Alemanha, e segue basicamente pelo leste europeu com algumas datas fora deste circuito. Na primeira parte da turnê o grupo se apresenta ao lado dos suecos do Undercroft, depois seguem como headliner com alguns support acts, voltam a abrir, agora para os veteramos do Sinister e novamente fazem mais alguns shows como headliner, no encerramento da turnê. Ao todo a banda deve passar por 20 países durante aproximadamente dois meses e meio de turnê.

 

Confira abaixo todas as datas do quarteto mineiro pelo velho continente:

 

01.09: Alemanha, Hamburgo
02.09: Dinamarca, Alborg
07.09: Suécia, Ulmea
08.09: Suécia, Stocolmo
12.09: Finlândia, Hämeenlinna
13.09: Finlândia, Helsinki
14.09: Finlândia, Kouvola
15.09: Rússia, São Petesburgo
16.09: Rússia, Pskov
18.09: Letônia, Riga
19.09: Lituânia, Alytus (Alytus in Rock Fest)
20.09: Polônia, Grudzi
21.09: Polônia, Lublin
22.09: Polônia, Poznan
24.09: Alemanha, Hamburgo
26.09: Holanda, Sittard
27.09: Holanda, Eindhoven
28.09: França, Lille
29.09: Holanda, Sittard
02.10: Alemanha, Lugau
04.10: Polônia, Szczecin
05.10: Alemanha, Wüzburg (Hell Inside Festival)
06.10: Alemanha, Dresden
09.10: Polônia, Bielsko Biala
12.10: Romênia, Petrosani
13.10: Romênia, Bucarest (Romanian Thrash Metal Fest)
14.10: Romênia, Bucarest
15.10: Romênia, Bucarest
16.10: Romênia, Bacau
17.10: Moldávia, Chisinau (Brutal Attack Fest)
18.10: Romênia, Iasi
19.10: Romênia, Cluj-Napoca
20.10: Romênia, Arad (Metal Attack Fest)
21.10: Hungria, Szeged
22.10: Hungria, (a ser anunciado)
23.10: Hungria, Budapeste
24.10: Sérvia, Belgrado
25.10: Romênia, Timisoara
26.10: Romênia, Brasov
27.10: Bulgária, Ruse
28.10: Bulgária, Burgas
30.10: Turquia, Istanbul
31.10: Grécia, Thesalloniki
01.11: Bulgária, Sofia
02.11: Macedônia, Skopje
03.11: Bósnia e Herzegovina, Sarajevo
07.11: Slováquia, Kosice
08.11: Polônia, Wroclaw
09.11: Alemanha, Halle
10.11: Polônia, Gary (Death Fest)
11.11: Alemanha, Berlin

Setembro Negro terá Gorgoroth, Autopsy e Keep of Kalessin

Posted by Redação Mondo Metal On August - 28 - 2012 3 COMMENTS

 

Christiano Gomes

 

O tradicional festival Setembro Negro chega mais uma vez a Belo Horizonte para uma noite regada ao melhor do Death e Black Metal. A 11ª edição do festival terá as bandas Gorgoroth, Autopsy e Keep of Kalessin.

 

Principal atração do festival, os noruegueses do Gorgoroth retornam ao Brasil na turnê do álbum Under the Sign of Hell, nono registro de estúdio do quinteto na ativa desde o início dos anos 90. No line-up a novidade é o vocalista Atterigner, que entrou no lugar de Pest (Thomas Kronenes), que por sua vez substituiu o lendário Gaal (Kristian Eivind Espedal) que deixou a banda em 2008 após assumir sua homossexualidade.

 

A segunda atração da noite será o quarteto norte-americano Autopsy. Apesar da banda estar na estrada a mais tempo que a atração principal, desde a década de 80, o show faz parte da turnê – apenas – do quinto álbum da banda, Macabre Eternal, lançado em 2011. Chegando pela primeira vez ao Brasil, o Autopsy é uma das bandas mais aguardadas do ano.

 

Abrindo a noite, os caçulas do Keep Of Kalessin, banda norueguesa que também toca no Brasil pela primeira vez. Para quem não se lembra, o Keep of Kalessin é aquele grupo que meteu “os pés pelas mãos” ao criticar o Sepultura em 2011 em plena turnê com o quarteto brasileiro pelos Estados Unidos. No episódio, o guitarrista Obsidian Claw usou seu blog para criticar os brasileiros e sugerir que o grupo estaria “tesourando” as bandas de abertura durante a tour. Alguns dias mais tarde, porém, desmentiu tudo e publicou nova nota dizendo que os brasileiros “pareciam ser caras legais”. Na época o Mondo Metal entrou em contato com o baixista Paulo Jr. que preferiu não polemizar. Agora chegou a hora da banda tocar na terra do Sepultura!

 

Mais de 20 bandas já passaram pelos palcos de Belo Horizonte nos onze anos de história do festival Setembro Negro, sem dúvida nenhuma um dos mais tradicionais do Brasil. Este ano os shows acontecem no Music Hall no dia 7 de setembro. O Setembro Negro Festival tem o apoio do Mondo Metal.

 

Setembro Negro Festival
Com as bandas Gorgoroth, Autopsy e Keep of Kalessin
Data: 7 de setembro
Local: Music Hall
Horário: 21 horas
Ingressos: R$ 40,00 (antecipados) e R$ 50,00 (na hora)*
* Valores de meia entrada
Vendas: Cogumelo, Patti Songs e www.ticketbrasil.com.br
Classificação etária: 18 anos
Informações: (31) 3222-6283 e 3224-0493

Sepultura retorna ao brasil após longa turnê europeia

Posted by Redação Mondo Metal On August - 23 - 2012 ADD COMMENTS

 Sepultura ao vivo no Blodstock Festival, o maior festival independente da Inglaterra

 

Christiano Gomes

 

Um retorno aos velhos tempos. Assim pode ser classificada a recente turnê européia dos brasileiros do Sepultura nos últimos dois meses. Com um disco muito bem recebido pela imprensa especializada e pelos fãs, a banda fez um longo giro pelo velho continente tocando em Portugal, Grécia, Suécia, França, República Tcheca, Suíça, Itália, Espanha, Bélgica, Áustria, Romênia, Hungria, Reino Unido e Alemanha.

 

A turnê começou com o show no Rock in Rio Lisboa ao lado dos percussionistas franceses do Tambours du Bronx, que também estiveram presentes na apresentação que o quarteto brasileiro fez no Wacken Open Air, na Alemanha, no maior festival open air do mundo.

 

Em entrevista ao programa Mondo Metal na Elo FM, logo após o lançamento de Kairos, Paulo Jr. fez questão de afirmar que a banda estava de volta as paradas norte-americanas graças ao novo disco, como só havia acontecido antes com o multi-platinado Roots.

 

Apesar da longa turnê europeia, a banda terá pouco tempo para descansar e já retorna aos palcos no início de setembro em Suzano/SP. Ainda em setembro a banda se apresenta no Porão do Rock, tradicional festival da capital federal.

 

Confira a banda ao vivo na apresentação do Wacken Open Air:

De volta à BH, Marduk e Enthroned agradam público mineiro

Posted by Redação Mondo Metal On August - 21 - 2012 1 COMMENT

 

Oswaldo Diniz

 

O segundo domingo deste mês, 12, Dia dos Pais, foi marcado pela visita de alguns filhos do cramulhão à Belo Horizonte. A banda Marduk veio para destilar o melhor do veneno profano criado pelo black metal. A apresentação fez parte da turnê de divulgação do último disco, Serpent Sermon, lançado recentemente. O evento, ocorrido no Studio Bar, teve como convidado outro expoente europeu, os belgas do Enthroned, ainda divulgando o trabalho deste ano, Obsidium.

 

Para os bangers que acompanham a cena há alguns anos, não havia nenhuma atração debutante na cidade. Pelo contrário, as duas esquadras já visitaram a capital diversas vezes. Inclusive o recorde de banda gringa em BH, contando este último show, pertence ao Marduk. Foram cinco vezes presenteando os mineiros com a mais sincera e barulhenta blasfêmia. A novidade está mais associada ao local onde os caras tocaram. É muito raro o Studio Bar ceder espaço para o metal, especialmente a música extrema. Uma jogada legal da produção, talvez visando minimizar os gastos, ter escolhido um espaço menor que o de praxe. Se fosse no Music Hall, onde é de costume rolar esses tipos de shows, seria um fiasco visual. Pelo menos no Studio deu impressão de casa cheia, mesmo com umas 100 pessoas nele.

 

Como registro, vale citar a postura do pessoal da Cogumelo, um dos envolvidos na logística da noite, checando o ingresso de cada um na entrada. E não é fritação, exagero, trata-se de apenas uma medida de segurança. Alguns shows atrás, ainda no Music Hall, um espertinho tentou entrar com ingresso falso. Tá de sacanagem, o infeliz. Nos últimos anos vem sendo tão difícil ter um público razoável na cidade, e ainda vem um babaca e tenta diminuir o retorno pecuniário de quem se dispõe a organizar a parada. Pelo menos não houve registro de fraude desta vez. Mas é bom saber que tem gente de olho…

 

 

Falando de música, o tom da noite foi o mais genuíno e maldito black metal. Nos anos de 1980, quando o heavy metal consolidou-se como fenômeno juvenil mundial, muitos dos seus filhos nasceram. O mais profano veio do entroncamento de bandas como Bathory, Hellhammer, Venom e Bulldozer. Gritos de dor, de escárnio e conjuração, aliadas a rápidas paletadas e batidas desconcertadamente rápidas. Na parte lírica, cantos de amor ao capeta em profusão e algumas críticas também de cunho religioso. Mas é nos anos de 1990, com a segunda geração do black metal, que o subestilo ganhou força ideológica. Especialmente na Europa, mais especificamente nos países escandinavos. Para estes jovens iconoclastas não bastava cultuar o demo. Era necessária uma equação que pudesse ovacionar o sombrio, defenestrando tudo aquilo que fosse cristão. Alguns descerebrados resolveram queimar igrejas e se matarem. Outros, mais espertos, usaram a música em questão como o mecanismo de tortura.

 

A primeira horda a levantar o cálice endiabrado foi a Enthroned, tocando nestas paragens pela terceira vez. Nornagest (vocal), Neraath (guitarra), Phorgath (baixo), Garghuf (bacteria) e Noens (guitarrista convidado para turnês) realizaram uma verdadeira missa negra. O público ainda chegava quando rolava o primeiro petardo, Deathmoor. Porrada do novo disco, com muito headbanging, pedais duplos e celeridade nas seis cordas. Essa foi a tônica da apresentação; black metal coeso, tipicamente europeu. Um detalhe curioso é que, desde 2006, com a saída de Lord Sabathan, o quarteto não tem nenhum membro original na formação.

 

Mas isso não foi nenhum problema. Verdadeiros hinos dos países baixos, como Through the Cortex e Vermin, foram executados. Vale citar a postura do vocalista Nornagest, hoje com muito menos cabelo que outrora – mais uma vítima da crueldade imposta pelo tempo. Nas partes em que ele trocava os urros por evocações tipicamente eclesiásticas, o gordinho levantava a mão direita, com os dois dedos em riste, como se fosse um padre mesmo. Até água o músico “benzeu” e jogou na turma do gargalo. Black metal sem um pouco de teatro perde um tanto da sedução. Vale citar também a excelente dupla de guitarras, muito afiada, com poucos erros percebidos. A última pedrada foi a maravilhosa Evil Church, impossível não bangear nessa. Uma intro bem heavy tradicional, depois a blasfêmia e a velocidade imperam no mais puro ritmo do capeta. Mais uma apresentação de respeitos dos belgas.

 

 

Era hora dos gringos mais conhecedores de Belo Horizonte fazerem outra demonstração de seu arsenal sonoro. Morgan “Evil” (guitarra), Maguns “Devo” (baixo), Hans Daniel “Mortuus” e Lars Broddesson (bateria) completaram cinco visitas à cidade, um recorde. E o show foi o mesmo dos anteriores: brutal ao extremo. Quando falamos de tocar ao vivo, longe dos estúdios, o Marduk é um dos grupos com melhor performance. Os caras sobem ao palco e descarregam uma espécie de choque musical, ultra veloz. Apesar da turnê em questão ser do disco lançado este ano, Serpent Sermon, apenas duas faixas dele foram tocadas. O set revisitou toda a carreira dos suecos, desde o começo, quando o anticristianismo e o satanismo eram bem fortes, até um passado recente, quando a banda resolveu apostar em uma temática mais beligerante, falando de guerras e todo o horror que ela traz – claro, sem perder o vínculo com o tinhoso.

 

Mais uma vez o grande destaque fica por conta de Mortuus. O cara tem um par de cordas vocais que assustam. Quem ficou perto do palco sentia constantemente os tímpanos vibrarem intensamente, tamanha a força da garganta do vocalista. Sua postura em cena é praticamente perfeita, não somente o poderio com o microfone. A maneira de cantar, bangueando freneticamente, o canto com o corpo curvado, como se estivesse sofrendo para gritar, e a interação com o público fazem dele um frontman por excelência. Ninguém sente saudades do antigo vocalista, Legion, que, não obstante sua voz poderosa, saltitava no palco feito uma gazela ululante…

 

 

Verdadeiros socos sonoros no estômago, intercalados com intros, foram dados durante o show. Impressionantes como os caras conseguem transmitir toda a fúria e a velocidades dos álbuns para as execuções ao vivo. Lars parece ter três braços, um deles fica por conta apenas da caixa, nos blast beats frenéticos – enquanto os “outros” exploram o kit. Morgan, o grande cérebro do quarteto, consegue arrancar choros copiosos de sua guitarra, trazendo aquela sonoridade específica do black metal.

 

Quem foi teve a oportunidade de ouvir marcos emblemáticos do estilo, como Materialized in Stone, Throne of Rats e Bapstim By Fire. Quando eles tocaram Souls for Belial, do último trampo, a maquiagem facial de Mortuus já estava toda derretida – algo inevitável, eles não estão na Europa, certo? Em determinado momento de Panzer Division Marduk, um silêncio, seguido apenas de baixo e bateria. Na verdade, a intenção era que o público desse sequência na música, seguindo orientação de Mortuus. Mas não deu certo, os bangers ficavam apenas gritando o nome dele, repetidamente. Um mico justificável. Para encerrar, uma das mais belas representações do cancioneiro heterodoxo: Wolves. Show de black metal raramente tem uma roda tradicional, mas essa com certeza mereceria, pelo ritmo hipnotizante que possui. Era pra dançar mesmo. Ao final, o vocalista agradece o público e diz: “until next time, oh Hail!”. Alguém duvida?

 

Set list – Enthroned
1 – Deathmoor
2 – The Ultimate Horde Fights
3 – Sepulcred Within Opaque Slumber
4 – Through the Cortex
5 – Deviant Nerve / The Burning Dawn
6 – Obsidium
7 – Horns Aflame
8 – Radiance of Mordacity
9 – Petraolvm Salvia
10 – Vermin
11 – Under the Holocaust
12 – Evil Church

 

Set list – Marduk
1 – On Darkened Wings
2 – Nowhere, No-one, Nothing, Wormwood
3 – Serpent Sermon
4 – The Black Tormentor of Satan
5 – Still Fucking Dead (Here´s no Peace)
6 – Warschau 2: Headhunter Halfmoon
7 – Materialized in Stone
8 – Baptism by Fire
9 – Womb of Perishableness
10 – Souls for Belial
11 – Azrael
12 – Throne of Rats
13 – Panzer Division Marduk
14 – Wolves

Desalmado: brutalidade e peso no álbum de estreia

Posted by Redação Mondo Metal On August - 20 - 2012 1 COMMENT

 

Christiano Gomes

 

Depois do EP Hereditas lançado exclusivamente em vinil pela gravadora norte-americana Greyhaze Records, os paulistas do Desalmado chegam agora ao seu primeiro full-lenght, um verdadeiro trator sonoro produzido pelo ex-Sepultura Jean Dolabella.

 

Desalmado, o disco, é uma massa sonora impiedosa aos ouvidos. Grindcore de primeira grandeza que vem reforçar a fama do país como grande expoente do gênero. Em pouco mais de meia hora de música, Maria Piti (baixo), Estevam Romera (Guitarra), Caio Augusttus (voz), Ricardo Nutzmann (bateria) e Bruno Teixeira (guitarra) mostram influências que vão desde os brasileiros do Ratos de Porão aos mestres do death/grind mundial Napalm Death.

 

São 15 faixas que nunca ultrapassam os 3 minutos de duração, entre elas Cozido para Animais, versão da faixa Gekochte Für Tiere, da extinta banda alemã Japanische Kampfhörspiele, cantada em português, assim como todo o álbum.

 

Em 2011, ainda antes do lançamento do primeiro álbum, a banda se aventurou pela Europa dentro de uma van entre os meses de novembro e dezembro se apresentando em países como Portugal, Espanha, França, Holanda, Alemanha e Suíça. Uma turnê intensa por casas e palcos pequenos que deram à banda uma experiência que poucos grupos nacionais já tiveram oportunidade.

 

Recentemente os fãs mineiros puderam conferir o trabalho da banda paulista na abertura do show do Obituary, quando tocaram também com os norte-americanos do Acheron e dos mineiros do Impurity.

 

Desalmado é um álbum que impressiona por sua brutalidade e peso. Com gravação impecável, obra de Jean Dolabella, a banda dispara sua metralhadora giratória em letras fortes e diretas contra a igreja (Cegueira santa, Herege, Suicídio assistido, entre outras) e o caos social (Ódio instintivo contra a realidade, Penitência e subversão).

 

As letras em português, embora não muito comuns em nosso país, se encaixam perfeitamente na proposta da banda e são (sim!) um diferencial do Desalmado.

 

Apesar de ser lançado por uma gravadora norte-americana, vale lembrar que a Greyhaze Records é o braço da Cogumelo na América e o disco, portanto, está disponível na terra brasilis. E em breve o Mondo Metal publica uma entrevista com a banda que vai falar mais sobre o lançamento do seu álbum de estreia.

 

Sério candidato a melhor lançamento de 2012, Desalmado pode (com méritos) figurar entre os grandes álbuns do gênero no país. O tempo vai dizer.

 

Desalmado
Álbum: Desalmado
Gravadora: Greyhaze Records
Nota: 9

01. Sem Nome
02. Canibal Social
03. Delirio
04. Cegueira Santa
05. Todos Vao Morrer
06. Juizo Dos Fracos
07. Sofrer, Morrer e Apodrecer
08. Odio Instintivo Contra a Realidade
09. Falso Profeta
10. Herege
11. Ceifador
12. Penitencia e Subversao
13. Suicidio Assistido
14. Anticristo
15. Cozido Para Animais

 

Assista ao vídeo-clipe de Canibal Social

Um pequeno desabafo

Posted by Redação Mondo Metal On August - 17 - 2012 11 COMMENTS

 

Conrado Salazar, especial para o Mondo Metal*

 

Vai aqui um desabafo: seguidamente vejo pessoas em BH comentando que nenhum show internacional vem para a cidade, que não há espaço para isso na cidade. O mais engraçado, entretanto, é que essas mesmas pessoas nunca são vistas em show algum que rola por aqui. E eu sempre me questiono sobre o que acontece em BH. Acho que é uma discussão que vale ser levantada.

 

No último domingo, 12/8, mais uma vez, pude constatar isso. Show dos suecos do Marduk, uma das lendas vivas do black metal mundial, uma referência. Além disso, o show foi no Studio Bar, uma das casas mais legais e com melhor estrutura de BH, o ingresso num preço justo. E aí? Vazio! Com vazio quero dizer que não havia nem 400 pagantes.

 

Vale dizer o mesmo para outros shows que aconteceram na capital mineira: Mayhem, Obituary, Dark Funeral, dentre várias outras bandas de qualidade, com história e nome de peso no metal… Todos vazios.

 

Pessoas poderiam até me contradizer com o argumento de que são bandas de metal extremo, e essas não têm público. Mesmo que fosse essa a resposta, eu não concordaria. Belo Horizonte é, até hoje, reverenciada nacional e internacionalmente pela famosa cena de metal extremo dos anos 80 e 90, de onde nasceram grandes bandas como Sepultura, Sarcófago, Overdose, Chakal, The Mist, Witchhammer, Sex Trash, Holocausto, Sarcasmo, Divine Death, Patologic Noise. Para ilustrar isso, basta relembrarmos que, quando Silenoz, guitarrista do Dimmu Borgir, tocou em BH, em 2004, disse-se muito satisfeito por tocar na cidade que deu origem a uma das bandas que o influenciaram: Sarcófago. Chegou até mesmo a tocar com a camisa da banda liderada por Wagner Lamounier, como uma referência e homenagem. Isso sem contar inúmeras bandas estrangeiras que citam alguns desses mineiros em agradecimento nos seus CDs.

 

Mas não. Não é por ser metal extremo. Algumas das mesmas bandas de metal extremo que vieram aqui até meados da década passada tiveram shows bem cheios: Cannibal Corpse, Destruction e os próprios Marduk, Dark Funeral e Obituary aqui citados como shows vazios recentemente.

 

E não é apenas no metal extremo que isso ocorre. Basta lembrar o show do Whitesnake em 2008 no Marista Hall. Whitesnake, precisa dizer mais? Banda gigantesca, certo? Liderada por uma das mais bonitas e conhecidas vozes do rock’ n’ roll, por onde já passaram muitos membros com história. Banda que sempre figurou como das grandes do hard rock mundial. Pois bem, parece que em BH ela não é. O show estava MUITO vazio, e vazaram informações de que muitas cortesias foram distribuídas para que não se queimasse o filme dos organizadores com a banda.

 

E que tal Queensrych, uma das maiores referências do mundo no prog metal/metal melódico? Nem 300 pagantes.

 

E fica a pergunta: o que ocorre? Bandas consagradas, de renome, e os shows mantêm-se religiosamente vazios. Isso deixa produtores inseguros quanto a trazer shows, pois nunca se sabe o que esperar do público. Perdemos por duas vezes a chance de ter um Black Label Society na cidade. Perdemos a chance de o Dimmu Borgir voltar. Talvez tenhamos perdido a chance de ver um Immortal ou um Satyricon quando eles passaram pela primeira vez no Brasil, no ano passado.

 

Quando olhamos mais a fundo, vemos outra faceta desse problema, esta muito triste: a galera de BH vai a inúmeros shows de bandas cover, apoiando esse cenário. Não falo isso em tom de crítica às bandas. É muito legal tocar cover de clássicos do rock em geral. Não à toa até bandas consagradas fazem isso. Muito menos falo em tom de crítica às casas e seus proprietários. Estes apenas perceberam um nicho de mercado e estão fazendo o seu papel. Eu faço uma crítica ao público da cidade, que não apoia em quase NADA as bandas daqui ou as que vêm aqui.

 

O que se percebe é que a galera anda cada vez menos exigente em relação a música. O reflexo disso são as bandas cover de BH. Nem todas têm uma qualidade técnica legal. Aliás, muitas são deficitárias demais. Fora isso, há a questão dos repertórios executados: contam-se nos dedos quantas têm uma proposta diferente, legal, inovadora, que não esteja focada nas músicas de sempre. Detalhe interessante é que os shows dessas bandas também quase nunca enchem.

 

Cada vez mais surgem bandas cover tocando repertórios parecidos já que, como o público não conhece nada de nada, fica difícil fugir do lugar comum e manter audiência. Tocar um cover que não seja lado A significa correr o risco de simplesmente ninguém prestar mais atenção ao seu show. Para a minha geração, era difícil até conhecer bandas novas. Vale lembrar que minha geração é a das fitinhas K7. A galera queria conhecer a banda, os projetos solo dos integrantes, queria ter as demo-tapes. Era muito comum nos reunirmos em casa de amigos para escutar o novo lançamento de uma grande banda ou o de uma nova banda. Era muito comum gravar fitinhas para todos os amigos com essas novas bandas ou lançamentos… Na verdade, muito difícil era arrumar um som novo. E, com isso, criava-se, dessa forma, certa cumplicidade entre os fãs, o que contribuía para o comparecimento de um grande público aos eventos que aconteciam na cidade. Talvez essa fosse a força motriz do movimento.

 

O advento da internet trouxe ao mesmo tempo coisas boas e ruins para o cenário musical. Não falo apenas sob a ótica do músico, mas também sob a do público. Por um lado, a rede trouxe grandes benefícios: hoje, todos podemos divulgar nosso trabalho na net e ter fácil acesso a novos sons. Por outro lado, a impressão que se tem é que isso desestimulou as pessoas a buscar novas bandas. Está tudo muito simples e fácil, totalmente à mão, o que parece ter gerado um desinteresse.

 

Desinteresse, talvez essa seja a palavra correta. Parece que aquele orgulho que todo fã de rock’ n’ roll tem da música que escuta tornou-se apenas artigo para ser exposto por meio de fotos e/ou posts contrapondo metal e pagode, rock’ n’ roll e funk nos mundos virtuais – facebook, twitter, instagram. Não é mais aquele orgulho real, que contribui para fortalecer e apoiar as coisas boas do mundo do rock’ n’ roll. O interesse que as pessoas daqui parecem ter é o de fofocar “corajosamente”, de forma anônima, sobre a vida alheia, denegrindo o próximo por causa de alguma frustração pessoal ou, pior ainda, pelo único prazer da fofoca por maldade mesmo. Construir algo que é bom… nada!

 

E pensar que, nas tardes de domingo, um show com bandas locais no antigo ginásio do Clube Ginástico, ali na Afonso Pena, era assistido por quase 2 mil pessoas. Quem perde é a cena do rock’ n’ roll de BH, que continua ruindo e tornando-se uma pálida imagem do que foi outrora.

 

* Conrado Salazar é guitarrista da banda Hell Trucker

Imagery: a leveza e o peso de The Inner Journey

Posted by Redação Mondo Metal On August - 15 - 2012 ADD COMMENTS

 

Christiano Gomes

 

Sabe quando você ouve alguma coisa que te chama atenção logo nos primeiros segundos e faz com que você tenha a certeza de que algo bom está por vir? Pois esta é a sensação que se tem aos primeiros acordes da faixa Fourth Secret, que abre o álbum The Inner Journey, primeiro trabalho dos paranaenses do Imagery.

 

O álbum mescla a ousadia de um Voivod, que quebrou tabus ao lançar o espetacular Nothingface no fim da década de 80 – de certa forma mal compreendido na época – ao experimentalismo jazzístico sempre presente nas oito faixas, um pouco (sim!) de bossa nova e, claro, altas doses do bom e velho rock progressivo.

 

A impressão inicial de The Inner Journey – a capa do disco – é a melhor possível. O belíssimo trabalho do baterista Luciano Neves que desenvolveu toda concepção gráfica do álbum joga nos ombros da banda a responsabilidade por um som de alta qualidade que é (com competência) atendida de imediato.

 

Ao trio original que gravou o álbum se juntou o tecladista Henrique Loureiro, que também participou das gravações mas ainda não fazia parte oficialmente da banda. Henrique, aliás, é responsável por alguns dos bons momentos do disco, sabendo encaixar com perfeição seus teclados “setentistas” nas canções da banda.

 

Ao ouvir o Imagery fica nítido que uma das maiores referências do grupo são os espetaculares e revolucionários holandeses do Focus, banda que influenciou seguidas gerações que trilharam o caminho do rock progressivo. Não por acaso o lançamento do álbum aconteceu ao lado da banda, em um show que reuniu mais de 3000 pessoas no início do ano, no interior paulista.

 

Voltando ao disco, The Inner Journey é competente na medida em que mostra o Imagery como uma banda unida e coesa. Todos os elementos, quebras rítmicas, mudanças de tempo, improvisações e nuances estão bem alinhados e há espaço até mesmo para experimentações e passeios por outros estilos, como é o caso da veloz Start the War que mostra uma pegada mais thrash metal ou ainda da seguinte The Rain, onde a veia heavy metal da banda se faz mais presente.

 

Com vistuosismo na medida, sem que o som fique chato ou cansativo, o que não raro acontece com bandas que têm grandes instrumentistas em seu line-up, o Imagery entrega ao público um álbum corajoso, pesado e nervoso. Mas de uma leveza e simplicidade ímpar…

 

Imagery
Álbum: The Inner Journey
Gravadora: independente
Nota: 8

1. Fourth Secret
2. Imagery
3. Perception
4. Start The War
5. The Rain
6. Show Me
7. Stranger
8. Last

Obituary prepara turnê só com clássicos do início da carreira

Posted by Redação Mondo Metal On August - 12 - 2012 1 COMMENT

 

Christiano Gomes

 

Tocar um álbum clássico inteiro ao vivo não é uma ideia exatamente nova, mas sempre rende montanhas de dólares para as bandas que se propõe ao revival e gera uma correria de fãs em busca de ingressos para os shows. Caça-níqueis ou não, o fato é que as turnês “old-school” são cada vez mais frequentes. Quem não se lembra da Somewhere Back in Time World Tour, do Iron Maiden, que rodou o mundo à bordo do Boeing 757 Ed Force One e um selecionado set de faixas da fase de ouro da banda? Em 2011, a turnê Thrash Fest rodou treze paíse da Europa com Sepultura, Exodus e Destruction tocando somente clássicos de álbuns como Beneath the Remains, Bonded by Blood e Sentence of Death, respectivamente. Mais recentemente o Metallica fez dois shows tocando a íntegra dos álbuns Ride the Lightning e Metallica, o “black album”.

 

Agora chegou a vez do Obituary apostar na ideia e partir para uma turnê só com clássicos dos anos 89 a 92, período que compreende os três primeiros álbuns da banda: Slowly We Rot, Cause of Death e The End Complete. Mas se você, fã da banda, já começou a pensar em penhorar a mãe para ir ao show que (claro, óbvio!) vai vir ao Brasil, pode esquecer, pois não vai! A turnê ficará restrita ao velho continente que receberá somente 20 shows da banda entre os meses de novembro e dezembro deste ano.

 

Sem previsão de shows fora da Europa, apenas os fãs sortudos da Alemanha, Holanda, República Checa, Áustria, Bélgica, França, Inglaterra, Irlanda e Suíça vão poder assistir a turnê Rotting Slowly in Europe. Aos brasileiros resta torcer por uma turnê bem-sucedida que faça a banda repensar e extender seus shows para a América do Sul e, quem sabe, para Belo Horizonte, onde passariam pela quinta vez. Vale a torcida!

Mineiros do Nostoi aderem ao Catarse para financiar novo álbum

Posted by Redação Mondo Metal On August - 7 - 2012 1 COMMENT

 

Christiano Gomes

 

Os financiamentos coletivos estão ganhando cada vez mais espaço no mundo da cultura e se tornando opção real de financiamento de projetos de toda natureza. Recentemente o veterano trio carioca do Dorsal Atlântica apostou no crowdfunding e conseguiu a verba necessária para gravar seu novo álbum.

 

Quem também aderiu ao formato foi a banda mineira Nostoi, que pretende recolher dinheiro suficiente para a prensagem do novo álbum, Railroad(s). Com todas as faixas já gravadas e em fase final de mixagem, o quarteto espera alcançar a marca de R$ 3.500,00, suficientes para cobrir as despesas de prensagem e produção das recompensas prometidas aos financiadores do projeto: um roll de artigos da banda que vai de uma simples palheta até um show completo que o quarteto promete fazer para o financiador que entrar com cota máxima, no valor de R$ 1.000,00.

 

Os candidatos a apoiadores do projeto têm nove opções de valor para contribuir. O financiamento começa com R$ 10,00 e chega a R$ 1.000,00, cota limitada a um único apoiador. Até o momento já foi alcançado aproximadamente 30% do valor pretendido. Mesmo com o financiamento abaixo do esperado e do pouco tempo restante para o projeto se encerrar, a banda parece não desanimar e continua acreditando na iniciativa. O Mondo Metal conversou com o baterista Leandro Borges que explicou o que levou o Nostoi a escolher a modalidade: “Optamos por esse tipo de financiamento por acreditar que a força desse tipo de projeto é a de criar algo coletivamente. Nenhum CD de nenhuma banda é apenas dela, porque é também um CD daqueles todos que vão ouvir!”. Para o baterista, o financiamento coletivo pode, inclusive, viabilizar as bandas independentes: “esperamos que outras bandas do heavy metal utilizem esse recurso, que vem sendo muito benéfico pra outras artes e grupos culturais!”, completou.

 

Para colaborar com o projeto acesse a página da banda no Catarse:

 

Este é o track-list divulgado do novo álbum:

1. Von Berlin Nach Warszawa
2. The Girl, The Train, The Book
3. When I Met Rock`n Roll
4. R.A.W.R!!!
5. Under The Light of The Olive Tree
6. The Torment Within
7. Road 66/The Vulture
8. Trademark Destruction
9. Human Flood
10. Slave Lady
11. Return

Metallica prepara documentário e show 3D

Posted by Redação Mondo Metal On August - 4 - 2012 2 COMMENTS

 

Christiano Gomes

 

O maior espetáculo da terra! Parece ser isso que quer o Metallica em sua mais nova mega produção, um show repleto de efeitos especiais absolutamente espetaculares de tirar o fôlego do público e prometendo uma experiência única aos fãs. Explosivos, efeitos 3D, labaredas de fogo, rajadas de tiros, fumaça, efeitos sonoros e a sensação contínua de estar dentro dos clipes e das capas dos álbuns da banda. Esse é o novo show do Metallica, uma produção grandiosa e sem precedentes que vai ser transformada em breve em um documentário.

 

 

Imagine-se ouvindo os primeiros acordes de And Justice for All… enquanto uma gigantesca estátua da justiça vai sendo contruída dentro do palco para, logo depois, se partir em vários pedaços arremessados para todos os lados. Ou então ver imensas cruzes iluminadas “brotarem” do chão do palco (de arena) formando a capa do álbum Master of Puppets enquanto a faixa título é executada. Há ainda uma enorme cadeira elétrica suspensa entre raios azulados que remetem imediatamente à capa de Ride the Lightning.

 

Essas e outras experiências espetaculares serão transformadas ainda este ano em um filme 3D orçado em 20 milhões de dólares. O documentário será filmado nos dias 24 e 25 de setembro durante as duas apresentações que a banda vai fazer em Vancouver, no Canadá. Antes disso o grupo testa toda sua parafernália tecnológica em 8 shows na Cidade do México. O quarteto se apresenta em um palco rodeado de fãs por todos os lados e efeitos especiais vindos de todas as direções. Os shows no México seguem até o dia 9 deste mês e não há mais ingressos disponíveis.

 

 

Não há previsão para o lançamento do documentário, mas a julgar pelas imagens da prévia mexicana algo de monstruoso e único está por vir! Mate sua curiosidade assistindo ao vídeo abaixo gravado por um fã mexicano.

 

 

E você, o que você achou do novo show do Metallica? Deixe aqui a sua opinião.

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