MONDO METAL

Redação Mondo Metal

A volta oficial da banda Hell Trucker, um dos grandes nomes do metal mineiro acontecerá neste domingo, dia 03, em show realizado no Matriz ao lado das paulistas do Nervosa. O retorno da banda segue sendo muito especulado no cenário da capital.

A formação segue sendo um segredo guardado a sete chaves pelo frontman da banda G. Fraga. O vocalista afirma que praticamente todos os músicos serão inéditos, o que abre espaço para especulações sobre o retorno de antigos integrantes ao line-up do grupo. Uma coisa é certa: nenhum músico da última formação estará no palco.

Informações não confirmadas colocam o guitarrista Conrado Salazar (ex-DevilDust) na nova formação do grupo. G. Fraga desconversa mas afirma que o “time” será de peso: “O tipo de música que o Hell Trucker faz não é para qualquer um tocar. Ao mesmo tempo que o músico tem que ser técnico, ele tem que ter uma pegada pesada, um nível de agressividade muito alto na execução das músicas. Por causa dessa mistura que fazemos que parte do thrash death, com muita influência de heavy metal tradicional e stoner/sludge o músico que entra para o Hell Trucker não pode perder de vista nem técnica, nem peso”.

Segundo Fraga, a banda mantêm a mesma característica de sempre, porém admite que os músicos trazem influências e novas maneiras de execução: “trouxemos alguns novos elementos nas músicas antigas. Cada músico tem sua característica e a nova formação já tem deixado sua marca sim”. O reformado Hell Trucker já trabalha em novo material a ser lançado no futuro. De acordo com G. Fraga o set-list abrangerá um pouco de cada momento da carreira da grupo. “Com certeza essa volta agradará ao público. Vamos poder saciar toda essa expectativa que tem rolado com a nossa volta”.

Se você ainda não conhece o trabalho da banda, confira no myspace: www.myspace.com/thehelltrucker

Christiano Gomes

Duas lendas do thrash metal mundial que começaram suas carreiras lá nos longínquos anos 80 chegam esta semana à Belo Horizonte para um show que promete ser uma verdadeira aula de heavy metal para os fãs mineiros. Exumer e Artillery, responsáveis por influenciar toda uma geração de bandas se apresentam nesta sexta-feira, às 21 horas, no II Thrash Assault Festival, que acontece no Music Hall.

As bandas abrem na capital mineira a curtíssima turnê nacional que terá também uma apresentação em São Paulo, no sábado, com abertura da banda Nervosa.

Surgido em 1985, o Exumer ganhou fama e fãs no mundo inteiro com os álbuns Possessed by Fire e Rising from the Sea, lançados em 1986 e 1987, respectivamente. Em 1989 encerrou prematuramente suas atividades retornando vinte e dois anos depois, em 2011, como álbum Fire & Damnation. Os dinamarqueses do Artillery acabam de lançar o álbum My Blood, segundo depois de um hiato de sete anos.

II Thrash Assault Festival, com Exumer e Artillery
Data: 01 de junho, sexta-feira
Local: Music Hall
Horário: 21 horas
Ingressos antecipados: R$ 40,00 (meia) e R$80,00 (inteira)
Ingressos na portaria: R$ 50,00 (meia) e R$ 100,00 (inteira)
Vendas: Cogumelo e Patti Songs
Classificação Etária: 18 anos
Informações: (31) 3224-0493
Apoio: Mondo Metal

Christiano Gomes

O Crownfunding, financiamento coletivo onde qualquer pessoa pode apoiar um projeto, vem ganhando força e sendo cada vez mais usado por bandas de heavy metal. Depois do Dorsal Atlântica anunciar que seu próximo álbum poderá ser financiado pelos fãs, agora foi a vez do Eminence fazer o mesmo. O sucessor do álbum The God of all Mistakes terá uma parte de seus custos financiados pelos fãs da banda e outra pela Lei Estadual. Com produção cara e nomes de peso como o americano Terry Date (Pantera, Korn, Deftones) na produção, esta foi a saída encontrada pela banda para garantir o lançamento. Para ajudar a banda no financiamento do novo álbum, clique aqui.

Hocnis participa de nova coletânia

Os mineiros do Hocnis foram selecionados para participar da coletânia Brasil Underground que reúne 20 bandas do país inteiro. O quarteto partipa com a música Against All que fará parte do seu primeiro full lenght a ser lançado ainda este ano. Quase metade das bandas do álbum são mineiras, reforçando a força do metal feito no estado. No início do ano o Hocnis lançou o single Demential Live com o apoio do Mondo Metal. Para baixar o álbum clique aqui.

Pleiades entra em estúdio

Vencedores do concurso ‘Metal Meltdown’, o Pleiades entra em estúdio esta semana para a gravação de dois singles. A produção será de Brendan Duffey (Astafix, Angra, Almah). A vocalista Cynthia Mara ainda comemora a vitória no concurso: “Foi realmente uma honra poder participar deste concurso. Vencê-lo foi melhor ainda!”. Depois da gravação dos singles a banda se concentra na gravação do novo álbum previsto para o segundo semestre deste ano.

Christiano Gomes

Fim de papo! O que parecia ser um sonho quase impossível prestes a ser realizado, a reunião da formação original do Black Sabbath, com projetos ambiciosos como a gravação de um álbum de inéditas, o primeiro em mais de 30 anos, acabou esta semana após o anúncio do baterista Bill Ward se retirando do projeto.

Em um longo comunicado publicado em seu site oficial, Ward explica porque não estará com a banda nos próximos shows em Birmingham (19 de maio), Download Festival (10 de junho) e Lollapalooza (3 de agosto). De acordo com o baterista, os membros originais da banda não chegaram a um acordo que possibilitasse seu retorno à banda.

Bill Ward já havia feito outros comunicados expressando seu descontentamento com o rumo das negociações, mas sustentava a esperança de que os representantes dos músicos chegariam a um consenso para que a tão aguardada reunião pudesse de fato acontecer.

Ao final do comunicado, Ward afirma que permanecerá com a mente aberta para negociar e assinar contratos futuros com os outros integrantes da banda, adiando – quem sabe – a tão aguardada reunião dos membros originais do Black Sabbath. Leia abaixo alguns trechos do comunicado:

“Eu lamento informar que depois do esforço final para participar dos próximos shows do Sabbath o problema persistiu. Neste momento eu tenho que informar que eu não estarei tocando com o Black Sabbath nos shows de Birmingham, no dia 19 de maio, nem no show festival Download, em 10 de junho ou mesmo no Lollapalooza, no dia 3 de agosto.

Com o coração muito triste eu trago estas notícias. Eu sinceramente gostaria muito de tocar com a banda e eu lamento profundamente de ter dado errado. Este comunicado é ainda mais doloroso de ser escrito porque eu estava particularmente excitado de poder tocar com meu grande amigo Tony Iommi, depois do tratamento pelo qual ele passou. Eu gostaria que isso tivesse se tornado realidade.

Não guardo recentimentos pelos outros membros da banda. Eu amo todos eles, sou tolerante com eles, me frustro com eles assim como eles talvez sintam o mesmo por mim. Minha briga nunca foi para estar com eles. Eu amo eles para sempre. Na minha opinião ninguém ganha com isso, a banda não ganha com isso e os fãs não ganham com isso.

Desde a primavera de 2011 eu espero pacientemente pela assinatura de um contrato. O resto vocês sabem.

Como nota final, eu gostaria de dizer que permanecerei com minha mente aberta por uma posição razoável para negociar e assinar um contrato com os representantes do Black Sabbath no futuro.”

Christiano Gomes

Acostumados a grandes casas de shows ou multidões em apresentações open air, os músicos do Sepultura terão uma experiência diferente nesta quarta-feira (16) em São Paulo. A banda vai fazer um pocket show, às 20h, no Pavilhão Lucas Nogueira Garcez, mais conhecido como a Oca do Parque do Ibirapuera. O show faz parte do projeto “Let’s Rock”, que homenageia grandes ídolos da história do Rock´n´Roll.

O projeto conta com mostras de fotografias, álbuns, instrumentos musicais, figurinos e uma infinidade de artigos cedidos por colecionadores e museus. A exposição fica aberta ao público até o dia 27 de maio, de terça a domingo, das 10h às 22h, com entrada de R$ 20,00.

Depois da pausa brasileira na turnê do álbum Kairos (que passou pelos Estados Unidos e leste europeu), a banda retorna à Europa para participar dos festivais Rock in Rio Lisboa, Sweden Rock Festival e Wacken Open Air, considerado o maior festival de heavy metal do Mundo.

Sepultura
Parque do Ibirapuera, Pavilhão Lucas Nogueira Garcez (Oca)
Quarta-feira (16), às 20 horas
Ingressos: R$ 20,00

Mário Pescada, especial para o Mondo Metal

Para comemorar seus 13 anos de atividades, a loja/gravadora 53HC realizou a Flaming Hell IV e trouxe para a capital mineira uma das bandas de skate rock/crossover/hardcore mais importantes e influentes da história desses estilos: os californianos do Suicidal Tendencies (EUA) com seus 30 anos de estrada na bagagem.

Para acompanhar o ST nessa pequena tour de quatro shows pelo país, foram convidadas as bandas Possuídos (MG) e D.F.C. (DF). Depois de BH a banda seguiu para mais 3 shows: 05/05 Santos, 06/05 e 09/05 São Paulo.

Devido a um atraso, não pude presenciar o Possuídos (MG). Ainda não tive a oportunidade de ver a banda ao vivo, mas eles estão crescendo e conquistando seu espaço no underground mineiro.

Para fazer um esquenta do que estaria por vir, os brasilienses do D.F.C. sobem ao palco do Music Hall já com um público razoável. Dispararam seu hardcore/crossover bastante veloz e suas letras políticas com alguns toques de humor (ainda que negro, é verdade). Em pouco menos de 1 hora, tocaram quase que sem intervalos petardos como Boletim de Ocorrência (nova), Possuído Pelo Cão, O Mal da Liberdade, Sou o Mesmo Filho da Puta, Cidade de Merda (uma “homenagem” a Brasília, segundo a banda), Petróleo Maldito, Vai Se Fuder No Inferno entre outras.

Assim como da última vez que estiveram aqui, concentraram o show em cima do cd Igreja Quadrangular do Triângulo Redondo (1996). Fizeram mais uma vez um ótimo show, fazendo o público dar um pouco de trabalho aos seguranças por causa dos stage dives (chegou até a rolar um princípio de confusão, mas nada grave) e com o vocalista Túlio agitando muito e cantando super rápido. Fecharam com a esperada Molecada 666 e sua letra provocando os fãs de black metal.

Pontualmente às 22:30 h o Suicidal Tendencies entra no palco já ao som do dedilhado de guitarra de You Can´t Bring Me Down. Pronto, já foi o suficiente para deixar o público mineiro louco e se acotovelando. Quando Mike Muir disparou “What The Hell’s Going On Around Here?” (Que Diabos Está Acontecendo Aqui?), foi o sinal para começar o caos.

O público agitou muito, cantou e vibrou com a banda o tempo todo. Em uma hora e meia de show, tocaram Institutionalized (talvez a mais esperada da noite), Sublimal, Join The Army, War Inside My Head com seu refrão repetitivo, Possessed To Skate para alegria dos skatistas presentes, Cyco Vision (com direito a um wall of death), Freedom, I Saw Your Momy…, How Will I Laugh Tomorrow, Send Me Your Money e Memories Of Tommorrow (a mesma que o Slayer fez uma versão matadora alguns anos atrás). Sem querer bajular (sou fã de carteirinha a muitos anos da banda), uma coisa não tem como negar: foi um dos shows mais insanos que BH já teve o prazer de assistir.

Além de Mike Muir, que não parou de agitar, hoje o ST conta com Eric More (bateria), o bom Steve Brunner (baixo), Dean Pleasnts (guitarra) e o ótimo guitarrista Mike Clarck, que apesar da idade, parecia um garoto em cima do palco. Todos foram muito simpáticos com o público e nem se incomodaram com a quantidade de gente que subiu em cima do palco (para trabalho do roadie que tinha que ficar empurrando o povo de volta para a pista). Voltaram para um bis curto: I Want More e Pledge Of Allegiance.

Era meia noite quando o caos acabou para fim de uma noite inesquecível!

Christiano Gomes

Os mineiros do Hellcome reservaram 2012 para o lançamento do novo material da banda. Mas ao contrário do convencional o quarteto não deve lançar um CD com todas as faixas. A ideia, segundo o guitarrista Fábio, é gravar ao longo do ano e programar o lançamento gradativo das novas faixas.

Duas músicas novas já estão prontas e foram gravadas no estúdio Engenho com produção da banda e co-produção de André Cabelo. Still Here, o primeiro single a ser lançado, contou com a participação de Marcelo Santana, do Colt 45 e Abate e deve ser disponibilizada em breve no site da banda. A outra faixa, também já finalizada é Locomotive.

O Mondo Metal conversou com o guitarrista Fábio para saber dele como foi a gravação das primeiras faixas e o que a banda está achando do novo trabalho: “Estou com ótimas impressões sobre as faixa. Gravamos com o André, o que de cara já dá uma segurança e tranquilidade pra trabalhar. Gostei dos timbres de guitarra, gostei muito dos bumbos e acho que no geral ficou além do que esperávamos. São 2 músicas pesadas, com passagens de Thrash e até um toquezinho de Death.

Junto com os trabalhos de gravação no Estúdio Engenho, a banda está fazendo o registro em vídeo para o lançamento de um making-of que vai mostrar todo o processo de pré-produção e gravação das novas músicasd da banda.

E o primeiro single da banda, Still Here, será lançado nesta segunda-feira no programa Mondo Metal da Elo FM. Confira à partir das 22h30.

Christiano Gomes e João Renato Faria

* Atendendo a pedidos o Mondo Metal publica agora a íntegra da entrevista exclusiva feita com Max Cavalera. A matéria original, contendo apenas parte desta, já havia sido publicada anteriormente.

Em pleno processo de criação da sua biografia, o furioso Max Cavalera admite: está com saudades de Belo Horizonte, cidade em que nasceu, passou parte da infância e adolescência e onde fundou o Sepultura, com que saiu para conquistar o mundo. Os 18 anos longe da terra natal, onde se apresentou pela última vez com Ramones e Overdose no Parque da Gameleira, em 1994, não foram suficientes para apagar as memórias desta época.

Em entrevista exclusiva ao Mondo Metal e feita por telefone direto de Phoenix, onde vive hoje, Max Cavalera falou sobre bandas, situações e pessoas de BH. E para os fãs que esperam por quase 20 anos o retorno do filho pródigo da cidade, ele avisa: quer voltar para BH em agosto, quando deve acontecer uma turnê do Cavalera Conspiracy que ainda está em negociação.

Mondo Metal: Antes de começar, Max, queríamos saber como está o seu rosto, já que você teve uma paralisia facial. Já está melhor?
Max Cavalera: Está melhor já velho, já melhorou 90%. Estive no médico dois dias atrás e falou que está melhor, mais uma semana e vai estar 100% e a doença vai estar curada. Veio do nada, foi uma surpresa e assustou. Mas resolvi não cancelar os shows e fui e toquei com a cara meio paralisada mesmo.

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Mondo Metal: Isto não prejudicou ao vivo? Como foi tocar com esse problema?
Max Cavalera: Foi meio estranho. O lado direito ficava meio embaçado já que eu jogava água e o olho direito não fechava. Então ficava uma visão meio turva mas não afetou. Também estava ouvindo um lado mais alto que o outro, mas os shows foram legais, toquei e cantei normal e não afetou em nada.

Mondo Metal: Você está preparando a sua biografia, A boy from Brazil. Certamente ela vai trazer lembranças de BH. Como a sua cidade natal será apresentada no livro?
Max Cavalera: Logicamente vou falar de BH no livro. Uma parte inteira vai ser dedicada à cidade, desde o meu nascimento até depois, quando meu pai morreu e a gente voltou para morar em BH, o que acabou resultando no nascimento do Sepultura. Vou contar detalhes de como era a vida naquela época. Quero contar das escolas que eu estudei, como o Tiradentes, falar da praça do Santa Tereza, que sempre tinha alguma balada, do Bar do Bolão, onde a gente sempre estava zoando o barraco. A gente morava do lado do cruzamento onde foi criado o Clube da Esquina e saiu uma matéria no jornal falando que a gente vomitava na esquina. Enfim, vai ter isso tudo, com muita foto, para o pessoal ver que é uma cidade muito bonita e para dar uma explicação legal de onde saiu essa história toda, de onde veio o Max e de onde veio o Sepultura. Por que a verdade é que ser de BH sempre pegou forte na nossa história, fazia o grupo ser diferente. Era meio inesperado, ninguém imaginava uma banda de death metal de BH e pegou todo mundo de surpresa.

Mondo Metal: Seu último show em BH foi em 1994, com o Ramones e o Overdose no Parque da Gameleira. Depois desse show, você chegou a vir para BH?
Max Cavalera: Não, ainda não, infelizmente. Faz bastante tempo que não visito o Santa Tereza, tem muito tempo, tenho a maior saudades.

Mondo Metal: Você ainda tem contato com alguem em BH? Ainda tem algum amigo na cidade?
Max Cavalera: Só tenho contato com a minha tia que mora aí, a tia Vilma. A casa dela continua, era a casa da minha avó e o primeir lugar em que a gente morou logo depois de voltar para Belo Horizonte. Eu, o Igor, a Kira e minha mãe morávamos nos fundos dessa casa que é da minha tia agora. Sempre ligo pra ela para desejar feliz ano novo e ter notícias dos meus primos, e é legal ter contato com eles. De banda, eu só tive com o Jairo [Guedes], em uma turnê na Europa. Ele estava lá também e foi conversar comigo no ônibus foi bem legal. Ele vai estar no livro, faco questao de entrevistar. Queria falar também com a Patti e o João da Cogumelo, que fizeram parte do começo e deram a primeira chance..

Mondo Metal: BH está com uma cena de heavy metal muito efervescente. Você conhece alguma das novas bandas da cidade como Drowned, Hammurabi, Sacrificed, Devildust, Carahter?
Max Cavalera: Não conheço não, mas tenho que ouvir. Me mandem, parece que  está com um movimento bom de bandas aí.

Mondo Metal: O que de verdade aconteceu em 1998 quando o o show do Soulfly em BH foi cancelado?
Max Cavalera: Em 1998, eu não sei até hoje. A turnê foi meio que nas coxas e o show em São Paulo foi boicotado. Teve um lance com o fã clube do Sepultura que boicotou e isso acabou prejudicando até quem foi no show. Na sequência, isso acabou afetando o show de BH, que foi cancelado pelos promotores por causa dessa coisa escrota, de falar para não ir. Foi bem sacanagem e me magoa muito por que eu estava ansioso de tocar em BH, fiquei chateado e não teve explicação, foi cancelado e acabou. Ficou aquele sentimento ruim, mas eu pensei que não teria problema pois poderia tocar no futuro, mas estou esperando até hoje.

Mondo Metal: E dessa vez? O q aconteceu para você não vir?
Max Cavalera: Também não sei. A produtora que contratou o show que colocou Goiânia. Não entendi direito, acho que lá tem mais a cara de música caipira, mas foi legal, estava bem cheio. Mas por mim, teria que ter BH. Só que não sou eu que planejo, não sou promotor, e fico na mão de quem contrata e escolhe. Mas tem uma futura turnê em agosto, com o Cavalera Conspiracy, que ainda está em negociação, mas seria em 10 cidades, inclusive BH. Lembro agora de Porto Alegre, Manaus, Recife, Salvador e BH, e vou torcer para ver se rola mesmo.

Mondo Metal: Você pensa em apresentar sua cidade natal para seus filhos e a sua família?
Max Cavalera: Lógico que penso nisso. Se for rolar mesmo essa turnê, tem que ter alguma folga para eu poder passar um dia em BH e mostrar tudo para eles. O Santa Tereza, a praça, pegar um espaguete no Bolão, fazer o giro todo.

Mondo Metal: Você então sente saudades de BH?
Max Cavalera: Bastante. Inclusive, esse livro foi um lance que me fez ter uma volta na memória, de tudo que rolou em BH, e deu bastante saudades sobre tudo. Espero voltar para mostrar para todo mundo onde eu cresci, onde tudo começou, de onde veio o Max e essa história toda. Seria bem legal.

Mondo Metal: Max, mande uma mensagem para os fãs mineiros que aguardam por uma turnê sua passando por Belo Horizonte
Max Cavalera: Galera de BH, de Minas, fãs de metal, do Sepultura, do Soulfly, do Nailbomb, do Cavalera Conspiracy, quero mandar um abraço para todos vocês e avisar que não vejo a hora de tocar aí de novo. Tem muito tempo que a gente não se encontra e se tudo der certo, em agosto vai ser de fuder, vamos detonar tudo e fazer um show inesquecível

Mondo Metal: Antes de finalizar, vamos falar algums nomes de pessoas e lugares de BH e queríamos que você definisse em poucas palavras.
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- Belo Horizonte: terra natal

- Santa Tereza: bairro natal

- Bar do Bolão: espaguete

- Ginástico: confusão

- DCE da federal: mais confusão

- Barroliche: o começo

- Cogumelo: gravadora de hippie que investiu no metal

- JG Studios: estúdio bem legal, a primeira experiência

- Jairo Guedz: irmão pra sempre

- Vladimir Korg: irmão do metal

- Bozó: é um cara que eu tenho que agradecer pra sempre pelo S tribal do Sepultura, que no mundo inteiro tá tatuado, agradeço ele por isso

- Wagner Antichrist: nem sei o que falar

- Paulo Jr.: amigo velho

- Andreas Kisser: ótimo guitarrista

- João e Patti, da Cogumelo: são os os primeiros que viram potencial, que acreditaram na gente

- Marcelo Rapadura: pô, é amigo, mas pisou na bola

- Silvio Bibica: sei de nada

- Sarcófago: imitação do Sepultura

- Chakal: banda legal, fudida

- Overdose: Iron Maiden brasileiro

- Mutilator: primo do Sepultura

- Witchhammer: outra banda legal

- Sagrado Inferno: essa vocês tiraram das antigas, caralho… raízes

- Guerrilha: era do caralho, o S.O.D. brasileiro

Christiano Gomes

O quarteto mineiro Nostoi acaba de divulgar o título e o tracklist do seu novo trabalho, sucessor do bem recebido The Vulture, EP de estreia da banda, lançado em 2011. Com 11 faixas e em fase final de produção Railroad(s) terá 11 faixas incluindo Road 66, The Vulture e Trademark Destruction, que fizeram parte do primeiro álbum.

Leandro Lima, baterista da banda, explica o conceito do novo álbum: “Me inspirei numa viagem de trem que fiz entre Berlim e Varsóvia, um trajeto bem triste da II Guerra Mundial. Nossa proposta com o CD é trazer o ouvinte pra uma viagem principalmente reflexiva mas também histórica”.

Railroad(s) só será lançado no segundo semestre deste ano, mas o baterista da banda já se mostra empolgado com o lançamento e com o fim do longo período de gravações: “As expectativas são muito boas em relação a recepção do CD e a visibilidade que o lançamento pode gerar pra banda e pro cenário de Belo Horizonte como um todo.”

Confira o track-list do novo álbum da banda:

Nostoi: Railroad(s)

1. Von Berlin Nach Warszawa
2. The Girl, The Train, The Book
3. When I Met Rock`n Roll
4. R.A.W.R!!!
5. Under The Light of The Olive Tree
6. The Torment Within
7. Road 66/The Vulture
8. Trademark Destruction
9. Human Flood
10. Slave Lady
11. Return

Christiano Gomes *

Uma das bandas seminais do heavy metal brasileiro está prestes a gravar seu novo álbum, 16 anos depois do último de inéditas. Sem contrato com nenhuma gravadora, os veteranos do Dorsal Atlântica recorreram ao crowdfunding, financiamento coletivo onde qualquer pessoa pode apoiar um projeto. Para a gravação do novo álbum os apoiadores podem doar valores que vão de R$ 40,00 a R$ 1000,00.

No Brasil o crowdfunding vem sendo amplamente utilizado por artistas e bandas para financiar a produção de discos, shows, videoclipes ou turnês inteiras. Um exemplo recente foi a vinda do Soulfly ao Brasil com o show do Rio de Janeiro totalmente financiado pelos fãs da banda. No caso do Dorsal Atlântica, o financiamento pretende atingir 40 mil reais e caso a meta não seja alcançada os apoiadores recebem de volta o dinheiro investido.

Os valores das contribuições servirão para cobrir todas as despesas relativas à gravação e prensagem do álbum. Quem apoiar o projeto vai receber o novo disco da banda, em formato digipack e ainda ter seu nome impresso no encarte. Dependendo do valor doado, o apoiador ainda pode receber outros artigos do merchandising oficial da banda como o CD Antes do fim, depois do fim (regravação de 2005 do clássico Antes do fim, de 1986), camiseta, caneca e uma infinidade de outros produtos do grupo.

Caso o projeto alcance o valor pretendido, o novo disco será gravado pela formação clássica da banda com Carlos Vândalo, Toninho Hardcore e Cláudio Lopes.

Faltando pouco mais de 1 mês para o encerramento do prazo para as contribuições, a banda ainda não alcançou 5% do valor necessário para o projeto. Mais do que nunca é hora dos fãs da música pesada nacional demonstrarem o apoio a esta que é uma das bandas mais importantes que o Brasil já teve. Ajude a financiar o novo álbum do Dorsal Atlântica. Quem ganha é o heavy metal nacional. O Mondo Metal apoia esta ideia.

Clique aqui para apoiar a gravação do álbum

Assista ao vídeo da campanha:

* Matéria sugerida por Mário Pescada