Thursday, November 21, 2024

Alive and Rotting é “música para headbanger”

Posted by Redação Mondo Metal On July - 11 - 2011 ADD COMMENTS

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Christiano Gomes

 

Nascido em Divinópolis em 1994, o quarteto mineiro Necrobiotic, formado pelos irmãos Broka (bateria) e Alexandre (baixo e vocal) e ainda J.Hell (guitarra) e, finalmente, Faco, líder da banda, responsável pelos vocais e guitarra, acaba de lançar seu primeiro CD depois de um hiato de mais de 10 anos. A banda retomou os trabalhos em 2009 e gravou Alive and Rotting uma “pedreira” de 10 faixas ao melhor estilo death/splatter old school.

 

De cara a parte gráfica do álbum chama atenção. Extremamente bem cuidada, a arte da capa assinada por Pablo Rodrigues não deixa absolutamente nada a desejar para lançamentos internacionais (aliás é melhor que muitos deles).

 

O álbum abre com a faixa Into the Necrobriotic, um verdadeiro prenúncio do caos, uma faixa curta, de menos de dois minutos, que mostra que o que Necrobiotic pretende mesmo é quebrar o pescoço do ouvinte. Pedais duplos, bateria ultra-rápida e tudo que compõe um bom death metal estão presentes na faixa, um pequenos aperitivo do que está por vir. Em seguida vem uma faixa ccom um nome bastante sugestivo, “Foie Gras”. Faixa densa, com um um mosh daqueles de arredar o sofá de casa para abrir uma roda! Ótima faixa! Shame fala sobre as religiões, abre com um sampler como se o ouvinte estivesse passando por rádios evangélicas até chegar finalmente ao que interessa, o Necrobiotic. Com o dial cada vez mais recheado de rádios religiosas, a situação não é hipotética. Mas a faixa é um claro protesto contra as religiões, especificamente cristianismo, judaísmo e islamismo, conforme descritos nas letras.

 

Alive and Rotting continua com Metal Hell. A faixa começa a 100 por hora e é – até então – a mais rápida do álbum. São quase 3 minutos sem tirar o pé do acelerador. Uma massa sonora que não dá descanso aos ouvidos! Alive and Rotting, faixa título é feita pra bater cabeça, com um riff muito bom, que cola aos ouvidos, a faixa é o destaque do álbum. A música lembra muito algumas bandas do início da década de 90, como Entombed ou Malevolent Creation. Calamitous Epidemic, faixa curta, de pouco mais de dois minutos, é recheada de blast beats e riffs feitos para bater cabeça sem parar. Never Will é outra pancadaria no ritmo das anteriores, de dar torcicolo! Mais uma vez excelente trabalho da banda em uma faixa intensa e muito bem trabalhada. Viruses of your Sickness vem na sequência e mostra um refrão e palhetadas que são seu destaque. É talvez a música com maior variação rítmica do álbum. Muito boa, é sem dúvida um dos destaques da banda. Logo após vem Sweet Slow Death, abre mais lenta, com uma guitarra que poderia ser confundida com um doom metal (que não é), e que mostra que o Necrobiotic também pode navegar bem no estilo. Mas o que se segue é a mesma pancadaria característica da banda. Mais uma vez a banda apresenta uma excelente faixa, que também destaco como uma de suas melhores. Reign of Him, fecha o álbum com chave de ouro.

 

Alive and Rotting é um álbum maduro, extremo e altamente recomendável para os apreciadores de bom e velho death metal bem feito. Com excelente produção, que ficou à cargo da própria banda, o álbum mostra toda força do interior mineiro. E olha que estamos falando apenas do debut da banda. Apesar do lançamento recente, o Necrobiotic já trabalha em seu sucessor que promete para 2012. Para quem quiser conhecer o trabalho do Necrobiotic, o álbum pode ser encontrado em Belo Horizonte na Cogumelo. A banda toca na capital no próximo dia 23. Como a própria banda define, Alive and Rotting é “música para headbanger”. Disso não temos dúvida!

Seawalker mostra porque vem agradando até a crítica européia

Posted by Redação Mondo Metal On July - 7 - 2011 ADD COMMENTS

 

assina_chris

 

Em abril deste ano tive a oportunidade de participar da seletiva mineira do Wacken Open Air (o famoso Metal Battle), na condição de jurado. A experiência que me fez conhecer e me surpreender com várias bandas do estado, uma delas o Seawalker, quarteto que já tinha ouvido falar mas não tinha escutado ou mesmo visto ao vivo. A banda acaba de colocar nas prateleiras seu primeiro álbum, Earthcode, feito na raça, sem apoio ou patrocínio de ninguém e com distribuição feita pela própria banda. A produção do álbum é da sempre competente dupla Alan Walace e André Marcio, mas a co-produção ficou a cargo do próprio baixista da banda, Filipe Duarte, que assina também as guitarras acústicas do álbum. Earthcode já chama atenção pelo bonito trabalho de capa e encarte, mas o álbum é bem mais que isso!

 

Earthcode abre com a faixa Conspiracy, heavy metal na melhor acepção da palavra. Faixa relativamente lenta, calma, Conspiracy prepara o ouvinte para a “pedreira” seguinte Helladise, nitidamente mais rápida que a anterior, empolgante, com um riff daqueles de querer bater cabeça sem parar. Earthcode tem algumas particularidades que chamam a atenção do ouvinte: o uso de instrumentos pouco usuais no heavy metal (e bem tocados) como é o caso da sítara que abre a faixa My Mirror, que vem na sequência, uma faixa mais cadenciada, um meio termo entra as anteriores. Realmente as sítaras desta faixa chamam muito a atenção. Impressionante como a mistura dos intrumentos é competente e deu certo!

 

O álbum segue com a bonita Time Traveller, essa sim uma faixa lenta, quase acústica e muito bem produzida. A faixa mostram todo o potencial musical da banda. São cinco minutos de uma faixa que não cansa, daquela pra ouvir e pensar na vida. Stumble vêm em seguida e aparentemente segue o mesmo ritmo da anterior, mas a impressão vai embora depois do primeiro minuto. Trata-se de mais uma música em meio ritmo, mais ou menos na mesma toada de My Mirror. After All, faixa seguinte, é uma música bem trabalhada, também lenta na linha do que vem sendo feito no álbum e poderia ser uma continuação de Time Traveller, não que as músicas se pareçam, mas tem a mesma “aura” da outra música, segue no mesmo clima e, mais uma vez, é muito bem executada. Path to The Future começa sinfônica, dá a impressão de que está por vir um black metal ou algo assim, mas que se seque é uma faixa mais rápida que a média, mas não espere algo mais voltado para o thrash metal ou coisa assim. O que se apresenta é uma faixa forte, de personalidade, principalmente à partir do 3° minuto, quando fica realmente intensa.

 

O álbum fecha com a competente instrumental Earthcode (Path of Ghaia), com apenas uma guitarra acústica, mas repleta de efeitos, tocada e arranjada por Filipe Duarte.

 

É admirável o empenho e a “correria” que o Seawalker apronta. É realmente muito bom ver que o cenário mineiro ainda tem bandas que acreditam em seu potencial e correm atrás. Este ano o Seawalker participou do Metal Battle e do Camping Rock (dois importantes eventos) e segue em sua árdua batalha por espaço. O disco vem recebendo boas críticas e recomendações mundo afora, principalmente na Europa, onde foi resenhado e bem criticado por sites espanhóis e franceses. Earthcode vale cada minuto de sua audição e merece respeito.

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